Mt 25,14-30 - Vigilância dinâmica
3.Oração (Vida)
Irmã Patricia Silva, fsp
Aurélio Agostinho nasceu no dia 13 de novembro de 354, cidade de Tagaste, na África. Era o primogênito de Patrício e Mônica, uma devota cristã, que procurou criar o filho no seguimento de Cristo.
Aos dezesseis anos de idade foi estudar fora de casa. Se envolveu com a heresia maniqueísta, que pregava a existência de dois princípios que regiam o mundo, um maligno e um benigno. Também nesta época envolveu com uma mulher e recebeu um filho, a quem chamou de Adeodato.
Agostinho era possuidor de uma inteligência rara, centrou-se nos estudos e se formou brilhantemente em retórica. Excelente escritor dedicava-se à poesia e filosofia. Procurando maior sucesso Agostinho foi para Roma e depois para Milão, onde passou a admirar o bispo Ambrósio. Aos poucos a pregação de Ambrósio tocou seu coração e ele se converteu. Foi batizado junto com o filho Adeodato, pelo próprio Bispo Ambrósio com trinta e três anos de idade.
Com a morte do filho, resolve voltar para casa, mas ali também encontra sofrimento, com a morte da mãe. Muda-se então para Tagaste, onde funda uma comunidade monástica. O bispo Ambrósio, preocupado com Agostinho, o convence a tornar-se sacerdote. No fim torna-se bispo de Hipona.
Agostinho foi definido como o mais profundo e importante filósofo e teólogo do seu tempo. Sua obra iluminou quase todos os pensadores dos séculos seguintes. Escreveu livros importantíssimos, entre eles estão sua autobiografia, "Confissões", e "Cidade de Deus".
Depois de uma grave enfermidade ele morreu, aos setenta e seis anos de idade, em 28 de agosto de 430.
A minha alma tem sede de vós e vos deseja, ó Senhor.
1. Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! / Desde a aurora ansioso vos busco. / A minha alma tem sede de vós, † minha carne também vos deseja, / como terra sedenta e sem água! – R.
2. Venho, assim, contemplar-vos no templo, / para ver vossa glória e poder. / Vosso amor vale mais do que a vida: / e por isso meus lábios vos louvam. – R.
3. Quero, pois, vos louvar pela vida / e elevar para vós minhas mãos! / A minha alma será saciada, † como em grande banquete de festa; / cantará a alegria em meus lábios. – R.
4. Penso em vós no meu leito, de noite, / nas vigílias suspiro por vós! / Para mim fostes sempre um socorro; / de vossas asas à sombra eu exulto! – R.
Mônica nasceu em Tagaste, no ano 331, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com freqüência levando o conforto através das palavras de Deus.
Seu marido era um jovem pagão, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica encontrava o consolo nas orações e Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir o batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.
Ela teve três filhos, Agostinho e Navígio e Perpétua, que se tornou religiosa. Porém, Agostinho, foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os conselhos do Bispo, que a consolou dizendo: "Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas".
As súplicas de Mônica foram finalmente ouvidas e seu filho, após anos de vida desregrada, converteu-se ao cristianismo, tornando-se um mestre em teologia. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas. Mas a mãe zelosa pouco conviveu com o filho convertido, pois no ano de 387 faleceu santamente.
O Papa Alexandre III confirmou o tradicional culto à Santa Mônica e a proclamou "padroeira das mães cristãs".
"Vigiai!" |
O Papa Zeferino exerceu um dos pontificados mais longos da Igreja de Cristo, de 199 a 217. Foi o décimo quarto.
Enfrentou um período difícil e tumultuado, com perseguições para os cristãos e de heresias que abalavam a Igreja mais que os próprios martírios. A confusão era generalizada, uns negavam a divindade de Jesus Cristo, outros se apresentavam como a própria revelação do Espírito Santo, profetizando e pregando o fim do mundo.
Mas, o Papa Zeferino que não era teólogo, foi muito sensato e, amparado pelo poder do Espírito Santo, se livrou dos hereges. Para isto, se uniu aos grandes sábios da época, como Santo Irineu, Hipólito e Tertuliano, dando um fim ao tumulto e livrando os cristãos da mentira e dos rigorismos.
O Papa Zeferino tinha uma grande aliado, o diácono Calisto, que seria o próximo papa. Ele determinou que Calisto organizasse cemitérios cristãos,onde os fiéis pudessem sepultar seus mortos e prestar homenagens aos mártires. Este trabalho foi a origem das catacumbas romanas, lugar histórico que testemunha grande parte da história cristã.
O Papa Santo Zeferino foi martirizado junto com o bispo Santo Irineu, no ano 217 e foi sepultado numa capela nas catacumbas que ele mandou construir em Roma, Itália.
Luiz Nono, rei da França, nasceu no dia 25 de abril de 1215. Era filho de Luiz oitavo e de Branca de Castella, ambos piedosos e zelosos que o cercaram de cuidados. Trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram tão bem sucedidos que Luiz IX se tornou um dos soberanos mais benevolentes da História, um fervoroso cristão e fiel da Igreja.
Com a morte prematura do seu rei, a rainha assumiu o poder, pois luís Nono era muito novo para governar. Com zelo maternal, manteve o filho longe de uma vida de depravação tão comum das cortes. Luís, mesmo jovem, possuía as virtudes que o levaram à santidade: a piedade e humildade.
Em 1235, Luís casou-se com Margarida de Provença, uma jovem princesa que, assim como ele, cultivava grandes virtudes. Coroado rei, ele governou com justiça e solidariedade. Com o auxilio da rainha fundou igrejas, conventos, hospitais, abrigos para os pobres, órfãos, velhos e doentes.
Acometido de uma grave doença, em 1245 Luiz IX quase morreu. Então fez uma promessa: caso sobrevivesse empreenderia uma cruzada para ocupar a Terra Santa. Quando recuperou a saúde, em 1248 apesar das oposições da corte, cumpriu o que havia prometido. Preparou um grande exército e, por várias vezes, comandou as cruzadas para lá. Mas em nenhuma delas teve êxito. Na última vez, quando se aproximava de Túnis, foi acometido pela peste e, ali morreu, no dia 25 de agosto de 1270.