sábado, 28 de novembro de 2015

Evangelho do 1º DOMINGO DO ADVENTO

1º DOMINGO DO ADVENTO - ANO C
A vinda do Filho do Homem - Lc 21,25-28.34-36
Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, apavoradas com o bramido do mar e das ondas. As pessoas vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as potências celestes serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Cuidado para que vossos corações não fiquem pesados por causa dos excessos, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós, pois cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de conseguirdes escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem.

Comentário Evangelho do final de semana

COMENTÁRIO AO EVANGELHO

Estamos começando este tempo de graça que é o advento, tempo de preparação para a vinda do Senhor. Este tempo de preparação nos ajuda a bem celebrar o nascimento de Jesus e nos prepara para a sua vinda gloriosa. Por este motivo, o evangelho de hoje fala mais da segunda vinda de Cristo do que da primeira. Pensava-se que a segunda vinda de Cristo seria iminente. O atraso da parusia criou uma situação de frustração, comodismo e laxismo no seio da comunidade cristã.
Lucas vai corrigir essa ideia, propondo viver as vicissitudes do tempo presente como lugar aberto ao testemunho dos cristãos. As especulações acerca da segunda vinda de Cristo deram origem ao discurso milenarista, do qual muitos se aproveitaram e se aproveitam para promover-se através do engano e da confusão. Mais ainda, a expectativa de uma segunda volta de Cristo uniu a esse advento fenômenos atmosféricos que anunciariam o fim do mundo. Deus seria o autor da destruição motivado pela decepção do ser humano que ele criou. Ora, contra o engano, a confusão, o desânimo, o medo, é preciso “erguer a cabeça” para olhar o futuro, para fixar o olhar em Cristo. Não somente o Templo passa, mas também o sofrimento, a perseguição e a morte. Todas essas realidades não são a última palavra da existência humana. Em Jesus Cristo, vencedor do mal e da morte, todas essas realidades serão transformadas em alegria e em consolação, pois é por ele que todos participam de sua vitória.
Na continuidade do discurso escatológico, discurso sobre o fim, isto é, sobre o que é definitivo, Jesus conta a parábola da figueira, que é a ilustração do dito no versículo 28. A fé e a esperança que brotam da fé permitem que se possa levantar a cabeça. Nossa condição de cristãos, enquanto peregrinos neste mundo, é viver na esperança. A esperança não é simplesmente um bom desejo para o futuro, mas a experiência de viver a vida apoiada na palavra e no destino final de Jesus Cristo, que venceu o mal e a morte. O conteúdo próprio da esperança cristã é a participação no destino final do Senhor. Mais uma vez, a conclusão dessa breve parábola exorta à confiança no que não passa, no que dá firmeza e sustenta a esperança, a saber, a palavra de Jesus. Para o fiel cristão é preciso, mesmo nas situações mais dramáticas da existência humana, experimentar, ao menos saber, que o Senhor está perto e manter o olhar fixo nele, pois é dele que nos vem o auxílio e a proteção; é ele nosso refúgio e fortaleza. Pe. Carlos Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.

Santo do dia

Santo do dia 28 de novembro
São Tiago das Marcas
Franciscano (1394-1476)
São Tiago das Marcas
Francisco de Zurbaran
Nasceu em Monteprandone, na província de Ascoli Piceni, região de Le Marche ou das Marcas, Itália, no ano de 1394. Seu nome de batismo era Domingos Gangali. Órfão ainda criança, foi educado pelo tio, que o conduziu sabiamente no seguimento de Cristo. Estudou em Perugia, onde se diplomou em direito civil junto com o grande João de Capistrano, agora santo.

Decidiu deixar a profissão para ingressar na Ordem dos Franciscanos, onde estudou teologia e ordenou-se sacerdote. Quando vestiu o hábito, tomou o nome de Tiago, que logo foi completado com o 'das Marcas', em razão de sua origem. Foi discípulo de outro santo e seu contemporâneo da Ordem, Bernardino de Sena, que se destacava como o maior pregador daquela época, tal qual conhecemos.

Também Tiago das Marcas consagrou toda a sua vida à pregação. Percorreu toda a Itália, a Polônia, a Boêmia, a Bósnia e depois foi para a Hungria, obedecendo a uma ordem direta de Roma. Permanecia num lugar apenas o tempo suficiente para construir um mosteiro novo ou, num já existente, restabelecer a observância genuína da Regra da Ordem Franciscana.

Depois, partia em busca de novo desafio ou para cumprir uma das delicadas missões em favor da Igreja, para as quais era enviado especialmente, como fizeram os papas Eugênio IV, Nicolau V e Calisto III. Participou na incursão da cruzada de 1437 para expulsar os invasores turcos muçulmanos. Humilde e reto nos princípios de Cristo, nunca almejou galgar postos na Igreja, chegando a recusar o cargo de bispo de Milão.

Viveu em extrema penitência e oração, oferecendo seu sacrifício a Deus para o bem da humanidade sempre tão necessitada de misericórdia. Mas os severos e frequentes jejuns a que se submetia minaram seu organismo, chegando a receber o sacramento da unção dos enfermos seis vezes. Mesmo assim, chegou à idade de oitenta anos.

Faleceu em Nápoles, pedindo perdão aos irmãos franciscanos pelo mau exemplo que foi a sua vida. Era o dia 28 de novembro de 1476. Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria Nova, daquela cidade. A sua biografia mostra muitos relatos dos prodígios operados por sua intercessão, tanto em vida quanto após a morte. O papa Bento XIII canonizou Tiago das Marcas em 1726 e marcou o dia de sua morte para a celebração de sua lembrança.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Sacramento do Batismo

                                                                                                                     Horários e Datas da Preparação para o batismo e dos Batizados na Paróquia Navegantes – Tramandaí e Imbé.

Nossa Senhora dos Navegantes (Matriz) – Fone: 3661-1509
Preparação: Última quinta-feira do mês às 19 horas
Batizado: Primeiro sábado do mês às 14:30
São José Operário- Fone: 91403000 - Elisane
Preparação: Na sexta-feira que antecede o batizado  às 20 horas
Batizado: Terceiro domingo do mês às 9 horas
São Francisco de Assis- 3661-4701
Preparação: Segundo sábado  do mês às 19 horas
Batizado: Quarto domingo do mês às 10 horas
Nossa Senhora Medianeira- Fone: 3627-1403
Preparação: Segunda sexta-feira do mês às 19:30 horas
Batizado: Terceiro domingo do mês às 10 horas
Sagrado Coração do Jesus (Indianópolis) – Fone 3684-8785
Preparação: Primeira quinta-feira do mês às 19:30 horas
Batizado: Terceiro domingo do mês às 10 horas
Nossa Senhora Aparecida (Mariluz) – Fone: 3683-2336
Preparação: Primeiro sábado do mês às 18 horas
Batizado: Segundo sábado do mês às 17 horas
Santa Rita- Fone: 3627-2159
Preparação: Segunda terça-feira do mês às 19 horas
Batizado: Terceiro domingo do mês às 9 horas
Santa Ana- Fone: 3683-2174 – 99782311- Marli e Carlito                           Preparação: Segunda sexta-feira do mês às 19 horas
Batizado: Quarto sábado do mês às 16 horas
Santo Antonio – (Agual) – Parque dos Presidentes - Fone: 99272550
Preparação: Primeiro sábado do mês às 19 horas
Batizado: Todo dia 13 do mês às 19horas
Santa Clara – fone: 92659217
Preparação: Segundo sábado do mês às 17 horas
Batizado: Segundo domingo do mês às 10 horas
Santa Terezinha- Fone:  3624-1156
Preparação: Última quinta-feira do mês às 19:30 horas
Batizado: primeiro sábado do mês às 15 horas
Nossa Senhora de Lourdes (Oásis)- Fone: 3669-1085
Preparação: terceira sexta-feira do mês  às 18:30 horas
Batizado: terceiro sábado do mês às 16 horas
Nossa Senhora Imaculada Conceição – Nova Tramandaí- Fone: 91383293
Preparação: Terceira quarta-feira do mês às 19:00 horas                                    Batizado: No quarto sábado de cada mês às 19:00 Horas
Nossa Senhora da Boa Viagem-Tramandaí Sul-
Preparação: Primeira Quinta-Feira do mês às 19 horas
Batizado: Quarto Domingo do mês às 08:30 horas


Documentos necessários para inscrição do Batismo
  • Certidão de Nascimento da criança;
  • Comprovante de preparação (curso) dos pais e padrinhos;
  • Taxa de R$ 55,00
  • Informações pelo fone 3661 1509 – Secretaria Paroquial

                      

Comunidades da Paróquia Nossa Senhora do Navegantes participam da Missa e confraternização no dia de Ação de Graças.












Evangelho do Dia - "As minhas palavras não passarão."

Ano B - DIA 27/11

A parábola da figueira - Lc 21,29-33

E Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto. Vós, do mesmo modo, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. Em verdade vos digo: esta geração não passará antes que tudo aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”.

Leitura Orante

Oração Inicial

No início de nossa Leitura orante, peçamos ao Espírito Santo a graça de compreendermos o mistério da vida de Cristo que a Palavra hoje nos apresenta.
Silenciando o coração, repita algumas vezes a oração: Jesus Mestre, iluminai minha mente, movei meu coração, para que esta meditação produza em mim frutos de vida. Amém.
 

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto bíblico? Quais são as imagens presentes na narrativa? Qual é a compreensão possível para a parábola da figueira?
“Nesta curta parábola cheia de conteúdo, as árvores que brotam indicam a proximidade do verão, e os brotos e as flores do verão prenunciam o outono, tempo de frutos e colheita. A expressão ‘Vós, do mesmo modo… ficai sabendo…’ indica a incompreensão dos discípulos, com sua visão escatológica messiânico-judaica, a ser superada. O escatológico apocalíptico tem origem na tradição do Dia de Javé, o dia da vingança sobre os inimigos de Israel. Os discípulos e as comunidades viviam a tensão entre o escatológico e o “hoje”. Contudo, o Reino de Deus está perto, ao alcance de todos.
O Reino acontece com a encarnação do Filho de Deus, a nova criação e a salvação, que permanece. É o Reino entre nós: ‘Nasceu-vos hoje um Salvador… hoje se cumpriu esta escritura que estais ouvindo… é preciso que eu permaneça em tua casa hoje… hoje a salvação chegou a esta casa… hoje mesmo estarás comigo no Paraíso’. A tensão que se estabelece é a da esperança ardente de realizar, hoje, a vontade de Deus. O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite a participar do banquete da Vida.” (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

"O Reino está perto assim como o meu próximo está perto de mim. A comunhão e a solidariedade com meu próximo são a entrada no Reino. Tudo acontece a partir do ouvir e praticar as palavras de Jesus que nos revelam a vontade do Pai. O Reino de Deus já está entre nós nos movimentos de solidariedade entre as comunidades e os povos.”(Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).

3- Oração (Vida)

Ouvimos Deus que nos falou em sua Palavra. Agora, somos impelidos em direção àquele a quem temos ouvido. O que o texto bíblico me inspira a dizer a Deus?
Conclua com a oração composta por São João Paulo II: Senhor Jesus, concede-me crer firmemente no amor que tu me revelaste e que doaste no teu Evangelho. Faze que eu ouça cada dia a tua voz que me chama a seguir-te para sentir sempre em mim os benefícios da tua redenção. Amém.
 

4- Contemplação (Vida e Missão)

O que me proponho a viver concretamente neste dia? O que está sendo pedido à minha vida, aqui e agora?
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


...............
Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 

Comentário

Do Senhor é que nos vem o auxílio e a proteção
O cristão é alguém atento aos acontecimentos e para quem os fatos da história são ocasiões de discernimento da vontade de Deus. Na continuidade do discurso escatológico, discurso sobre o fim, isto é, sobre o que é definitivo, Jesus conta essa parábola da figueira, que é a ilustração do dito no versículo 28. A fé e a esperança que brotam da fé permitem que se possa levantar a cabeça. Nossa condição de cristãos, enquanto peregrinos neste mundo, é viver na esperança. A esperança não é simplesmente um bom desejo para o futuro, mas a experiência de viver a vida apoiada na palavra e no destino final de Jesus Cristo, que venceu o mal e a morte. O conteúdo próprio da esperança cristã é a participação no destino final do Senhor. Mais uma vez, a conclusão desta breve parábola exorta à confiança no que não passa, no que dá firmeza e sustenta a esperança, a saber, a palavra de Jesus. Para o fiel cristão é preciso, mesmo nas situações mais dramáticas da existência humana, experimentar, ao menos saber, que o Senhor está perto e manter o olhar fixo nele, pois é dele que nos vem o auxílio e a proteção; é ele nosso refúgio e fortaleza.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Pai, reforça a sinceridade de minha fé nas palavras de teu Filho Jesus, pois nele o teu Reino se faz presente na nossa história, realizando, assim, tua promessa de salvação.

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Santo do Dia


São Virgílio - Século VIII

27 de Novembro - São Virgílio

Bispo (século VIII)


Foi um dos grandes missionários irlandeses do período medieval e um dos maiores viajantes da importante ilha católica, ao lado dos santos Columbano, Quiliano e Gallo.

Nasceu na primeira década do século VIII e foi batizado com o nome de Fergal, depois traduzido para o latim como Virgilio. Católico, na juventude voltou-se para a vida religiosa, tornou-se monge e, a seguir, abade do Mosteiro de Aghaboe, na Irlanda. Deixou a ilha em peregrinação evangelizadora em 743 e não mais voltou.

Morou algum tempo no reino dos francos, quando o rei era Pepino, o Breve, que lhe pedira para organizar um centro cultural. Mas problemas políticos surgiram na região da Baviera, agregada aos seus domínios. Lá, o duque era Odilon, que pediu a Pepino para enviar Virgilio para a Abadia de São Pedro de Salzburg, atual Áustria. E logo depois Odilon nomeou Virgilio como bispo daquela diocese.

Ocorre que, na época, são Bonifácio, o chamado apóstolo da Alemanha, atuava como representante do papa na região, e caberia a ele essa indicação e não a Odilon. O que o desagradou não foi a escolha de Virgilio, mas o fato de ter sido feita por Odilon. Ambos nutriam entre si uma profunda divergência no campo doutrinal e Virgilio participava do mesmo entendimento de Odilon. Essa situação perdurou até a morte de são Bonifácio, quando, e só então, ele pôde ser consagrado bispo de Salzsburg.

Mas Virgílio era homem de fé fortalecida e de vasta cultura, dominava como poucos as ciências matemáticas, ganhando, mesmo, o apelido de "o Geômetra" em seu tempo. Viveu oito séculos antes de Galileu e Copérnico e já sabia que a Terra era redonda, o que na ocasião e em princípio era uma heresia cristã. Foi para Roma para se justificar com o papa, deixou a ciência de lado e abraçou integralmente o seu apostolado a serviço do Reino de Deus como poucos bispos consagrados o fizeram. Revolucionou a diocese de Salzburg com o seu testemunho e converteu aquele rebanho para a redenção de Cristo, aproveitando-se do interesse político do rei.

Em 755, um ano após a morte de são Bonifácio, Virgílio foi consagrado bispo de Salzburg. Continuou evangelizando a Áustria de norte a sul, inclusive uma parte do norte da Hungria. Fundou e restaurou mosteiros e igrejas, com isso construiu o primeiro catálogo e crônica dos mosteiros beneditinos.

Morreu e foi sepultado na Abadia de Salzburg, Áustria, em 27 de novembro de 784, em meio à forte comoção dos fieis, que transformaram essa data a de sua tradicional festa. Séculos depois, suas relíquias foram trasladadas para a bela Catedral de Salzburg. Em 1233, foi canonizado, e o dia de sua festa mantido. São Virgílio foi proclamado padroeiro de Salzburg.


Texto: Paulinas Internet
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Mensagem do dia de Pe. Zezinho


27/11 Nasci e um dia morrerei


De velhice talvez, de enfermidade, de algum acidente, de alguma disfunção, mas o certo é que um dia morrerei. Não sei quando. Pode ser hoje a tarde, amanhã ou daqui há 15 ou 20 anos. Talvez mais. Mas sei que morrerei.

Não vivo pensando nisso, mas não afasto esse pensamento como possibilidade, de tanto viver como quem sabe que vai morrer a qualquer hora ou um dia para morrer como quem soube viver. Não é muito fácil, mas não há outra escolha. Se sei que um dia terei que enfrentar esse realidade é melhor encará-la.

Por enquanto, eu conheço o aqui e o agora, e não conheço o muito bem. Todos os dias tenho que aprender um pouco mais sobre os mistérios do meu tempo, do meu povo, do Planeta, sobre todos os mistérios de cada ser humano. Não sei nada sobre o depois, mas eu me pergunto: para onde vou? Será que a eternidade existe? Se existe, vou passá-la com quem? Sei que não adianta perguntar onde, não se trata de lugar.

Como eu creio em Deus e sei que tudo isso teve um Criador, eu sei que o céu é a companhia Dele e o inferno seria a ausência Dele. Posso imaginar que haja bilhões de seres humanos no céu, no inferno eu não sei quantas pessoas vão. Se Deus é justo, Ele também é misericordioso.
Nunca ousei dizer se alguém está no inferno, mas ouso dizer que, há milhões de pessoas no céu e é para lá que quero ir um dia.

Não acho que estou preparado nem para esta vida nem para o depois.
Não saio por aí dizendo que estou salvo e que tenho céu garantido. Não acredito nessas promessas de pregadores que garantem o que não podem garantir, mas vivo cheio de esperanças de que um dia irei conhecer meu Criador. E a primeira coisa que farei é pedir perdão pelos meus erros, desvios, pecados, pelos males que causei e pelas pessoas que feri, já faço isso agora, mas lá vou fazer pessoalmente.

Vou também aproveitar para louvá-lo e agradecê-lo pelas coisas boas que me deu, pelas maravilhas que eu pude ver durante minha vida. Terei vivido 50, 60, 70, 80 anos, talvez 90, e terei visto maravilhas. Também terei visto o pecado, o mal, o ódio, a violência, o horror estampado nas faces. Jamais culpei alguém por isso. Jamais culparei. Isso não é obra nossa.

O ser humano me encanta e me assusta. Eu mesmo me encanto e me assusto comigo. Impressionante a nossa capacidade de fazer o mal e ser egoístas, e, ao mesmo tempo a nossa capacidade de fazer o bem e de ser altruístas.

Eu só espero que quando chegar aquele dia, eu possa olhar no rosto, embora eu saiba que Ele não tem rosto, olhar no rosto do meu Criador e dizer a Ele: obrigado porque eu pude ver e viver, mas não sei como será depois. Gostaria que fosse no céu. Tenho orado por isso e tenho pedido as pessoas que orem para que eu, já aqui, seja de Deus e no futuro passe a eternidade ao lado Dele e de milhões de outros que Ele salvou na sua misericórdia.

É o que penso da vida, é o que penso da morte. Se estiver errado, naquele dia eu saberei. Os que acham que estão mais certos que eu, também haverá o seu dia, porque a hora delas também vai chegar.
Mas por enquanto, deixa tudo como tem que estar. Um dia saberei com clareza o que é existir.

 Pe. Zezinho, scj (www.padrezezinhoscj.com)
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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Confraternização do Apostolado da Oração.








Evangelho do Dia - "A vossa libertação está próxima."

Ano B - DIA 26/11

A destruição de Jerusalém - Lc 21,20-28

Quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, ficai sabendo que a sua destruição está próxima. Então, os que estiverem na Judeia fujam para as montanhas; os que estiverem na cidade afastem-se dela, e os que estiverem fora da cidade, nela nem entrem. Pois esses dias são de vingança, para que se cumpra tudo o que dizem as Escrituras. Ai das mulheres grávidas e daquelas que estiverem amamentando naqueles dias, pois haverá grande angústia na terra e ira contra este povo. Serão abatidos pela espada e levados presos para todas as nações. E Jerusalém será pisada pelos pagãos, até que se complete o tempo marcado para eles. Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, apavoradas com o bramido do mar e das ondas. As pessoas vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as potências celestes serão abaladas. Então, verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima.
 
 
Leitura Orante

Oração Inicial

A Palavra de Deus para o nosso dia nos fala da libertação trazida pelo Senhor. Pede que levantemo-nos e ergamos a cabeça, pois, Nele, encontraremos a alegria e a consolação. Hoje também fazemos alusão ao bem-aventurado padre Tiago Alberione. Agradeçamos pelo dom da Família Paulina no mundo e pela missão de cada congregação e instituto na Igreja.

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Retome as leituras da semana e procure perceber os elementos comuns nas narrativas. Segundo o texto, o que significa a destruição que se aproxima de Jerusalém? Qual é a compreensão possível das frases: “...verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem, com grande poder e glória... Levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação se aproxima...?
“O discurso escatológico, no evangelho de Lucas, inicia-se com o prenúncio da destruição do Templo e, nesta parte final, faz a narrativa da destruição de Jerusalém. Lucas escreve seu evangelho na década de oitenta, cerca de dez anos após Jerusalém ter sido destruída pelas tropas do general romano Tito, e seu texto inspira-se no fato já acontecido.
O fim de Jerusalém, na visão dos cristãos convertidos do judaísmo, tinha o caráter escatológico da inauguração dos novos tempos, com a manifestação plena do Filho do Homem, no desabrochar da nova humanidade libertada e glorificada em Jesus.” (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

Com a liturgia do próximo domingo, iniciaremos um novo tempo litúrgico. As leituras ao longo da semana estão nos conduzindo para o fim de um tempo e a espera de um novo. O contexto apocalíptico que o evangelista Lucas tem nos apresentado não deve provocar medo ou desânimo. Antes, depositemos nossa confiança no Senhor e olhemos para o futuro com esperança. É um tempo propício à retomada de nossa vida, para olharmos nossa história à luz da Palavra de Deus e propormo-nos a celebrar, com fé, a vida do Senhor.
 

3- Oração (Vida)

Invocações a Jesus Mestre
Jesus Mestre, santificai meus pensamentos e aumentai minha fé.
Jesus Mestre, libertai-me do desânimo e fortificai minha esperança.
Jesus, Mestre vivo na Igreja, ajudai-me a viver a solidariedade e o amor.
Jesus Mestre, caminho entre o Pai e nós, tudo vos ofereço e de vós tudo espero.
Jesus, caminho da santidade, tornai-me vosso fiel seguidor.
Jesus Caminho, tornai-me perfeito como o Pai que está nos céus.
Jesus Vida, vivei em mim, para que eu viva em vós.
Jesus Vida, fazei-me viver eternamente na alegria do vosso amor.
Jesus Verdade, que eu seja luz para o mundo.
Jesus Caminho, que eu seja vossa testemunha autêntica diante de todos.
Jesus Vida, fazei que minha presença comunique vosso amor e vossa alegria. Amém.

 

4- Contemplação (Vida e Missão)

De que forma a Palavra de Deus estará presente neste meu dia? O que desejo colocar em prática segundo os ensinamentos de Jesus?
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 

Comentário

Não somente o Templo passa, mas também o sofrimento e a morte
Pensava-se que a segunda vinda de Cristo seria iminente. O atraso da parusia criou uma situação de frustração, comodismo e laxismo no seio da comunidade cristã. Lucas vai corrigir essa ideia, propondo viver as vicissitudes do tempo presente como lugar aberto ao testemunho dos cristãos. As especulações acerca da segunda vinda de Cristo deram origem ao discurso milenarista, do qual muitos se aproveitaram e se aproveitam para promover-se através do engano e da confusão. Mais ainda, a expectativa de uma segunda volta de Cristo uniu a esse advento fenômenos atmosféricos que anunciariam o fim do mundo. Deus seria o autor da destruição motivado pela decepção do ser humano que ele criou. Ora, contra o engano, a confusão, o desânimo, o medo, é preciso “erguer a cabeça” para olhar o futuro, para fixar o olhar em Cristo. Não somente o Templo passa, mas também o sofrimento, a perseguição e a morte. Todas essas realidades não são a última palavra da existência humana. Em Jesus Cristo, vencedor do mal e da morte, todas essas realidades serão transformadas em alegria e em consolação, pois é por sua graça que todos participam de sua vitória.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj

 

Oração

Pai, faze-se adequar meu existir à novidade que me é oferecida por Jesus, como dom teu à humanidade, de modo que eu possa usufruir dos benefícios de tua salvação.

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Santo do Dia



Tiago Alberione - Fundador da Família Paulina
Bem-aventurado (1884-1971) 

26 de Novembro - Bem-aventurado Tiago Alberione



Na noite da passagem do século, 31 de dezembro de 1900 para 01 de janeiro de 1901, um jovem seminarista permanece quatro horas em oração na catedral de Alba (Itália). Uma luz vem do Tabernáculo e o envolve: "Fazer alguma coisa por Deus e pelas pessoas do novo século, com as quais conviveria!" Sente fortemente o convite e o apelo de Deus.

O mundo passava por profundas mudanças sociais e tecnológicas, era necessário utilizar as novas descobertas, as novas forças do progresso para fazer o bem, para evangelizar.

O jovem seminarista, com apenas dezesseis anos, era Tiago Alberione, futuro fundador da Família Paulina, que nunca deixou que essa chama luminosa se apagasse em sua vida.
Alberione nasceu em 4 de abril de 1884, em São Lourenço de Fossano, norte da Itália, de uma família de camponeses simples e laboriosos. Vinte quatro horas após o nascimento, foi batizado e recebeu o nome de "Tiago".

Buscando melhores terras para a lavoura, a família Alberione mudou para a cidade de Cherasco, onde Tiago passou sua infância e adolescência. Foi lá que se manifestou a vocação para o sacerdócio.
- Quero ser padre! foi a resposta que deu à professora, Rosina Cardona, que perguntava aos seus oitenta alunos o que queriam ser quando crescessem.

A resposta, que poderia parecer impensada, veio de um menino de bom coração e piedoso. Com o passar do tempo, a vocação fortificou-se e ele foi encaminhado para o seminário, onde não perdia tempo e procurava aprender de todos e de tudo. Inquietavam Alberione as transformações que aconteciam na sociedade e os apelos do papa, Leão XIII, para que todos se voltassem para Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, salvação da humanidade.

Foi ordenado sacerdote no dia 29 de junho de 1907, com vinte e três anos de idade. Todas as organizações de renovação existentes, então, na Igreja foram acolhidas por padre Alberione, que participou, ativamente, dos movimentos: missionário, litúrgico, pastoral, social, bíblico, teológico e, mais tarde, do movimento ecumênico. Em todos os movimentos Alberione-profeta vislumbrava espaços carentes de evangelização e atualização.

Impulsionado pelo Espírito Santo, tornou realidade sua intuição carismática com a fundação de várias congregações e institutos para, juntos, anunciar Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, com os meios da comunicação social. Padres e irmãos Paulinos em 1914; Irmãs Paulinas em 1915; Discípulas do Divino Mestre em 1924; Irmãs Pastorinhas em 1938; e Irmãs Apostolinas em 1957. Fundou, também, os institutos seculares de Nossa Senhora da Anunciação e São Gabriel Arcanjo em 1958; os institutos Jesus Sacerdote e Sagrada Família em 1959; além da Associação dos Cooperadores Leigos em 1917. Hoje, os membros dessas fundações estão presentes em todos os continentes mostrando que é possível santificar-se e comunicar, a todas as pessoas, Jesus Cristo com os meios técnicos e eletrônicos.

Após a fundação dos dois primeiros ramos - Paulinos e Paulinas - a vida de Alberione fundiu-se com suas obras nascentes. Acompanhava de perto a vida de seus filhos e filhas da Itália e do exterior com numerosas e prolongadas viagens. Preocupava-se não só com fundações e organizações, mas principalmente com a formação e a vida religiosa de seus seguidores, apesar do conturbado contexto histórico em que viveu: duas grandes guerras, revolução industrial, conflagrações nacionalistas e sociais, emancipação dos operários e da mulher, além de crises institucionais na família e na Igreja.

Padre Tiago Alberione, jamais esmoreceu, continuou firme na sua fé, acreditando que a obra que realizava era querida e abençoada por Deus. Com humildade e coragem, o fundador da Família Paulina, o profeta e o apóstolo de uma evangelização moderna chegou ao fim de seus dias em 26 de novembro de 1971, aos oitenta e sete anos.

O reconhecimento da santidade de Alberione já acontecera antes da declaração oficial da Igreja, especialmente com algumas declarações de dois papas seus amigos: o bem-aventurado João XXIII e Paulo VI. "Padre Alberione, veio ao meu encontro" - dizia o "papa bom". "Parecia-me ver a humildade personificada. Ele, sim, é um grande homem!" E Paulo VI, na audiência concedida aos Paulinos em 27 de novembro de 1974, recordava: "Lembro-me do encontro edificante com padre Alberione, ajoelhado, em profunda humildade. Este é um homem, direi, que está entre as maravilhas do nosso século".

O processo de beatificação percorreu um longo caminho. Após a morte de Alberione, foram apresentados à Igreja documentos sobre sua vida, sua missão apostólica e suas fundações, assim como documentos sobre sua santidade. Baseados em um meticuloso exame desses elementos e reconhecidas as virtudes praticadas em grau heróico pelo servo de Deus, padre Tiago Alberione, o papa João Paulo II, em 25 de junho de 1996, declarou-o "venerável".

Passaram-se sete anos à espera de um milagre que fosse reconhecido como autêntico pela Igreja. E o milagre chegou. A cura milagrosa atribuída ao padre Tiago Alberione, que o conduziu à beatificação, salvou Maria Librada Gonzáles Rodriguez, uma mexicana de Guadalajara. Em 1989, ela foi internada por causa de uma insuficiência respiratória provocada por uma tromboembolia pulmonar, com muitas crises. Pedindo a Deus a cura por intercessão de padre Alberione, doze dias depois teve alta. A cura foi reconhecida pela Congregação das Causas dos Santos, após a declaração da comissão médica que considerava a recuperação de Maria rápida, completa, duradoura e não-explicável à luz da ciência.

E o dia da beatificação chegou: 27 de abril de 2003. Padre Tiago Alberione é proclamado "bem-aventurado" num reconhecimento oficial da Igreja àquele homem que foi um santo, um profeta e o pioneiro na evangelização eletrônica.

 Texto: Paulinas Internet
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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Evangelho do Dia - É pela vossa perseverança...

Ano B - DIA 25/11

É pela vossa perseverança que salvareis a vossa vida! - Lc 21,12-19

Antes disso tudo, porém, sereis presos e perseguidos; sereis entregues às sinagogas e jogados na prisão; sereis levados diante de reis e governadores por causa do meu nome. Será uma ocasião para dardes testemunho. Determinai não preparar vossa defesa, porque eu vos darei palavras tão acertadas que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater. Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais, irmãos, parentes e amigos. A alguns de vós matarão. Sereis odiados por todos, por causa de meu nome. Mas nem um só fio de cabelo cairá da vossa cabeça. É pela vossa perseverança que conseguireis salvar a vossa vida!
Leitura Orante

Oração Inicial

Testemunhar o amor e a unidade foi a missão confiada por Jesus aos seus discípulos. Testemunhas do Senhor, mesmo diante de perseguições e hostilidades foi a opção de muitos cristãos ao longo da história e também nos nossos dias. Sermos testemunhas no mundo de hoje é o convite que a Palavra nos dirige.
Pedimos: Jesus Mestre, cremos com viva fé que estais aqui presente, para indicar-nos o caminho que leva ao Pai. Iluminai nossa mente, movei nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.
 

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto bíblico? Faça uma leitura atenta e observe o contexto em que os discípulos são chamados a serem testemunhas do Senhor. O que significa ser testemunha?
"Com o anúncio da destruição do Templo de Jerusalém, Jesus dá início ao discurso cuja ênfase é a ruína deste Templo e da cidade. O conteúdo deste discurso é encontrado, com bastantes semelhanças, no envio dos apóstolos em missão, em Mateus (Mt 10, 34 - 11,1), e no discurso escatológico, tanto em Mateus (Mt 24) como em Marcos (Mc 13,1-22).
Os discípulos serão perseguidos pelas sinagogas dos judeus, pelos tribunais dos romanos, e até no seio da própria família haverá discórdias à medida que se rompem as tradições conservadores que reproduzem a submissão ao interesse dos poderosos. Porém, este quadro, com traços apocalípticos, não intimida o discípulo empenhado no seguimento de Jesus em sua missão libertadora. A missão o enche de alegria pelo convívio fraterno, pela comunicação com os irmãos, pela solidariedade que leva os pobres e humildes a sorrirem e a terem esperanças. E a alegria maior é fazer tudo em união com Jesus e com o Espírito de amor do Pai." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

"Identificar-se com Jesus Cristo é também compartilhar o seu destino: 'Onde eu estiver, aí estará também o meu servo' (Jo 12, 26). O cristão vive o mesmo destino do Senhor, inclusive até a cruz: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, carregue a sua cruz e me siga' (Mc 8, 34). Estimula-nos o testemunho de tantos missionários e mártires de ontem e de hoje em nossos povos que chegaram a compartilhar a cruz de Cristo até à entrega da própria vida." (DAp. 140)
 

3- Oração (Vida)

Oração Missionária
Senhor Jesus, somos teus discípulos, queremos seguir teus passos e pedimos que nos envies como missionários, sustentados e guiados pela força do teu Santo Espírito.
Que a tua graça, Senhor, se manifeste na nossa fraqueza, e que nunca deixemos de combater o bom combate da construção do teu Reino de amor, paz e justiça.
Senhor Jesus, concede-nos o dom maior, que é o teu amor derramado em nossos corações e transbordado em nossa vida. Transforma o nosso homem velho interior em construtor da humanidade nova, para a glória do Pai, que faz tudo concorrer para o bem daqueles que O amam.
Por intercessão do grande Apóstolo Paulo, que possamos também nós, cheios de ardor missionário, anunciar o teu santo Evangelho, fermentando de amor a massa do mundo.
Obrigado, Senhor, pelos imensos dons que de ti recebemos, aumenta a nossa fé, não nos deixes desanimar de lutar, que nunca nos cansemos de amar e dai-nos a graça de perseverar no bem. Tu, que vives com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Amém. (Oração composta pela Arquidiocese de São Paulo)
 

4- Contemplação (Vida e Missão)

Como vou viver concretamente durante o dia o apelo que o Senhor me revelou?
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


...............
Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 

Comentário

Deus é quem protege a vida dos seus eleitos
Jesus já havia prevenido os discípulos acerca da possibilidade da hostilidade, da perseguição e da rejeição da missão cristã (cf. Lc 9,5; 10,3.10-12). O evangelho proposto para hoje é a continuidade do discurso escatológico; discurso desconcertante e apavorante para quem não se esforça por compreender a linguagem apocalíptica. A hostilidade e a perseguição devem ser vividas pelos discípulos como ocasião ao testemunho, sem esmorecer nem renunciar à fé, tentação que ameaçava os cristãos do primeiro século. Deus é a força e a inspiração dos que ele escolheu. Ele é quem protege a vida dos seus eleitos. Na segunda parte da obra lucana, os Atos dos Apóstolos, a atitude de Pedro e João diante do Sinédrio é inspiradora: na perseguição, na prisão e nas humilhações eles encontram motivos para se identificarem com o Senhor de quem eles são testemunhas (cf. At 5,41). É no mistério pascal de Jesus Cristo que a vida do cristão deve estar apoiada, pois o conteúdo da esperança cristã é a participação na vitória de Cristo sobre o mal e sobre a morte. É esse apoio que permite perseverar até o fim.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Pai, dá-me uma fé profunda que me possibilite perseverar nos momentos de dificuldade, sem abrir mão da tarefa que recebi: levar adiante o projeto de Jesus.

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Santa Catarina de Alexandria - Padroeira da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, dos estudantes, dos filósofos e dos moleiros.


Santa Catarina de Alexandria
séc. III-IV

25 de Novembro - Santa Catarina de Alexandria

Virgem mártir (século IV)


A vida e o martírio de Catarina de Alexandria estão de tal modo mesclados às tradições cristãs que ainda hoje fica difícil separar os acontecimentos reais do imaginário de seus devotos, espalhados pelo mundo todo. Muito venerada, o seu nome tornou-se uma escolha comum no batismo, e em sua honra muitas igrejas, capelas e localidades são dedicadas, no Oriente e no Ocidente. O Brasil homenageou-a com o estado de Santa Catarina, cuja população a festeja como sua celestial padroeira.

Alguns textos escritos entre os séculos VI e X , que se reportam aos acontecimentos do ano 305, tornaram pública a empolgante figura feminina de Catarina. Descrita como uma jovem de dezoito anos, cristã, de rara beleza, era filha do rei Costus, de Alexandria, onde vivia no Egito. Muito culta, dispunha de vastos conhecimentos teológicos e humanísticos. Com desenvoltura, modéstia e didática, discutia filosofia, política e religião com os grandes mestres, o que não era nada comum a uma mulher e jovem naquela época. E fazia isso em público, por isso era respeitada pelos súditos da Corte que seria sua por direito.

Entretanto esses eram tempos duros do imperador romano Maximino, terrível perseguidor e exterminador de cristãos. Segundo os relatos, a história do martírio da bela cristã teve início com a sua recusa ao trono de imperatriz. Maximino apaixonou-se por ela, e precisava tirá-la da liderança que exercia na expansão do cristianismo. Tentou, oferecendo-lhe poder e riqueza materiais. Estava disposto a divorciar-se para casar-se com ela, contanto que passasse a adorar os deuses egípcios.

Catarina recusou enfaticamente, ao mesmo tempo que tentou convertê-lo, desmistificando os deuses pagãos. Sem conseguir discutir com a moça, o imperador chamou os sábios do reino para auxiliá-lo. Eles tentaram defender suas seitas com saídas teóricas e filosóficas, mas acabaram convertidos por Catarina. Irado, Maximino condenou todos ao suplício e à morte. Exceto ela, para quem tinha preparado algo especial.

Mandou torturá-la com rodas equipadas com lâminas cortantes e ferros pontiagudos. Com os olhos elevados ao Senhor, rezou e fez o sinal da cruz. Então, ocorreu o prodígio: o aparelho desmontou. O imperador, transtornado, levou-a para fora da cidade e comandou pessoalmente a sua tortura, depois mandou decapitá-la. Ela morreu, mas outro milagre aconteceu. O corpo da mártir foi levado por anjos para o alto do monte Sinai. Isso aconteceu em 25 de novembro de 305.

Contam-se aos milhares as graças e os milagres acontecidos naquele local por intercessão de santa Catarina de Alexandria. Passados três séculos, Justiniano, imperador de Bizâncio, mandou construir o Mosteiro de Santa Catarina e a igreja onde estaria sua sepultura no monte Sinai. Mas somente no século VIII conseguiram localizar o seu túmulo, difundindo ainda mais o culto entre os fiéis do Oriente e do Ocidente, que a celebram no dia de sua morte.

Ela é padroeira da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, dos estudantes, dos filósofos e dos moleiros - donos e trabalhadores de moinho. Santa Catarina de Alexandria integra a relação dos quatorze santos auxiliares da cristandade.

 Texto: Paulinas Internet
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Dia Nacional do Doador de Sangue

25/11 - Dia Nacional do Doador de Sangue
Embora a ciência tenha avançado muito, ainda não descobriu algo que substitua o sangue humano. Em razão disso, há necessidade de doadores de sangue, para que as pessoas que necessitam de transfusão possam sobreviver.
     
O Dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue foi instituído, no Brasil, pelo decreto no 53.988, de 30/06/1964.

Embora a ciência tenha avançado muito, ainda não descobriu algo que substitua o sangue humano. Em razão disso, há necessidade de doadores de sangue, para que as pessoas que necessitam de transfusão possam sobreviver. A doação é, pois um ato de solidariedade.

O doador precisa ter peso mínimo de 50kg, boas condições de saúde e estar na faixa de 18 a 65 anos. Há várias razões para que o doador não tenha receio de doar seu sangue:

- É procedimento seguro. O doador é avaliado e seu sangue passa por rigoroso e completo exame laboratorial.
- Não prejudica a saúde. O volume de sangue de uma pessoa corresponde a 7% de seu peso corporal. Numa doação, são retirados de 8 ml/kg de peso para mulher e 9 ml/kg de peso para homem. O volume máximo da doação é de 500 ml. O volume de plasma doado é reposto em 24 horas; os glóbulos vermelhos, em cerca de 2 a 4 semanas.
- Não obriga a outras doações. A pessoa pode doar apenas uma vez ou, se quiser, a cada dois meses, se for homem, e a cada três, se for mulher, num período que não excede meia hora.
- Não aumenta a pressão arterial, nem "engrossa o sangue".
- Não causa contaminação, pois o material utilizado é descartável e oferece total segurança.

"Imite seu ídolo: doe sangue" é uma campanha permanente apoiada por artistas e por outras personalidades públicas que, ao doarem sangue, mobilizam a população para imitar esse gesto.
Quem doa sangue, doa vida.

 Retirado do livro 'Datas Comemorativas cívicas e históricas, Paulinas Editora.
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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Evangelho do Dia - O fim dos tempos.

Ano B - DIA 24/11

O fim dos tempos - Lc 21,5-11

Algumas pessoas comentavam a respeito do templo, que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: “Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. Mas eles perguntaram: “Mestre, quando será, e qual o sinal de que isso está para acontecer?”. Ele respondeu: "Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu!', e ainda: 'O tempo está próximo'. Não andeis atrás dessa gente! Quando ouvirdes falar em guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que essas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim". E Jesus continuou: “Há de se levantar povo contra povo e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares; acontecerão coisas pavorosas, e haverá grandes sinais no céu”.
 
 
Leitura Orante

Oração Inicial

A confiança e a esperança são características que precisam ser testemunhadas na vida dos seguidores de Jesus. Peçamos que elas estejam presentes em nosso dia. Deixemo-nos conduzir pelo Senhor e acolhamos a sua palavra.
Rezemos: Divino Espírito Santo, necessitamos muito de vossa ajuda para conhecer o caminho que devemos seguir. Temos necessidade de vós, para que o nosso coração, inundado pela vossa consolação, se abra e que, muito além das palavras e dos conceitos, possamos perceber a vossa presença. Iluminai a nossa mente, movei o nosso coração, para que esta meditação produza em nós frutos de vida. Amém.
 

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto bíblico? Quais são as palavras de Jesus? Qual é a preocupação dos discípulos? Observe o tema central da discussão dos personagens.
"O Templo era a sede do judaísmo, no tempo de Jesus. Jesus já denunciara que o Templo tornara-se um antro de ladrões (Lc 21, 1-4). A palavra de Jesus sobre a destruição do Templo, além do fato histórico, tem o sentido do abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de Jesus. As religiões excludentes, que consolidam grupos privilegiados religiosos ou raciais, são descartadas para a grande revelação do Deus de amor universal, que chama a si todos os povos e todas as raças, comunicando-lhes sua vida divina e eterna. Após a menção do Templo, Jesus descarta que o advento de falsos profetas ou de guerras e abalos telúricos sejam sinais da proximidade do fim. Os discípulos devem despertar para a presença atual do Filho do Homem, na pessoa de Jesus, transformando o mundo por sua palavra e sua prática amorosa." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

O evangelista Lucas nos narra a preocupação dos discípulos com relação ao fim dos tempos: "Quando vão acontecer essas coisas? Qual sinal identificará que o fim dos tempos está próximo?" Quantos de nós já nos questionamos como os discípulos? Catástrofes ambientais, guerras... São sinais de que o fim está próximo?
O Evangelho é um convite a não ficarmos apavorados ou correndo atrás de sinais e discursos sobre o fim dos tempos. Importante é viver bem o presente, depositando a nossa confiança no Senhor e cultivando valores que não passam e não serão destruídos, como o amor, a misericórdia, a justiça... O futuro pertence a Deus e estamos em suas mãos. Se Cristo é o centro de nossas vidas, por que o fim dos tempos nos causa preocupação?
 

3- Oração (Vida)

Entregue ao Senhor os frutos da sua oração, da sua meditação e contemplação da Palavra. Apresente o apelo que brotou em seu coração e peça a graça de vivê-lo durante o dia. Faça sua prece de agradecimento ou pedido. Conclua com a oração: Jesus Mestre, agradeço pelas luzes que me destes nesta meditação. Perdoai-me pelos limites que me impediram de fazê-la melhor. Ofereço-vos a resolução que tomei e que espero viver, pela vossa graça. Amém.
 

4- Contemplação (Vida e Missão)

De que forma a Palavra de Deus estará presente neste meu dia? O que desejo colocar em prática segundo os ensinamentos de Jesus?
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


...............
Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 
 

Comentário

Colocar a confiança naquilo que não passa
O Cristo ressuscitado continua a falar através do seu Espírito Santo. O autor do evangelho não faz distinção entre as palavras de Jesus durante a sua vida terrestre e finita e as palavras do Cristo glorioso, presente no seio da comunidade. Trata-se de uma e mesma palavra. O vaticínio sobre a destruição do Templo é uma profecia ex-evento. Sua finalidade é ajudar os discípulos a colocar a sua confiança naquilo que não passa, ao mesmo tempo que visa ajudá-los a superar as provações decorrentes do exercício da missão. A confiança e a esperança devem ser características da vida dos discípulos: não importa o que aconteça, não se deve esmorecer nem temer, nem ser paralisado pela perplexidade. É preciso manter a vida apoiada em valores verdadeiros e sólidos. Até o Templo, ornado com tantas riquezas, figura entre as coisas que passam. A linguagem utilizada por Jesus, aqui, para transmitir a sua mensagem é apocalíptica. Em meio às vicissitudes de cada tempo, é preciso atenção e ponderação para não ser enganado pelos arautos e aproveitadores da desgraça. Se Jesus não responde à pergunta de quando e qual o sinal de que a destruição estaria próxima, é para exortar os discípulos à confiança e ao testemunho. No tempo do Espírito, a história é para os cristãos o lugar do testemunho de Cristo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Pai, teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só nele colocar toda a minha segurança.

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Santo do dia


Santo André Dung-Lac e companheiros
"Mártires do Vietnã" (Séculos XVI a XX)

24 de Novembro - Santo André Dung-Lac e companheiros

Mártires (séculos XVI a XX)


A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Foram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.

Hoje, homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900 pelo papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja Católica vietnamita.

Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado, foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.

Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.

Passada essa fase tenebrosa, veio um período de calma, que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fieis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.

A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias, que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam, invariavelmente, à morte.

Entretanto o evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O papa João Paulo II, em 1988, inscreveu esses heróis de Cristo no livro dos santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de santo André Dung-Lac no dia de sua morte.

 Texto: Paulinas Internet
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Mensagem do dia


24/11 Poema oração


No início deste dia,
faça do seguinte poema uma oração:
“Que eu nunca peça para ficar livre dos perigos,
e sim tenha coragem para enfrentá-los.
Que eu nunca mendigue a paz
para a minha dor, e sim coração forte para dominá-la.
Que eu não procure aliados
na batalha da vida, e sim minha força.
Que eu não anseie medrosamente pela salvação,
e sim tenha esperança e paciência
para conquistar minha liberdade.
Senhor, concede-me a graça
de não ser tão covarde para sentir
a tua misericórdia apenas em meu triunfo.
Permite-me encontrar o aperto de tua mão
dentro do meu fracasso”(Tagore).

Meditação
Todos os dias, peça que o Senhor
lhe conceda o dom da fortaleza,
para não esmorecer nas dificuldades.

Confirmação
“Senhor, meu rochedo,
minha fortaleza, meu libertador;
meu Deus, minha rocha,
na qual me refugio; meu escudo e baluarte,
minha poderosa salvação”(Sl 18[17],3).

 Rosemary de Ross
Retirado do livro: 'Uma mensagem por dia, o ano todo', Paulinas Editora.
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sábado, 21 de novembro de 2015

Evangelho do final de semana - Festa de Cristo Rei

Ano B - DIA 22/11

Tu és o Rei dos Judeus? - Jo 18,33b-37

Pilatos entrou, de volta, no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe: “Tu és o Rei dos Judeus?”. Jesus respondeu: “Estás dizendo isto por ti mesmo, ou outros te disseram isso de mim?”. Pilatos respondeu: “Acaso sou eu judeu? Teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”. Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas, o meu reino não é daqui”. Pilatos disse: “Então, tu és rei?”. Jesus respondeu: “Tu dizes que eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.

 

Comentário
Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo
Neste último domingo do ano litúrgico, celebramos a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do universo. Enquanto Rei, e como tal, Jesus Cristo é o pastor que reúne, cuida e conduz às pastagens verdejantes o rebanho de Deus. A sua vida e a sua presença gloriosa (Mt 28,20) iluminam o ser humano, fazendo com que cada um esteja diante da verdade de si mesmo. No evangelho da solenidade de hoje, Jesus está na sua paixão, diante de Pilatos, sendo acusado de malfeitor pelos chefes do povo (cf. Jo 18,30); ele que viveu a sua existência fazendo o bem e manifestando às pessoas o amor e a misericórdia de Deus. Jesus sofreu um processo injusto, sendo acusado de se opor a César, de dizer-se rei e de querer tomar o poder (cf. Jo 18,12). Pilatos começa por perguntar se Jesus era rei. Ele não responde diretamente a questão, mas põe ao Procurador romano outra questão. Depois, Jesus responde a Pilatos que o seu reino não é deste mundo, não é de ordem política, por isso, não há nenhum homem que o possa defender. Jesus não tem nenhuma ambição política. Nós nos lembramos de que, depois da multiplicação dos pães, as pessoas vão atrás de Jesus para pegá-lo e fazê-lo rei, derrubar o poder romano e estabelecer outro reino, o Reino de Deus (cf. Jo 6,14-15). Jesus não partilha absolutamente dessa ideia. Ele sabe, e assim o deu a conhecer, que o Reino de Deus não é dessa ordem, nem pode estar fundado na violência. Por isso, ele se retira, só, para a montanha, a fim de rezar. Os discípulos partilhavam dessa ideia. Basta nos recordarmos de que, no Getsêmani, Pedro tira a espada da bainha e corta a orelha de Malco. Jesus o retém, pois não queria ser defendido, mas fazer a vontade do Pai. O Reino de Deus que Jesus anuncia não se faz pelas armas e pela violência, ele é radicalmente diferente de todas as realezas terrestres e políticas. É algo totalmente novo. O Reino que ele quer se estabelece pela oferta de sua própria vida por amor. Jesus mesmo disse: “ninguém tem maior amordo que aquele que dá a vida por seus amigos”(Jo 15,13). No centro do seu reino não está um projeto político, mas o amor, cuja fonte é o Pai. Em tudo o que Jesus fez e ensinou ele manifestou esse imenso amor do Pai pela humanidade. O que o Cristo quer é estabelecer o reino do amor no mundo. Deus deseja a justiça e a paz, mas ele quer fazer reinar no mundo o amor.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Senhor Jesus, aceita-me como membro do Reino que vieste implantar na história humana, deixando que Deus seja o Senhor da minha vida.

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Evangelho do Dia - Eis minha mãe e meus irmãos...

Ano B - DIA 21/11

Eis minha mãe e meus irmãos... - Mt 12,46-50

Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo”. Ele respondeu àquele que lhe falou: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?”. E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

Leitura Orante

Oração Inicial

Na liturgia de hoje lembramos a Apresentação de Nossa Senhora no Templo. O Evangelho nos fala da relação familiar que é estabelecida entre Jesus e aqueles que acolhem a sua Palavra. Ele nos diz: "todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe". Para bem acolhermos os seus ensinamentos, pedimos: Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.
 

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Quais personagens estão presentes na narrativa? Qual é o ensinamento de Jesus? Quem são considerados os irmãos e a mãe de Jesus?
"Nesta narrativa de Mateus, percebemos três grupos relacionados com Jesus. Por um lado, as multidões a que Jesus falava. Por outro lado, sua família. E, finalmente, os discípulos a quem Jesus destaca, estendendo a mão.
Em um primeiro nível, as multidões, como aglomerado circunstancial de dispersos, são compostas de curiosos e esperançosos, que desejam libertar-se de suas exclusão e de suas carências. Buscam algo de novo, atentos a Jesus, porém ainda não deram sua adesão ao seu projeto.
Num segundo nível, a família, caracterizada por sua unidade carnal e tradicional, fica de fora das multidões. Porém, os laços consanguíneos não são, por si só, a garantia absoluta do amor e da unidade.
No terceiro nível, com proximidade maior, temos os discípulos. Eles formam o grupo que deu sua adesão ao projeto de Jesus, irmanados no cumprimento da vontade do Pai, que é a prática do amor que comunica a vida. Todos são chamados ao discipulado. A família, particularmente, é o espaço privilegiado para se viver a experiência do amor. O crescimento no amor leva a família a abrir-se na solidariedade e em comunhão com os mais carentes e necessitados." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

O que diz o texto para mim hoje? Qual é a missão da minha família no mundo? De que forma minha família vive a sua fé? Somos uma família edificada sobre a Palavra de Deus?
"Na medida em que a família cristã acolhe o Evangelho e amadurece na fé torna-se comunidade evangelizadora. Escutemos de novo Paulo VI: 'A família, como a Igreja, deve ser um lugar onde se transmite o Evangelho e donde o Evangelho irradia. Portanto no interior de uma família consciente desta missão, todos os componentes evangelizam e são evangelizados. Os pais não só comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem também receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido. Uma tal família torna-se, então, evangelizadora de muitas outras famílias e do ambiente no qual está inserida.'" (Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 52).
 

3- Oração (Vida)

Ó Mãe de Deus, protegei-nos como cuidastes de vosso Filho Jesus. Nós nos colocamos sob vosso cuidado porque também vós sois nossa Mãe. Como o discípulo aos pés da cruz, nós queremos vos levar conosco para nossa casa e para nossa vida. Ó Virgem Imaculada, olhai com amor materno os pobres e humilhados, os presos e enfermos, e todos que confiamos em vós para que não percamos a esperança e o sentido da vida. Rogai pelos pecadores para que se convertam à mensagem de vosso Filho e creiam em seu amor e aceitem seu perdão. Assisti os agonizantes na hora extrema da morte e conduzi-nos a Jesus, agora e para a eternidade. Amém. (Do Livro: ‘Maria da nossa fé’, Paulinas Editora).
 

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual é o apelo que a Palavra de Deus despertou para o seu dia? Pense em uma ação concreta e procure torná-la realidade. Conte com a graça de Deus.
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 

Comentário

A comunidade cristã é aquela que faz a vontade de Deus
Levando em consideração a ordem do evangelho, o texto de hoje é ressonância de Mt 7,21. A comunidade cristã é caracterizada como aquela que faz a vontade de Deus. A visita da família de Jesus é ocasião para ele ensinar: a sua família, isto é, os membros do povo que ele reúne, é mais ampla do que os membros de sua parentela, pois constituída por aqueles que fazem a vontade do Pai que está nos céus (v. 50; cf. 7,21). Por duas vezes o texto repete que a mãe de Jesus e alguns irmãos dele estão do lado de fora da casa. Essa observação, que poderia passar despercebida, é, a nosso ver, importante: sem participar do círculo dos discípulos, o ensinamento de Jesus, seu trabalho incansável e seus gestos parecem loucura e sem sentido, como se ele estivesse fora de si. Corrobora com essa ideia a notícia de Marcos, para quem a razão pela qual a família de Jesus vai procurá-lo é para levá-lo de volta para casa, pois pensavam que ele estivesse fora de si (Mc 3,20-21). Para compreender a missão de Jesus é preciso fazer parte do seu círculo e situá-la no horizonte do desígnio salvífico de Deus. São Paulo, num texto em que procura resolver um problema de divisão interna da comunidade de Corinto, afirma que o modo de agir de Deus confunde o mundo e os que se julgam sábios (1Cor 1,27).  Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.

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Apresentação de Nossa Senhora


Apresentação de Nossa Senhora

21 de Novembro - Apresentação de Nossa Senhora

 
 
O episódio da apresentação no templo não é narrado nas Sagradas Escrituras, mas em evangelhos apócrifos, em particular no Proto-evangelho de são Tiago, que a Igreja não considera inspirado por Deus.

No entanto, a celebração deste dia é antiga. Era celebrada já no século VI em Jerusalém, e a Igreja do Oriente, que acolheu e conservou zelosamente as tradicionais festas marianas, reserva à apresentação de Maria uma memória particular, como um dos mistérios da vida daquela que Deus escolheu para Mãe de seu Unigênito.

A Igreja do Ocidente, ao manter essa festividade também com a reforma do calendário litúrgico, entendeu praticar um gesto “ecumênico”.

Na Liturgia das Horas, lê-se: “Neste dia da solene consagração da igreja de Santa Maria Nova, construída junto ao templo de Jerusalém, celebramos com os cristãos do Oriente aquela consagração que Maria fez a Deus de si mesma desde a infância, movida pelo Espírito Santo, de cuja graça ficara plena na sua Imaculada Conceição”.

Se bem que não se encontre na tradição hebraica a oferta de meninas ao templo (e menos ainda na tenra idade de três anos, como se lê nos aprócrifos, segundo os quais “Maria morou no templo do Senhor como uma pomba, recebendo o alimento das mãos de um anjo”), os cristãos celebram hoje aquele particular oferecimento de Maria a Deus, feito no segredo de sua alma, que a preparou para acolher o Filho de Deus.

Esta menininha — diz são Germano de Constantinopla na homilia sobre a Apresentação — prepara o aposento para acolher a Deus, “mas não é o templo que a santifica e purifica, e sim a sua presença que purifica inteiramente o templo”.

Retirado do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas Editora.
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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Evangelho do Dia - "O povo todo ficava fascinado ao ouvi-lo falar."

Ano B - DIA 20/11

Minha casa será casa de oração! - Lc 19,45-48

Depois, Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que ali estavam vendendo. E disse: “Está escrito: ‘Minha casa será casa de oração’. Vós, porém, fizestes dela um antro de ladrões”. Todos os dias, ele ficava ensinando no templo. Os sumos sacerdotes, os escribas e os notáveis do povo procuravam um modo de matá-lo. Mas não sabiam o que fazer, pois o povo todo ficava fascinado ao ouvi-lo falar.


Leitura Orante

Oração Inicial

Jesus é o Messias enviado pelo Pai para libertar o povo de todo jugo do poder e da escravidão. Por isso, seu anúncio e sua prática se chocam com os interesses dos sumos sacerdotes e escribas. Para bem compreendermos a Palavra que vamos meditar, peçamos: Espírito Divino, luz de Deus, vinde nos iluminar, para que possamos compreender o sentido profundo da Palavra de Deus. Fazei-nos discípulos missionários de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, transformando nosso coração em terra boa, onde a Palavra produza frutos abundantes. Amém.

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto bíblico? Procure perceber o contexto do relato: lugar, pessoas, ação de Jesus... Por que Jesus expulsa os vendedores do Templo? O que significa: "minha casa será casa de oração"? Por que os sacerdotes, escribas e notáveis do povo querem matar Jesus?
"A chegada de Jesus a Jerusalém é marcada por dois momentos fortes de denúncia da teocracia aí sediada. Primeiro, a lamentação de Jesus sobre a cidade e, logo a seguir, a denúncia da prática mercadológica do Templo.
Jesus, em seu ministério na Galileia e nos territórios gentílicos vizinhos, fizera seu anúncio do Reino de Deus às multidões de pobres e excluídos, suscitando a ira dos chefes de sinagogas locais. Agora Jesus decide fazer seu anúncio libertador no próprio centro do poder religioso, mesmo sabendo que estava condenado pelos dirigentes do judaísmo. Para isto escolhe a ocasião da celebração da Páscoa judaica, quando uma multidão de peregrinos concentra-se em Jerusalém, em torno do Templo. No Templo havia, desde a sua fundação, um anexo, o Tesouro (gazophylákion), onde eram depositadas as riquezas acumuladas a partir das ofertas dos fiéis. As inúmeras e minuciosas observâncias legais, impossíveis de ser cumpridas, pesavam sobre o povo que, humilhado e submisso, era qualificado como pecador. O ataque de Jesus ao Templo visa abalar este núcleo de poder, em vista da libertação de seu povo, e acelera sua sentença de morte por parte dos dirigentes religiosos, enquanto o povo ficava fascinado." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

O que o Senhor nos diz através do texto? Como acolho em minha vida os ensinamentos de Jesus? Reconheço que a autoridade de Jesus é divina, que Ele é o Enviado do Pai? Quais sentimentos a Palavra despertou em mim?
Jesus ensina e realiza diversas obras com autoridade. Essa autoridade lhe é concedida pelo Pai, pois ele é o verdadeiro Enviado de Deus. Jesus age com o poder do próprio Deus em defesa da vida e em favor dos pequenos.
 

3- Oração (Vida)

Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos, Filho muito amado do Pai, caminho único para chegarmos a Ele. Nós vos louvamos e agradecemos, porque sois o exemplo que devemos seguir. Com simplicidade queremos aprender de vós o modo de ver, julgar e agir. Queremos ser atraídos por vós, para que, caminhando nas vossas pegadas, possamos viver dia a dia a liberdade dos filhos de Deus e buscar em tudo, a vontade do Pai. Aumentai nossa esperança, impulsionando plenamente o nosso ser e o nosso agir. Ajudai-nos a retratar em nossa vida a vossa imagem, para que assim vos possamos possuir eternamente no céu. Amém
 

4- Contemplação (Vida e Missão)

Como vou viver concretamente durante o dia o apelo que o Senhor me revelou?
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 

Comentário

Jesus entra em Jerusalém como rei
O texto da purificação do Templo encontra-se nos quatro evangelhos (Mt 21,12-13; Mc 11,11.15-17; Lc 19,45-46; Jo 2,14-16). O que acontece no Templo, por ocasião da Páscoa, é escandaloso. As pessoas ligadas ao Templo, aproveitando-se da obrigatoriedade de oferecer sacrifícios e da distância que os peregrinos percorriam a pé para chegar a Jerusalém, comercializam todo tipo de animais prescritos pela Lei para o sacrifício. Além disso, havia uma moeda própria do Templo, por isso devia ser pura, isto é, sem nenhuma efígie; o câmbio, que todas as pessoas tinham que fazer, acontecia no próprio Templo. O texto de Lucas se limita dizer que Jesus expulsa os comerciantes do Templo, sem mencionar, ao contrário de João, Marcos e Mateus, como Jesus o fez. O cuidado do Templo é responsabilidade do rei. Jesus entra em Jerusalém como rei. O seu ensinamento não é feito somente de palavras; o gesto que ele acaba de fazer ensina: “minha casa será casa de oração”. O espaço do Templo, lugar da habitação de Deus, é usado em benefício de grupos; Deus é instrumentalizado em benefício de uma ordem estabelecida. O cerco sobre Jesus vai se fechando cada vez mais; seus adversários querem eliminá-lo.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Espírito purificador, tira do meu coração toda sorte de maldade e de egoísmo, que o tornam indigno de ser morada de Deus.

http://www.paulinas.org.br/diafeliz