terça-feira, 31 de julho de 2018

Evangelho do dia - Brilhar como o sol.

Mt 13,36-43 - Tensão:joio-trigo

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando, com todos os internautas:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Espírito Santo
que procede do Pai e do Filho,
tu estás em mim, falas em mim,
rezas em mim, ages em mim.
Ensina-me a fazer espaço à tua Palavra,
tua oração,à tua ação em mim
para que eu possa conhecer
o mistério da vontade do Pai.
Amém.


1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 13,36-43
Então Jesus deixou a multidão e voltou para casa. Os discípulos chegaram perto dele e perguntaram: 
- Conte para nós o que quer dizer a parábola do joio. 
Jesus respondeu: 
- Quem semeia as sementes boas é o Filho do Homem. O terreno é o mundo. As sementes boas são as pessoas que pertencem ao Reino; e o joio, as que pertencem ao Maligno. O inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os que fazem a colheita são os anjos. Assim como o joio é ajuntado e jogado no fogo, assim também será no fim dos tempos. O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles ajuntarão e tirarão do seu Reino todos os que fazem com que os outros pequem e também todos os que praticam o mal. Depois os anjos jogarão essas pessoas na fornalha de fogo, onde vão chorar e ranger os dentes de desespero. Então o povo de Deus brilhará como o sol no Reino do seu Pai. Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.

Refletindo
Jesus, como bom Mestre, explica aos apóstolos a parábola do joio e do trigo. E é claro: Deus semeia boas sementes. O inimigo semeia o joio. O joio (em grego zizanion, cizânia) é uma gramínea que parecia muito com trigo até que amadurecesse. A "cizânia, capim-cevadinha, uma erva perturbadora nos trigais, parecida com trigo" acaba sendo trigo bastardo, com seus grãos são pretos.
O terreno é o mundo. Juntos são semeados: o trigo e o joio. O bem e o mal. Crescem juntos. Fala também da colheita. É nesta ocasião que o joio será queimado. Então, o Mestre diz que o joio são as pessoas que praticam o mal. Estas vão chorar e sofrer o desespero, enquanto que os bons, o povo de Deus brilharão como o sol no Reino de Deus. 

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
A vida é uma tensão contínua. E por que o joio, essa erva perturbadora não é removida logo? Não porque não está sugando o solo, e desafiando o trigo por nutrimento. Não porque não seja facilmente identificável, mas porque qualquer esforço para arrancar as ervas, crescidas, enraizadas e misturadas com o trigo, arranca também o trigo. É melhor esperar "até a colheita". O final desta tensão será conforme as opções de cada um em ser trigo ou joio.
Faço parte do campo de Deus. Onde reconheço no mundo de hoje, o trigo e a cizânia?
Quais cizânias e quais trigos convivem comigo?

Atualizando
Os bispos na V Conferência, afirmaram: "A nova escala mundial do fenômeno humano traz conseqüências em todos os campos de atividade da vida social, impactando a cultura, a economia, a política, as ciências, a educação, o esporte, as artes e também, naturalmente, a religião. Interessa-nos, como pastores da Igreja, saber como este fenômeno afeta a vida de nossos povos e o sentido religioso e ético de nossos irmãos que buscam infatigavelmente o rosto de Deus, e que, no entanto, devem fazê-lo, agora desafiados por novas linguagens do domínio técnico, que nem sempre revelam, mas que também ocultam o sentido divino da vida humana redimida em Cristo. Sem uma clara percepção do mistério do Deus, torna-se opaco também o desígnio amoroso e paternal de uma vida digna para todos os seres humanos." (DAp 35).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, com o bem-aventurado Tiago Alberione:
Jesus, Mestre,
que eu pense com a tua inteligência, 
com a tua sabedoria.
Que eu ame com o teu coração. 
Que eu veja com os teus olhos.
Que eu fale com a tua língua. 
Que eu ouça com os teus ouvidos.
Que as minhas mãos sejam as tuas. 
Que os meus pés estejam sobre as tuas pegadas.
Que eu reze com as tuas orações. 
Que eu celebre como tu te imolaste.
Que eu esteja em ti e tu em mim. Amém.


4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é para identificar e cultivar o trigo na minha vida e na dos demais.Também para detectar o joio, o mal, o que me afasta de Deus.

Bênção 
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 


Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

Santo Inácio

SANTO INÁCIO DE LOYOLA31/07


Inácio de Loyola nasceu numa família cristã nobre e muito rica numa cidade na Espanha, em 1491. Foi educado com todo cuidado para se tornar um perfeito fidalgo. Cresceu apreciando os luxos da corte e era um ótimo cavaleiro.
Com 26 anos optou pela carreira militar, mas uma bala de canhão mudou sua vida. Ferido na perna esquerda, durante a defesa da cidade de Pamplona, ele ficou um longo tempo em convalescença. Nesse meio tempo trocou a leitura dos romances de guerra por livros sobre a vida dos santos e a Paixão de Cristo. E assim foi tocado pela Graça de Deus.
Quando ficou curado, trocou a vida de militar por uma vida de dedicação a Deus. Foi então à capela do santuário de Nossa Senhora de Montserrat, pendurou sua espada no altar e deu as costas ao mundo da corte e das pompas. A partir deste momento passou a ser chamado de Inácio.
Viveu como eremita e mendigo passando as mais duras necessidades. Ali preparou a base do seu livro mais importante: "Exercícios Espirituais".
Mudou-se para Paris, onde estudou filosofia e teologia. No ano de 1534 fundou a Companhia de Jesus junto com mais seis companheiros. Nascia assim os missionários jesuítas, que espalharam-se pelo mundo levando o Evangelho para os povos mais longínquos do planeta.
Inácio morreu no dia 31 de julho de 1556, em Roma, na Itália.  

Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR


 REFLEXÃO A Companhia tem como características a obediência ao Papa e a mais sólida coesão interna. Pode-se afirmar que os jesuítas renovaram o catolicismo com sua pregação e direção espiritual, porque pregavam com muito zelo a pessoa de Cristo. O método inaciano de oração dirige o homem pelo caminho da própria abnegação e do domínio dos maus hábitos aos mais altos auges de contemplação e amor divino.
ORAÇÃO Ó Pai, pela vossa misericórdia, Santo Inácio de Loyola anunciou as insondáveis riquezas de Cristo. Concedei-nos, por sua intercessão, crescer no vosso conhecimento e viver na vossa presença segundo o Evangelho, frutificando em boas obras. Por Cristo nosso Senhor. Amém!

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Evangelho do dia - O Reino do céu é como...

Mt 13,31-35 – Semente e fermento

Preparo-me para a Leitura, em companhia de todos os internautas,
agradecendo por este momento:

 
Agradeço-te, meu Deus,
porque me chamaste,
tirando-me das minhas ocupações do dia-a-dia, 
para aqui me encontrar contigo.
Dispõe o meu coração
na paz e na humildade
para poder ser por ti encontrado
e ouvir a tua Palavra.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Mt 13,31-35 – A linguagem das parábolas
Jesus contou outra parábola. Ele disse ao povo:
- O Reino do Céu é como uma semente de mostarda, que um homem pega e semeia na sua terra. Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas. Ela até chega a ser uma árvore, de modo que os passarinhos vêm e fazem ninhos nos seus ramos. Jesus contou mais esta parábola para o povo: 
- O Reino do Céu é como o fermento que uma mulher pega e mistura em três medidas de farinha, até que ele se espalhe por toda a massa. Jesus usava parábolas para dizer tudo isso ao povo. Ele não dizia nada a eles sem ser por meio de parábolas. Isso aconteceu para se cumprir o que o profeta tinha dito: "Usarei parábolas quando falar com esse povo e explicarei coisas desconhecidas desde a criação do mundo."

Refletindo
Jesus usa dois símbolos simples e, ao mesmo tempo, ricos de conteúdo, nestas duas parábolas: a da semente de mostarda e a do fermento. Um homem planta a semente. Uma mulher prepara a massa com o fermento. Símbolos muito simples, do quotidiano. E assim, falando do quotidiano, fala do Reino. Simplesmente porque o Reino de Deus está no meio de nós, no nosso dia-a-dia. Basta ter sensibilidade para percebê-lo e acolhê-lo.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim?
Percebo no meu dia-a-dia a presença do Reino de Deus?
Por exemplo: num sorriso, numa palavra, num gesto, num acontecimento?
Poderíamos até dizer que em tudo está presente o Reino de Deus, de forma simples, e, em potencial, como está na semente que vira árvore e no fermento que faz crescer a massa. Jesus veio instaurar o Reino.

Meditando
Os bispos, em Aparecida, refletiram assim sobre o Reino: "O Reino de vida que Cristo veio trazer é incompatível com essas situações desumanas. Se pretendemos fechar os olhos diante dessas realidades, não somos defensores da vida do Reino e nos situamos no caminho da morte: "Nós sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Aquele que não ama, permanece na morte" (1 Jo 3,14). É necessário sublinhar "a inseparável relação entre o amor a Deus e o amor ao próximo", que "convida todos a suprimir as graves desigualdades sociais e as enormes diferenças no acesso aos bens". Tanto a preocupação por desenvolver estruturas mais justas como por transmitir os valores sociais do Evangelho, situam-se neste contexto de serviço fraterno à vida digna." (DAp 358)

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva  a dizer a Deus?
Rezo a

Oração da Paz
Senhor,
Fazei-me um instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado;
Compreender, que ser compreendido;
Amar, que ser amado,
Pois é dando que recebe,
É perdoando que se é perdoado,
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Hoje, vou descobrir no meio em que vivo os sinais do Reino.

Bênção Bíblica

O Senhor o abençoe e guarde! 
O Senhor lhe mostre seu rosto brilhante 
e tenha piedade de você! 
O Senhor lhe mostre seu rosto e lhe conceda a paz!’ (Nm 6,24-27). 

Ir. Patrícia Silva, fsp

patricia.silva@paulinas.com.br

Santo do dia

SÃO PEDRO CRISÓLOGO30/07


O nome deste santo significa aquele que tem palavras de ouro. Pedro Crisólogo mereceu este nome, pois era um grande pregador da palavra de Deus. Ele nasceu em Ímola, não muito distante de Roma, no ano 380.
Filho de pais cristãos foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Tornou-se um dos maiores pregadores da Igreja. Sua amizade com a família imperial auxiliou na sua ascensão ao episcopado. Foi o primeiro bispo ocidental da diocese de Ravena. Como bispo, nunca se preocupou com as aparências externas, mas dedicou tempo para o cuidado com o povo, sobretudo os mais necessitados.
Pedro Crisólogo escreveu no total cento e setenta e seis homilias de cunho popular, através dos quais dogmas e a liturgia eram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões. Sua facilidade em pregar era tanta que com poucas palavras ele explicava as maiores verdades da fé.
Defendeu a autoridade do Papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Esta heresia, vinda do Oriente, foi resolvida nos Concílios de Éfeso e Calcedônia
Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal em 451.


Colaboração: Padre Evaldo César de Souza, CSsR

 REFLEXÃO São Pedro Crisólogo é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja. Seus sermões eram de grande agrado das pessoas e por isso lhe puseram o sobrenome de "crisólogo", que deseja dizer 'aquele que fala muito bem'. Recomendava a participação nas eucaristias e valorizava muito a comunhão frequente.
ORAÇÃO São Pedro Crisólogo, que dominastes vossas paixões e vos agarrastes a fé em Jesus Cristo para conseguirdes perseverar nas virtudes que vos levaram à santidade, intercedei por nós para que também sejamos perseverantes e entusiasmados tal como o fostes, na exortação aos nossos irmãos que distantes se encontram da Verdade. Amém!

sábado, 28 de julho de 2018

Evangelho do domingo - Pão partilhado

17º Domingo do Tempo Comum
29 de Julho de 2018

Cor: Verde

Evangelho - Jo 6,1-15


 

Distribuiu-os aos que estavam 
sentados, tanto quanto queriam.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,1-15

Naquele tempo:
1Jesus foi para o outro lado do mar da Galiléia,
também chamado de Tiberíades.
2
Uma grande multidão o seguia, 
porque via os sinais que ele operava
a favor dos doentes.
3
Jesus subiu ao monte
e sentou-se aí, com os seus discípulos.
4
Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5
Levantando os olhos, 
e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro,
Jesus disse a Filipe:
'Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?'
6
Disse isso para pô-lo à prova, 
pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.
7
Filipe respondeu:
'Nem duzentas moedas de prata bastariam
para dar um pedaço de pão a cada um'.
8
Um dos discípulos, 
André, o irmão de Simão Pedro, disse:
9
'Está aqui um menino com
cinco pães de cevada e dois peixes.
Mas o que é isso para tanta gente?'
10
Jesus disse:
'Fazei sentar as pessoas'.
Havia muita relva naquele lugar,
e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
11
Jesus tomou os pães,
deu graças
e distribuiu-os aos que estavam sentados,
tanto quanto queriam.
E fez o mesmo com os peixes.
12
Quando todos ficaram satisfeitos,
Jesus disse aos discípulos:
'Recolhei os pedaços que sobraram, 
para que nada se perca!'
13
Recolheram os pedaços
e encheram doze cestos
com as sobras dos cinco pães,
deixadas pelos que haviam comido.
14
Vendo o sinal que Jesus tinha realizado,
aqueles homens exclamavam:
'Este é verdadeiramente o Profeta,
aquele que deve vir ao mundo'.
15
Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo
para proclamá-lo rei,
Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Palavra da Salvação.

Um menino, cinco pães e dois peixes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas – http://comeceodiafeliz.com.br)

O capítulo sexto de São João é lido neste ano no Tempo da Páscoa e em alguns domingos do Tempo Comum. No Tempo da Páscoa para nos dizer que Jesus ressuscitado permanece entre nós na sua Palavra e na Eucaristia, e no Tempo Comum para reforçar a nossa convicção de fé na presença real de Jesus no sacramento da Eucaristia. O capítulo começa com o relato da multiplicação dos pães e dos peixes. Em seguida, depois de ter atravessado o mar da Galileia andando sobre as águas, Jesus vai à sinagoga de Cafarnaum, onde faz o grande sermão do Pão do Céu, o Pão da Vida, a sua Carne dada para a salvação do mundo. Surge uma crise entre os judeus e entre os discípulos de Jesus, que não entendem o que Jesus está querendo dizer. Ouvem as palavras, mas não percebem o sentido. Judeus e discípulos começam a se afastar de Jesus. Ele, porém, mantém firme tudo o que disse sem nada mudar.
O capítulo sexto de São João é considerado um texto eucarístico. Ele nos prepara para a instituição do sacramento da Eucaristia. Começando com o pão de cada dia, Jesus nos leva até ele, que é o alimento para a vida eterna. O pão simboliza todos os alimentos que tomamos cada dia e nos mantêm vivos. Jesus mesmo mostra sua preocupação com o povo que foi atrás dele para ouvir o seu ensinamento e que precisava se alimentar. Pergunta a Filipe onde poderiam comprar pão para dar de comer àquela gente. Filipe sabe que não era apenas questão de onde comprar, mas também de como pagar. Havendo pão, havendo onde comprar e tendo dinheiro, o problema estaria resolvido. É a solução do poder, de quem tem, compra e paga. André apresenta a Jesus um menino que tinha cinco pães e dois peixes. Se a solução de Filipe não era viável pelo muito dinheiro que seria necessário, a de André também não era pelo pouco pão e pouco peixe de que dispunha. Uma solução rica e uma solução pobre. Jesus fica com a solução pobre: cinco pães e dois peixes partilhados com amor podem alimentar uma multidão. Foi o que aconteceu. Jesus deu graças e começou a distribuir os pães e os peixes, e todos comeram e ficaram saciados. Partilharam e resolveram o problema, isso é o que sabemos. Como Jesus fez para multiplicar os pães e os peixes é um segredo dele, que pode nos contar um dia.[...]

O PÃO PARTILHADO

(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).
Um dos efeitos do Reino no coração humano manifesta-se na disposição para a partilha. Esta só é possível, quando se supera o egoísmo e o irmão carente se torna uma interpelação diante da qual não é possível ficar insensível. Onde o amor supera o egoísmo, não há dúvida de que aí o Reino acontece de verdade. O milagre do pão partilhado ilustra uma atitude característica dos discípulos do Reino, que devem formar uma comunidade de partilha.
Jesus se deu conta da situação em que se encontrava a multidão de seus ouvintes. Ela corria o risco de desfalecer pela fome, sem possibilidade de adquirir alimentos nas imediações. A situação foi se contornando na medida em que o amor falou mais forte e cada qual partilhava o pouco que possuía. Um rapaz pôs à disposição do grupo seus cinco pães de cevada e dois peixes. E deste pouco resultou alimento para toda a multidão, a ponto de sobrar ainda uma grande quantidade.
Como o rapaz, cada pessoa que ali se encontrava, via-se diante do desafio de não comer avidamente a própria porção, sem antes considerar a necessidade de seu próximo. O milagre se realizava na medida da generosidade e do desapego das pessoas. Também na comunidade, o milagre da partilha acontece quando os irmãos são solidários entre si.

Evangelho do dia - Semente boa

Mt 13,24-43 - Parábolas do Reino


 

Preparo-me para a Leitura rezando ao Espírito, com todos que se encontram neste ambiente:
Espírito de verdade, 
a ti consagro a mente e meus pensamentos: 
ilumina-me.
Que eu conheça Jesus Mestre
e compreenda o seu Evangelho


1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia? 
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Mt 13,24-30.
Jesus contou outra parábola. Ele disse ao povo: 
- O Reino do Céu é como um homem que semeou sementes boas nas suas terras. Certa noite, quando todos estavam dormindo, veio um inimigo, semeou no meio do trigo uma erva ruim, chamada joio, e depois foi embora. Quando as plantas cresceram, e se formaram as espigas, o joio apareceu. Aí os empregados do dono das terras chegaram e disseram: "Patrão, o senhor semeou sementes boas nas suas terras. De onde será que veio este joio?" 
- "Foi algum inimigo que fez isso!", respondeu ele. 
- E eles perguntaram: "O senhor quer que a gente arranque o joio?" 
- "Não", respondeu ele, "porque, quando vocês forem tirar o joio, poderão arrancar também o trigo. Deixem o trigo e o joio crescerem juntos até o tempo da colheita. Então eu direi aos trabalhadores que vão fazer a colheita: 'Arranquem primeiro o joio e amarrem em feixes para ser queimado. Depois colham o trigo e ponham no meu depósito.' 

Jesus contou-lhes outra parábola:
'O Reino dos Céus é como uma semente de mostarda
que um homem pega e semeia no seu campo.
Embora ela seja a menor de todas as sementes,quando cresce, fica maior do que as outras plantas.E torna-se uma árvore, de modo que os pássaros vême fazem ninhos em seus ramos.'Jesus contou-lhes ainda uma outra parábola:'O Reino dos Céus é como o fermentoque uma mulher pega e mistura com três porções defarinha, até que tudo fique fermentado.'Tudo isso Jesus falava em parábolas às multidões.Nada lhes falava sem usar parábolas,para se cumprir o que foi dito pelo profeta:Abrirei a boca para falar em parábolas;vou proclamar coisas escondidas desde a criação domundo'.Então Jesus deixou as multidões e foi para casa.Seus discípulos aproximaram-se dele e disseram:'Explica-nos a parábola do joio!'Jesus respondeu:Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem.O campo é o mundo.A boa semente são os que pertencem ao Reino.O joio são os que pertencem ao Maligno.O inimigo que semeou o joio é o diabo.A colheita é o fim dos tempos.Os ceifadores são os anjos.Como o joio é recolhido e queimado ao fogo,assim também acontecerá no fim dos tempos:o Filho do Homem enviará os seus anjose eles retirarão do seu Reinotodos os que fazem outros pecare os que praticam o mal;e depois os lançarão na fornalha de fogo.Ali haverá choro e ranger de dentes.Então os justos brilharão como o solno Reino de seu Pai.Quem tem ouvidos, ouça."

Refletindo
Jesus conta mais  parábolas. Compara o reino do céu como um semeador que semeia boas sementes de trigo. Conta que apareceu também um inimigo, à noite, sem que ninguém o visse, e semeou no meio do trigo uma erva ruim chamada joio. E foi embora. Tanto o trigo como o joio cresceram. O que fazer? Arrancar o joio? Não, diz o homem. Se arrancar o joio, pode arrancar também o trigo. Manda que deixem crescer os dois até a colheita. Então, poderão arrancar primeiro o joio e queimá-lo. Depois colherão o trigo que será armazenado. O que Jesus quer dizer com esta parábola? 
Jesus lembra que é um desafio anunciar o Evangelho. Não devemos nos preocupar com aqueles que divulgam o erro. Deve-se ter o cuidado para não deturpar, distorcer a Palavra, transformando-a em erva daninha. 
O grande biblista Carlos Mesters, assim comenta: "O joio e trigo crescem juntos. A Palavra de Deus que faz nascer a comunidade é semente boa, mas dentro das comunidades sempre aparecem coisas que são contrárias à Palavra de Deus. De onde vêm?"
O joio é o inimigo que se infiltra na comunidade. Quem é este inimigo? O inimigo, o adversário, Satanás ou diabo (Mt 13, 39), é aquele que divide, que desvia. A tendência de divisão existe dentro de cada um de nós. O desejo de dominar, de se aproveitar da comunidade para subir e tantos outros desejos interesseiros  divisionistas, são do inimigo que dorme dentro de cada um de nós e dentro da comunidade, da família, da Igreja.
Paciência e lucidez é o que se recomenda ao constatar a ambiguidade, essa mistura do bem e do mal. Pensavam: “Se deixarmos todo o mundo dentro da comunidade, perdemos nossa razão de ser! Perdemos a identidade!” Queriam expulsar os que pensavam de modo diferente. Mas esta não é a decisão do Dono do terreno. Ele diz: “Deixa crescer juntos até a colheita!” O que vai decidir não é o que cada um fala e diz, mas o que cada um vive e faz. É pelo fruto produzido que Deus nos julgará. A força e o dinamismo do Reino se manifestam na comunidade. Mesmo sendo pequena e cheia de contradições, ela é um sinal do Reino. Mas ela não é dona do Reino, nem pode considerar-se justa. A parábola do joio e do trigo explica a maneira como a força do Reino age na história. É preciso ter paciência e aprender a conviver com as contradições e as diferenças, mesmo tendo uma opção clara pela justiça do Reino.
O que dizer da semente de mostarda? Do fermento? Coisas miúdas das quais Deus se utiliza para revelar seu poder, sua força.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? 
Meditando
Os bispos, em Aparecida, assim se expressaram "Desejamos que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43)." (DAp 32.)

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, com toda a Igreja:
Senhor, Deus da vida e do amor,
enviastes o vosso Filho 
para nos libertar das forças da morte
e conduzir-nos no caminho da esperança.
Movei-nos pelo dom do vosso Espírito!
Fazei-nos discípulos, 
comprometidos com o anúncio do Evangelho,
caminhando ao encontro de nossos irmãos e irmãs,
acolhendo a todos, sobretudo os jovens, 
os afastados, os pobres, os excluídos.
Virgem Mãe Aparecida,
Intercedei junto ao vosso Filho,
para que sejamos fiéis ao nosso compromisso
de discípulos missionários . Amém!


4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Meu novo olhar coincide com o olhar da Igreja que afirma: "Que a alegria da boa nova do Reino de Deus, de Jesus Cristo vencedor do pecado e da morte, chegue a todos quantos jazem à beira do caminho, pedindo esmola e compaixão (cf. Lc 10,29-37; 18,25-43)." (DAp 32.)

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.



Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

Celebrar em Comunidade - Tramandaí e Imbé

4º Sábado 28 de Julho

 
Semana Missionária da Juventude
 
 
17h
N. Srª Aparecida – Mariluz
Fr. Lauvir
17h
São Judas Tadeu
 
Fr. Irineu
18h
N. Srª da Glória – Cruzeiro
 
Fr. Breda
18h
N. Srª dos Navegantes
Fr. Irineu
19h
Imaculada Conceição Nova Tdaí
 
Fr. Breda
19h15
São José
 
Fr. Lauvir
19h
Santa Ana - Albatroz
tríduo
Diác. Antônio

5º Domingo – 29 de Julho

8h
N. Srª dos Navegantes
Fr. Irineu
9h
São José
 
Fr. Breda
10h
N. Srª Medianeira
 
Fr. Irineu
10h30
Santa Ana - Albatroz
Festa
Fr. Lauvir
 
 Semana Missionária da Juventude
 
 
18h
N. Srª dos Navegantes
Fr. Breda
18h
São Francisco 
 
Fr. Irineu