
E quando dirigimos o olhar
para a Cruz onde Jesus foi pregado, contemplamos o sinal do amor, do amor infinito
de Deus por cada um de nós e a raiz da nossa salvação. Daquela Cruz brota a
misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro. Por meio da Cruz de Cristo o
maligno é vencido, a morte é derrotada, a vida é-nos doada, a esperança é-nos
restituída. Isto é importante: por meio da Cruz de Cristo é-nos restituída a
esperança. A Cruz de Jesus é a nossa única esperança verdadeira! Eis por que a
Igreja «exalta» a santa Cruz, e eis por que nós cristãos abençoamos com o sinal
da cruz. Ou seja, nós não exaltamos as cruzes, mas a Cruz gloriosa de Jesus,
sinal do amor imenso de Deus, sinal da nossa salvação e caminho rumo à
Ressurreição. E é esta a nossa esperança.
Ao contemplar e celebrar a
santa Cruz, pensamos com emoção nos tantos irmãos e irmãs nossos que são perseguidos
e assassinados por causa da sua fidelidade a Cristo. Isto acontece
especialmente onde a liberdade religiosa ainda não está garantida ou plenamente
realizada. Mas acontece também em países e ambientes que em princípio tutelam a
liberdade e os direitos humanos, mas onde concretamente os crentes, e sobretudo
os cristãos, encontram limites e discriminações. Por isso hoje os recordamos e
rezamos de modo particular por eles.
No Calvário, aos pés da
cruz, estava a Virgem Maria (cf. Jo 19, 25-27). É a Virgem
das Dores, que amanhã celebraremos na liturgia. A ela confio o presente e o
futuro da Igreja, para que todos saibam descobrir e acolher sempre a mensagem
de amor e de salvação da Cruz de Jesus.
Papa Francisco
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