sábado, 27 de fevereiro de 2016

HORÁRIOS DE MISSA.

4º Sábado – 27 de Fevereiro
17h
N. Srª Aparecida – Mariluz

Fr. Irineu
18h
N. Srª da Glória - Cruzeiro

Fr. Lauvir
18h
N. Srª de Fátima

Pe. Lídio
18h
N. Srª dos Navegantes

Fr. Maicon
19h
Santa Terezinha

Fr. Irineu
19h
Santa Ana – Albatroz

Pe. Alceu
19h
São Sebastião

Pe. Geraldo
19h
N. Srª de Lourdes – Oásis Sul

Pe. Osmar
19h
Nova Tramandaí
batismo
Fr. Breda
19h15h
São José

Fr. Lauvir
20h15
Santo Antônio – Presidente

Pe. Lídio


4º Domingo – 28 de Fevereiro
8h
N. Srª dos Navegantes
Fr. Lauvir
8h15
Santo Antônio – Presidente

Pe. Nilo
8h30
São Sebastião

Pe. Geraldo
8h30
N. Srª da Boa Viagem – Tdaí Sul
batismo
Fr. Irineu
9h
Santa Ana - Albatroz

Pe. Alceu
9h
N. Srª de Fátima

Fr. Breda
9h
São José

Fr. Maicon
10h
N. Srª Medianeira
batismo
Fr. Lauvir
10h
Santa Clara

Fr. Maicon
10h
São Francisco
batismo
Fr. Irineu
17h
São Judas Tadeu

Fr. Breda
18h
N. Srª de Fátima

Pe. Lídio
18h
N. Srª dos Navegantes
Fr. Irineu/Maicon
19h
São Sebastião

Pe. Geraldo
19h
N. Srª de Lourdes – Oasis Sul

Pe. Osmar
20h
Santo Antônio – Parque dos Presidentes

Fr. Lauvir


Segunda – 29 de Fevereiro
19h
São Sebastião

Pe. Geraldo

Fr. Irineu - Estef




Evangelho do final de semana - Convite à conversão.

3º Domingo Quaresma

Cor: Roxo

Evangelho - Lc 13,1-9

Se vós não vos converterdes,
ireis morrer todos do mesmo modo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 13,1-9

1Naquele tempo, vieram algumas pessoas
trazendo notícias a Jesus
a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado,
misturando seu sangue com o dos sacrifícios que
ofereciam.
2Jesus lhes respondeu:
'Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores
do que todos os outros galileus,
por terem sofrido tal coisa?
3Eu vos digo que não.
Mas se vós não vos converterdes,
ireis morrer todos do mesmo modo.
4E aqueles dezoito que morreram,
quando a torre de Siloé caiu sobre eles?
Pensais que eram mais culpados
do que todos os outros moradores de Jerusalém?
5Eu vos digo que não.
Mas, se não vos converterdes,
ireis morrer todos do mesmo modo.'
6E Jesus contou esta parábola:
'Certo homem tinha uma figueira
plantada na sua vinha.
Foi até ela procurar figos e não encontrou.
7Então disse ao vinhateiro:
'Já faz três anos que venho procurando figos nesta
figueira e nada encontro.
Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?'
8Ele, porém, respondeu:
'Senhor, deixa a figueira ainda este ano.
Vou cavar em volta dela e colocar adubo.
9Pode ser que venha a dar fruto.
Se não der, então tu a cortarás.'
Palavra da Salvação.

O RISCO DE UMA VIDA ESTÉRIL
 O evangelho de hoje nos põe diante do comentário de Jesus sobre a morte de alguns galileus e o acidente da torre de Siloé, quando aproveita para contar a parábola da figueira estéril. Os dois trechos falam da mesma realidade: a necessidade e a urgência da conversão, tema muito acentuado neste tempo da Quaresma.

Os acontecimentos narrados não são castigo de Deus, mas podem ensejar o chamado à mudança de vida. As pessoas que morreram não são mais pecadoras do que as que não foram atingidas pelos fatais infortúnios. Deus não é vingativo nem se alegra com a morte do pecador, mas torce pela sua conversão e vida.

A parábola da figueira estéril revela a misericórdia e a paciência de Deus. Sim, ele aceita a proposta do agricultor e lhe oferece mais tempo para que produza frutos. É tempo de conversão, é tempo de produzir frutos de bondade, de tolerância, de perdão, de paz e de solidariedade.

O grande risco que nos ameaça é uma vida estéril, sem perspectivas, sem aspirações nem avanços. Sem nos dar conta, optamos por caminhos que alimentam o individualismo, a autorreferencialidade: lucrar, acumular, consumir.

A religião deve mudar nosso coração, transformar nossa vida. É muito fácil viver uma religião sem compromisso, uma religião de “mel com açúcar”. Não podemos tornar o projeto de Jesus num cristianismo estéril. Fazemos parte da criação de Deus; por isso, somos chamados a ser também responsáveis por construir um mundo sempre melhor, humano, tolerante e sem ódio. Se não produzimos frutos que enobrecem a vida, somos “figueira estéril”. Aí Jesus nos questiona: que sentido tem estarmos inseridos na obra do criador?

Vivendo a vida cristã de maneira superficial, desfrutamos a graça de Deus
sem colaborar com sua obra. Tempo de Quaresma é tempo de conversão!
Pe. Nilo Luza, ssp

 UM PENSAMENTO ILUSÓRIO 
Certos cristãos iludem-se, quando pensam que a conversão é necessária para os outros, ao passo que eles mesmos se julgam dispensados dela. Um forma de miopia espiritual está na raiz desta maneira de pensar. Com muita facilidade, estas pessoas comparam-se com as outras, descobrindo nelas defeitos e pecados. Por isso, há quem viva como se carregasse, gravados na fronte, os estigmas das próprias faltas. Sempre que se fala em urgência de conversão, já se sabe em quem pensar. É como se, ao apontar a necessidade da conversão alheia, nós mesmos estivéssemos dispensados de nos converter.
Jesus combateu tal mentalidade. É arriscado pensar que os outros são mais pecadores do que nós mesmos e, assim, acomodar-nos em nossas limitações. Esta acomodação pode ser fatal. A pessoa não cairá na conta de que deve produzir os frutos esperados pelo Senhor, tornando sua vida totalmente estéril. Quando o Senhor vier, o que acontecerá? A sorte desta pessoa será como a de uma figueira infrutífera: apesar dos esforços do chacareiro, deverá ser abatida.
A prudência recomenda-nos a deixar de lado os pensamentos ilusórios a respeito da conversão, e a decidir-nos, resolutamente, a voltar, cada dia, para Deus. Não aconteça que, iludindo-nos, venhamos a ser punidos por nossos pecados.
Recadinho: - Que tipo de penitência tenho costume de fazer? - Sei tirar bom proveito das penitências, sacrifícios, que normalmente a vida me impõe? - Tenho consciência de que os sacrifícios que a vida me impõem podem ser convertidos em fonte de bênçãos? - Dou-me conta de que a paciência me pode ser uma grande fonte de bênçãos? - Como posso colocar em paralelo sacrifício e caridade?

Santo do dia

SANTO DO DIA

SANTO LEANDRO27/02


Leandro, cujo nome significa força do Leão, nasceu em Cartagena, por volta de 540. Pertencia a uma família de santos: seus irmãos Isidoro, Fulgêncio e Florentina, o acompanham no santoral.
Leandro foi desde jovem um homem dotado de grandes qualidades. Tinha facilidade de falar em público e atraía atenção de todos pela sua simpatia. Tornou-se monge, destacando-se pela oração, estudo e meditação. 
Eleito Bispo de Sevilha, criou uma escola, na qual se ensinavam não somente as ciências sagradas, mas também todas as artes conhecidas naquele tempo. Entre os alunos, encontravam-se Hermenegildo e Recaredo, filhos do rei visigodo Leovigildo. Ali começou o processo de conversão de Hermenegildo, que abandonou o arianismo. 
Leandro precisou exilar-se por causa da conversão de Hermenegildo, pois o rei passou a persegui-lo. O jovem de Sevilha aproveitou para escrever livros contra o arianismo, provando que Jesus Cristo é Deus verdadeiro e que os hereges estavam equivocados. Quando melhorou a situação, Leandro voltou para Sevilha. Hermenegildo havia sido morto por ordem de seu pai. 
Nos últimos anos de sua vida o rei visigodo aconselhou bem seu outro filho, Recaredo, que seria seu sucessor no trono. O novo rei, aconselhado por Leandro, convocou o Concílio III de Toledo, no qual rejeitou a heresia ariana e abraçou a fé católica. 
Devemos a São Leandro não apenas a conversão do rei, mas também por ter contribuído para ressurgir a vida cristã por todos os confins da Península: fundaram-se mosteiros, estabeleceram-se paróquias pelos povoados e cidades, novos Concílios de Toledo deram sábias legislações em matérias religiosas e civis. 
Diz-se que Leandro foi um verdadeiro estadista e um grande santo. A mesmo tempo em que desenvolvia esse trabalho como homem de Estado, nunca esquecia que, como bispo, seu ministério lhe exigia uma profunda vida religiosa e uma dedicação pastoral intensa a seu povo. Pregava sermões, escrevia tratados teológicos, dedicava longos momentos à oração e à penitência e jejum. 
Quando idoso sofreu muitas enfermidades, sendo a gota a doença que mais o afligiu. Tudo porém suportava com paciência. Morreu em em Sevilha, por volta do ano seiscentos. 

Reflexão: 
Todos nós temos qualidades e dons. São Leandro tinha qualidades políticas e pastorais e as usou para favorecer a evangelização do seu povo. Lutou tenazmente contra as heresias de sua época, mas nunca perdeu a docilidade no trato com as pessoas. Nós também somos convidados a descobrir quais são os dons e carismas que Deus nos concede para lutar pela melhoria da sociedade e da vida das pessoas. Vivendo em união com Deus e com nossos irmãos fazemos nosso caminho de santidade. 

Oração: 
Concedei-nos ó Pai, que a exemplo de São Leandro, que nós lutemos pela transformação da sociedade, oferecendo nossos dons e carismas em favor dos mais esquecidos e necessitados. Faça de nós instrumentos de conversão e ilumine-nos com a luz do Santo Espírito. Tudo isso vos pedimos por Cristo, nosso Senhor. Amém!
 
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Evangelho do dia - Este é o herdeiro.

6ª-feira da 2ª Semana Quaresma
Cor: Roxo

Evangelho - Mt 21,33-43.45-46


Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 21,33-43.45-46

Naquele tempo, dirigindo-se Jesus aos chefes dos sacerdotes
e aos anciãos do povo, disse-lhes:
33Escutai esta outra parábola:
Certo proprietário plantou uma vinha,
pôs uma cerca em volta,
fez nela um lagar para esmagar as uvas
e construiu uma torre de guarda.
Depois arrendou-a a vinhateiros,
e viajou para o estrangeiro.
34
Quando chegou o tempo da colheita,
o proprietário mandou seus empregados aos vinhateiros
para receber seus frutos.
35
Os vinhateiros, porém, agarraram os empregados,
espancaram a um, mataram a outro,
e ao terceiro apedrejaram.
36
O proprietário mandou de novo outros empregados,
em maior número do que os primeiros.
Mas eles os trataram da mesma forma.
37
Finalmente, o proprietário, enviou-lhes o seu filho,
pensando: 'Ao meu filho eles vão respeitar'.
38
Os vinhateiros, porém, ao verem o filho, disseram entre si:
'Este é o herdeiro. Vinde, vamos matá-lo
e tomar posse da sua herança!'
39
Então agarraram o filho,
jogaram-no para fora da vinha e o mataram.
40
Pois bem, quando o dono da vinha voltar,
o que fará com esses vinhateiros?'
41
Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam:
'Com certeza mandará matar de modo violento esses perversos
e arrendará a vinha a outros vinhateiros,
que lhe entregarão os frutos no tempo certo.'
42
Então Jesus lhes disse:
'Vós nunca lestes nas Escrituras:
'a pedra que os construtores rejeitaram
tornou-se a pedra angular;
isto foi feito pelo Senhor
e é maravilhoso aos nossos olhos'?
43
Por isso eu vos digo:
o Reino de Deus vos será tirado
e será entregue a um povo que produzirá frutos.
45
Os sumos sacerdotes e fariseus
ouviram as parábolas de Jesus,
e compreenderam que estava falando deles.
46
Procuraram prendê-lo, mas ficaram com medo das multidões,
pois elas consideravam Jesus um profeta.
Palavra da Salvação.

Reflexão - Mt 21, 33-43.45-46

O Evangelho de hoje nos apresenta uma síntese de toda a história da salvação. Deus formou o seu povo, representado por Jerusalém que, nesta parábola, é simbolizado pela vinha. Aqueles que eram responsáveis pela vida religiosa do povo não foram fiéis a Deus, que lhes enviou os profetas para que voltassem ao caminho da justiça, mas os profetas não foram recebidos, foram vítimas de toda espécie de violência e acabaram mortos. Por fim, Deus enviou seu Filho ao mundo, mas ele também foi rejeitado e morto. Deus, então, estabeleceu uma nova Aliança com o seu novo povo, a Igreja, que deve produzir seus frutos no devido tempo.

 

Recadinho: - Jesus é bem claro: revela a origem de sua autoridade. Ele fala como quem tem autoridade para isso. Não fala apenas por falar! - Jesus denuncia o abuso de autoridade. São muitos os que se servem de modo abusivo da autoridade que têm. - Jesus se refere aos profetas, enviados de Deus, que não foram aceitos justamente por aqueles que os deviam aceitar: os sacerdotes e anciãos. - Jesus desmascara as autoridades que manipulam e desprezam a religião em favor de interesses pessoais. - Conclusão: Jesus levou seus ouvintes a dizerem a verdade, sem que eles notassem que estavam condenando a si mesmos! Triste história e que se repete ao longo dos séculos!

Santo do dia

SANTO DO DIA

SÃO PORFÍRIO DE GAZA26/02


Nasceu na Tessalônica em 353 e morreu em Gaza em 420. 
São Porfírio nasceu de uma família rica e com vinte e cinco anos mudou-se para o Egito, onde entrou no monastério de Esquete, no deserto. Cinco anos depois ele viajou para a Palestina, para visitar os lugares santos e residiu numa caverna perto do Rio Jordão por mais cinco anos, em profunda solidão. 
Neste período ele adoeceu profundamente e resolveu gastar seus últimos dias em Jerusalém, onde poderia estar perto dos lugares onde Jesus Cristo viveu. Sua austeridade era tão grande que a doença agravou e ele só podia visitar os lugares santos apoiado num pedaço de madeira. 
Um amigo seu, chamado Marco, propôs a ajudá-lo, oferecendo seu braço, mas Porfírio recusou a ajuda. “Eu vim até a Palestina para procurar o perdão dos meus pecados e não devo procurar o conforto de ninguém”, dizia Porfírio. 
Neste sofrimento ele viveu alguns anos, com olhar sereno e feliz. Só uma coisa ainda o incomodava: sua riqueza deixada na Tessalônica. Um dia, chamou seu amigo Marcos e lhe ordens para ir até sua casa e vender suas propriedades. Três meses depois, seu amigo retornou trazendo grande quantia em ouro. Porfírio o recebeu com alegria, pois estava completamente recuperado de sua enfermidade. 
O santo explicou ao amigo que, dias antes, durante um acesso de febre, ele tinha sentido vontade de caminhar até o Calvário. Lá chegando, ele teve uma queda como um desmaio e pensou ter visto Cristo na cruz. Implorou ao Mestre que o levasse com Ele para o Paraíso. Jesus então apontou-lhe a cruz e pediu que ele a carregasse. São Porfírio tomou então a cruz nos ombros e quando acordou estava completamente recuperado da doença. 
O santo distribuiu, então, seus bens entre os pobres da Palestina. Para sobreviver, Porfírio aprendeu a fazer sapatos e tornou-se um grande sapateiro. 
No fim da vida, Porfírio retornou para Gaza, foi ordenado bispo e passou a defender a fé contra o ataque constante dos pagãos. Diz a história que, em Gaza, terrível seca assolava os campos. Os pagãos culpavam os cristãos e não queriam receber Porfírio entre eles. Às portas da cidade, Porfírio rezou a Deus e a chuva caiu com abundância. Assim, ele foi reconhecido pelos cidadãos de Gaza e pôde entrar na cidade. 
Porfírio retirou do maior templo da cidade os ídolos pagãos e construiu uma grande Igreja, consagrada em 408. Na ocasião de sua morte, sua diocese era toda cristã, conforme o testemunho de seu amigo Marcos, que escreveu a biografia do santo. 
Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR
 REFLEXÃO A vida de São Porfírio está cercada de lendas e tradições. Ele fascinava o povo. As pessoas simples encontravam em São Porfírio a expressão de sua alma. Nosso santo foi um eremita, mas nunca deixou de caminhar ao encontro do Cristo. Faleceu muito idoso, sempre no exercício zeloso de suas funções pastorais. Nós também somos chamados a seguir o caminho de Jesus Cristo, seja assumindo nossa vocação à vida ministerial, consagrada ou leiga. O importante é ter Jesus Cristo como meta de nossa vida. Só com ele somos capazes de carregar nossas cruzes.
    ORAÇÃO Ó Deus, que aos vossos pastores associastes São Porfírio de Gaza, animado de ardente caridade e da fé que vence o mundo, dai-nos, por sua intercessão, perseverar na caridade e na fé, para participarmos de sua glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Evangelho do dia - Cada pessoa presta conta dos seus atos.

5ª-feira da 2ª Semana Quaresma
Cor: Roxo

Evangelho - Lc 16,19-31


Tu recebeste teus bens durante a vida e Lázaro os males;
agora ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 16,19-31
Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus:
19'Havia um homem rico,
que se vestia com roupas finas e elegantes
e fazia festas esplêndidas todos os dias.
20
Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas,
estava no chão à porta do rico.
21
Ele queria matar a fome
com as sobras que caíam da mesa do rico.
E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.
22
Quando o pobre morreu,
os anjos levaram-no para junto de Abraão.
Morreu também o rico e foi enterrado.
23
Na região dos mortos, no meio dos tormentos,
o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão,
com Lázaro ao seu lado.
24
Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo
para me refrescar a língua,
porque sofro muito nestas chamas'.
25
Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te
que tu recebeste teus bens durante a vida
e Lázaro, por sua vez, os males.
Agora, porém, ele encontra aqui consolo
e tu és atormentado.
26
E, além disso, há um grande abismo entre nós:
por mais que alguém desejasse,
não poderia passar daqui para junto de vós,
e nem os daí poderiam atravessar até nós'.
27
O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico,
manda Lázaro à casa do meu pai,
28
porque eu tenho cinco irmãos.
Manda preveni-los, para que não venham também eles
para este lugar de tormento'.
29
Mas Abraão respondeu:
'Eles têm Moisés e os Profetas, que os escutem!'
30
O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão,
mas se um dos mortos for até eles,
certamente vão se converter'.
31
Mas Abraão lhe disse:
`Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas,
eles não acreditarão,
mesmo que alguém ressuscite dos mortos'.'
Palavra da Salvação.


Reflexão:

Lucas compõe um drama para mostrar que os ricos cavam para si um abismo que os separa da Vida. O homem rico é debochado: entrega-se aos prazeres da comida e do luxo, além de desprezar o mendigo, deitado à porta de sua casa. O pobre tem identidade, seu nome é Lázaro, e espera saciar a fome com as sobras do ricaço. É da natureza do rico avarento enxergar só a si mesmo: fecha-se no próprio orgulho e ignora a humilhação e sofrimento alheios; falta-lhe a decisão de ser solidário e fraterno com quem passa necessidade. Final do drama: cada pessoa presta conta dos seus atos. O pobre, que viveu em total despojamento à semelhança de Cristo, passa da morte à glória. O rico, que viveu de modo egoísta e desprezou os demais filhos de Deus, vai ao encontro de uma vida de tormentos.
(Dia a dia com o Evangelho 2016 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

 Recadinho: - Há pessoas exageradas que colocam sua felicidade na riqueza, no ter cada vez mais! O que dizer disso? - Há pessoas que, mesmo tendo o suficiente para viver, estão sempre insatisfeitas, à procura da riqueza pela riqueza em si! O que levarão no final? - Há pessoas que nada possuem e nada fazem a não ser reclamar da vida! Como poderão se realizar em tal situação? - Há pessoas que têm tão poucos bens e nota-se que na situação em que vivem são felizes! Alegremo-nos com elas! - Tiremos uma conclusão prática para nossa vida diária.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R