sexta-feira, 11 de abril de 2014

Coleta da solidariedade, comentada na palavra de Dom Jaime, bispo diocesano.

Coleta da solidariedade
A Campanha da Fraternidade expressa a sensibilização realizada e a generosidade do nosso povo na Coleta da Solidariedade, a ser realizada neste Domingo de Ramos. Neste dia 13 somos todos convocados a fazer nosso gesto concreto de fraternidade, partilha e solidariedade, feito em âmbito nacional, em todas as comunidades cristãs, paróquias e dioceses.
A Coleta é parte integrante da Campanha da Fraternidade, mas não fecha o assunto que deverá permanecer de alguma forma vivo pelos projetos a serem assumidos nos vários âmbitos. Até mesmo novas doações podem ser feitas diretamente ao Fundo Nacional de Solidariedade durante todo o ano através de deposito na Caixa Econômica Federal, Agência - 2220, Conta Corrente - 20.1.
As boas notícias dos milagres realizados por quem se sentiu valorizado através de pequenas quantidades de recursos que tornaram possíveis iniciativas que melhoraram a condição de vida e a consciência de cidadania de tantos irmãos devem ser de incentivo a colaboração. São muitos os frutos do gesto concreto da solidariedade coletiva de muitas pessoas e instituições.
Neste ano o horizonte da Campanha da Fraternidade ultrapassa os confins da Igreja e do próprio Brasil, pois a questão posta do Tráfico Humano, de alguma forma, atinge todas as nações e todas as religiões, bem como as diferentes classes sociais.
A Coleta é um gesto concreto de solidariedade e dela podem participar todos os que foram sensibilizados, não importando a tanto a quantidade, pois o Senhor valoriza – e muito - o óbolo da viúva.
Não fiquemos esperando que outros tomem a iniciativa. Sintamo-nos corresponsáveis, promovamos a c oleta da Solidariedade junto aos nossos amigos e conhecidos com os meios que dispomos.
Convidemos os que participam da celebração do Domingo de Ramos e todas as pessoas que vivem nossos mesmos valores. A solidariedade, sócia íntima do amor, faz as pessoas serem parte dos que Jesus declarou serem os “benditos de meu Pai”, com direito “de receber por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo” (Mt 25, 34). Essa prática tem valor em si mesma e pode ser porta de retomada e aprofundamento da relação com Deus, que é Amor.
Talvez nem todos sabem que, 40% da coleta vai para o Fundo Nacional de Solidariedade, administrado por um conselho criado pela CNBB Nacional e pelas Caritas Brasileira. Dos 60% que ficam na diocese, 10% vai para o Fundo Regional de Solidariedade, administrado pelo Secretariado Regional da CNBB, cujo fim é din amizar as pastorais sociais. A parte que fica na Diocese, cabe ao Conselho Diocesano de Assuntos Econômicos definir sua aplicação em sintonia com o tema da Campanha.
Convidamos todos a fazer sua doação generosa, motivados por um verdadeiro espírito de solidariedade cristã, própria de quem entendeu que há maior alegria em dar do que em receber; de quem acredita na Palavra de Jesus: “tudo o que fizestes ao menor dos meus irmãos foi a mim que o fizeste”.
Neste dia em que somos convidados a aclamar Jesus cantando: “Hosana ao filho de Davi, bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana no mais alto dos Céus!” façamos nosso gesto coletivo de solidariedade com largueza de coração, certos que vai ajudar a libertar mais um irmão ou irmã que espera por nós.
Lembremos que nossa doação não é esmola e nem taxa, m as oferta gratuita. Não damos algo que nos sobra – ate porque nunca sobraria - mas algo que é fruto do nosso trabalho e motivado pela consciência de ter recebido muito mais do Deus da vida e do amor, que entregou sua vida por nós.
Assim fazendo entramos na Semana Santa de coração aberto à ação santificadora de Cristo que deseja derramar seu amor infinito em nossos corações. Acompanhando os passos de Jesus possamos experimentar mais uma vez a preciosidade do dom da salvação que nos é oferecida e que custou o precioso sangue do Filho de Deus.
Como o povo que o acompanhou com ramos de oliveira entre cânticos e hosanas, demostremos nossa gratidão fazendo-nos providência para tantos irmãs que esperam pela nossa fraternidade e partilha.
A semana será santa se a vivermos santamente, ou seja, numa comunhão de amor com Deus e com os irmãos. É sempre bom lembrar que os sacrifícios agradáveis a Deus são a justiça e a misericórdia e que a caridade é capaz de perdoar pecados.
Não esqueçamos o que Paulo nos diz: “Deus ama a quem dá com alegria”. Sintamos o prazer de fazer o bem, mesmo sem saber para quem.
Façamos nosso gesto concreto com alegria de coração, cientes que ele já produziu em nós libertação e que liberta muitos outros das amaras da opressão e do tráfico humano.

Dom Jaime Pedro Kohl
Bispo de Osório

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