segunda-feira, 30 de junho de 2014

Domingo, dia 29, a Igreja celebrou o primado de Pedro. Posto fotos de Israel, ao redor do Mar da Galiléia, onde Jesus diz a Pedro que sobre esta pedra construirei a minha Igreja. Neste local há uma igrejinha dedicada a Pedro e na parte interior a pedra onde Jesus falou ao apóstolo.







Viva bem o dia, lendo, meditando e rezando com o Evangelho do dia.

Evangelho do Dia

O que significa "seguir Jesus"? - Mt 8,18-22

Vendo uma grande multidão ao seu redor, Jesus deu ordem de passar para a outra margem do lago. Nisso, um escriba aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde fores”. Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá enterrar meu pai”. Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me, e deixa que os mortos enterrem os seus mortos”.









         

Comentários

A vocação de discípulo é itinerante, exige desapego e renúncia do conforto dos bens terrenos.
O evangelho de hoje é a sequência do relato da cura do servo do centurião (Mt 8,5-17). Trata-se de um relato de vocação que encontra um paralelo em Lucas 9,57-62. Em Lucas fala-se de três anônimos que se apresentam na subida para Jerusalém, enquanto em Mateus trata-se de duas pessoas: um escriba e um outro dos discípulos. Pelo contexto imediato, a atitude dos dois é consequência da admiração e do entusiasmo pelo que Jesus acaba de realizar, curando o servo do centurião, sem, contudo, discernir as exigências e consequências do seguimento de Jesus. Ao escriba desejoso de segui-lo, Jesus adverte que a vocação de discípulo é itinerante, exige desapego e renúncia do conforto dos bens terrenos. Ao outro discípulo Jesus observa que não pode haver nada que anteceda ou possa retardar o seguimento. Ninguém é excluído do seguimento de Jesus. No entanto, ninguém pode impor ao Senhor condições para segui-lo. O que é dito em separado a um e outro que se dispõem a seguir Jesus, vale no seu conjunto para todos. O que é dito aos discípulos como exigência do seguimento, vemos realizado na vida mesma de Jesus.

Carlos Alberto Contieri, sj

Oração

Pai, confronta-me, cada dia, com as exigências do discipulado, e reforça minha disposição para enfrentá-las com a tua graça.

domingo, 29 de junho de 2014

Hoje festa de São Pedro e São Paulo, é dia de oração pelo Papa Francisco, sucessor do Apóstolo Pedro. Toda Igreja reza hoje pela vida e missão do nosso papa.







Celebre a festa de São Pedro e São Paulo, Apóstolos, lendo, meditando e rezando com toda a Igreja com o Evangelho do dia.

Evangelho do Dia

Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo! - Mt 16,13-19

Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos discípulos: “Quem dizem as pessoas ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que és João Batista; outros, Elias; outros ainda, Jeremias ou algum dos profetas”. “E vós”, retomou Jesus, “quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. Jesus então declarou: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as forças do Inferno não poderão vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.
Comentários
Mártires pelo testemunho do amor à pessoa de Jesus Cristo.
Ao celebrarmos a festa de São Pedro e São Paulo, celebramos a festa do que a Igreja é: Corpo de Cristo, testemunha de Jesus Cristo (At 1,8), testemunha da vitória de Cristo sobre o mal e todas as suas manifestações e sobre a morte. Ao celebrarmos num mesmo dia a festa desses dois mártires, tão diferentes entre si mas unidos pelo mesmo amor à pessoa de Jesus, amor que os levou a entregar as próprias vidas, celebramos a diversidade da Igreja e o desafio de construir a comunhão eclesial. Um e outro puderam experimentar uma profunda e radical transformação em suas vidas. Pedro foi encontrado pelo Senhor às margens do Mar da Galileia, enquanto com seu irmão André lavava as redes, depois de uma noite de pesca. A partir desse primeiro encontro, teve início um longo caminho de transformação radical da vida, que o levou a essa magnífica expressão de adesão radical a Jesus: “… Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo” (Jo 21,17). Paulo, de perseguidor implacável da Igreja de Cristo, foi iluminado pelo Senhor no caminho de Damasco. Essa iluminação, num primeiro momento, o cegou para fazê-lo compreender que todo o passado dele sem Cristo era uma grande cegueira. A luz que surpreendeu Paulo o cegou para dar a ele uma nova luz, a luz do Cristo ressuscitado, a iluminação que é dada como fruto da fé no Senhor, vencedor do mal e da morte.
A fé da Igreja está apoiada na rocha da fé de Pedro e no testemunho daqueles que com Pedro foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Pela fé a Igreja é revestida da luz do Cristo ressuscitado e, pela graça do mesmo Cristo, é herdeira de sua vitória (cf. Ap 12,1-6). Deles e de todos os que viveram o tesouro da fé a ponto de darem suas vidas, pode-se dizer que nada foi capaz de separá-los do amor de Cristo (Rm 8,35-37). Por razões diferentes, a Igreja de todos os tempos sempre foi perseguida e ameaçada. Sempre tivemos mártires. O nosso tempo, nesse aspecto, não faz exceção. Atrás do discurso da tolerância religiosa, esconde-se uma verdadeira rejeição aos valores verdadeiramente cristãos. Que Deus nos dê a graça e a força do Ressuscitado para que, apoiados na fé dos Apóstolos, possamos, não obstante o mundo que nos cerca, dar o verdadeiro testemunho de Cristo.

Carlos Alberto Contieri, sj

Oração

Pai, consolida minha fé, a exemplo do apóstolo Pedro que, em meio às provações, soube dar, com o seu martírio, testemunho consumado de adesão a Jesus.

Hoje é dia de São Pedro e São Paulo, Apóstolos.

Santo do Dia


São Pedro e São Paulo
Apóstolos
+ século I

29 de Junho - São Pedro e São Paulo

A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.

A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e são Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios".

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.

Veja Também

sábado, 28 de junho de 2014

A Igreja celebra neste final de semana a festa de São Pedro e São Paulo.







Leia a Palavra do Bispo, Dom Jaime Pedro Kohl.

Palavra do Bispo

A chave e a espada
Neste domingo festejamos São Pedro e São Paulo. Assim costumamos vê-los representados: Pedro carregando uma grande chave e o Paulo uma espada. Dois símbolos que precisamos compreender para entendermos a mensagem que querem transmitir.
Quando falamos de Pedro, logo vem a nossa mente aquele pescador simples, para não dizer rude, levado a Jesus por seu irmão André, a quem Jesus disse: “Tu és Simon, filho de Jonas, te chamarás Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.
E parece que logo assumiu esse papel de representar e responder pelo grupo dos discípulos. Sempre pronto a tomar a dianteira, prometer fidelidade ao mestre, mas na hora “H” vacila como todos os outros, negando a sua amizade pelo Cristo, dizendo e perjurando que nem sequer o conhecia, quando na realidade viveu, ao menos, três anos com Ele.
Não p or isso o Senhor lhe tira a responsabilidade que lhe havia dado. Como o negara por três vezes, por três vezes Jesus lhe pergunta: “Tu me amas mais do que estes?” e ele respondeu: “Tu sabes tudo, tu sabes que te amo!” A que o Senhor o confirma na missão dizendo-lhe: “Apascenta meus cordeiros, apascenta minhas ovelhas!”
A chave, portanto, simboliza o poder de abrir e de fechar que o Senhor lhe confiou, ou seja, a missão dos apóstolos de introduzirem no Reino do Senhor o maior número possível de irmãos, pelo caminho da fé. Visualiza-se aqui a instrumentalidade da Igreja com relação à salvação que oferece a toda a humanidade. Esse poder dado a Pedro é um poder de serviço, de condução, de fazer discípulos. Popularmente isso é confessado em tantas piadas que se conta de Pedro, como aquele que está na porta do Paraíso, fazendo de porteiro que controla os que podem ou não podem entrar na Glória do céu.
Quando falamos de Paulo a primeira lembrança é a de um jovem judeu, profundo conhecedor das Sagradas Escrituras, formado na escola de Gamaliel, zeloso pela observância da Lei judaica. Num primeiro momento perseguidor dos que confessam a fé em Jesus de Nazaré.
Consegue a autorização para ir Damasco com o objetivo de acabar com todos os que professam a fé cristã. Nesse caminho Jesus lhe aparece chamando-o: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” “Quem és tu Senhor?” foi a resposta. E o Senhor: “Sou Jesus de Nazaré, aquele que tu persegues!” Esta experiência mística marcou de tal modo Paulo que revolucionou a sua vida e impregnou nele uma convicção que ninguém mais vai tirar dele: “mesmo que um exército se poste a minha frente não temerei algum mal”.
Depois da visita de Ananias que o ajuda a recuperar a visão, Paulo se faz batizar, se une aos apóstolos, e vai realizar a missão para a qual o Senhor o havia preparado: levar a Boa Nova até os confins da terra.
Ninguém mais segura Paulo. Torna-se o grande evangelizador. Fala a Palavra de Deus com tanta convicção e fé que penetra nos corações dos ouvintes como uma espada de dois gumes. Agora está disposto a pagar com o preço da própria vida. O que vai acontecer em Roma, capital do Império Romano, no centro do mundo conhecido de então. Como Pedro dá testemunho da ressurreição Cristo com o martírio.
Paulo passou uns bons anos anunciando o Evangelho, estruturando comunidades. Com sua ação e seus escritos lançou os fundamentos da cultur a cristã. Ele foi realmente um gênio, sem o qual o cristianismo não teria chegado onde chegou; e não seria o que é hoje.
Podemos afirmar que o cristianismo constitui a feliz síntese da fé de Pedro e da doutrina de Paulo. Sabemos que a fé deve se expressar numa doutrina. E essa doutrina cristã que Paulo assimilou, foi confrontá-la com a fé de Pedro, em Jerusalém. Sabiamente a Igreja ao celebrar junto esses dois apóstolos, além de evidenciar a continuidade da apostolicidade – pois Paulo não foi dos 12, mas é reconhecido como apóstolo – mostra também como a fé e a doutrina se sustentam mutuamente e precisam se apoiarem reciprocamente se queremos ser fieis ao Evangelho.
Precisamos da chave (fé) de Pedro e da espada (sabedoria) de Paulo para sermos autênticos apóstolos de Cristo Jesus e verdadeiros crist&ati lde;os.
Porque custamos tanto a entender e acreditar que a fé é a chave para abrir portas, para descobrir o sentido de tantas coisas da nossa vida e da vida do mundo? Enquanto o homem teimar em querer resolver tudo sozinho, sem confiar e contar com a força e a luz que é Jesus, vai continuar brigando consigo mesmo, com os outros e com Deus e acaba caído e cego, num túnel sem saída.
A festa de São Pedro e São Paulo nos diz que somente acolhendo a luz de Deus, que para nós é Cristo Jesus, nossas vidas encontram sentido. Até mesmo nossas dores, sofrimentos e angústias podem se converter em meios de salvação e de vida.
Usemos a espada da sabedoria e a chave da fé para irmos ao mundo inteiro, levando a feliz notícia da salvação em Cristo.
Que todos possamos confessar com Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo&rdquo ; e experimentar como Paulo: “Eu vivo, mas não eu: é Cristo que vive em mim”.
Encorajados por esses dois irmãos nossos, Pedro e Paulo, peçamos ao Pai: “Concedei a vossa Igreja, seguir os ensinamentos desses apóstolos, que nos deram as primícias da fé”.
+ Jaime Pedro Kohl
Bispo de Osório