sábado, 15 de julho de 2017

Evangelho do domingo - O SEMEADOR

15º Domingo do Tempo Comum
16 de Julho de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Mt 13,1-9

O semeador saiu para semear.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 13,1-9
1Naquele dia, Jesus saiu de casa
e foi sentar-se às margens do mar da Galiléia.
2
Uma grande multidão reuniu-se em volta dele.
Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se,
enquanto a multidão ficava de pé, na praia.
3
E disse-lhes muitas coisas em parábolas:
'O semeador saiu para semear.
4
Enquanto semeava,
algumas sementes caíram à beira do caminho,
e os pássaros vieram e as comeram.
5
Outras sementes caíram em terreno pedregoso,
onde não havia muita terra.
As sementes logo brotaram,
porque a terra não era profunda.
6
Mas, quando o sol apareceu,
as plantas ficaram queimadas e secaram,
porque não tinham raiz.
7
Outras sementes caíram no meio dos espinhos.
Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas.
8
Outras sementes, porém, caíram em terra boa,
e produziram à base de cem,
de sessenta e de trinta frutos por semente.
9
Quem tem ouvidos, ouça!'
Palavra da Salvação.

 
A Liturgia desse domingo nos convida a refletir
sobre a importância da PALAVRA DE DEUS e 
nos exorta a ser uma "terra boa" que acolha a Palavra
e produza frutos abundantes na vida de cada dia.


Muitas vezes Jesus comunica o seu ensinamento por meio de parábolas. O texto de hoje apresenta a parábola do semeador. Jesus compara a semente à Palavra de Deus.       O Evangelho coloca em evidência a Palavra de Deus como semente incomparável e indispensável para a vida do mundo. A quantidade e a qualidade dos frutos depende da disposição do terreno do nosso coração, da acolhida fiel e da prática desta Palavra que liberta e salva. Com o terreno do nosso coração bem preparado, aberto e acolhedor produziremos bons frutos.

            O semeador é, por excelência, o próprio Jesus Cristo, e todos aqueles que acolhem o convite de Jesus, os que com paixão e vigor profético, assumem a vocação de discípulos missionários do Reino.        O terreno é o nosso coração.     Na parábola que Jesus nos conta, ele apresenta quatro tipos de terrenos que representam formas diferentes de acolhida, compreensão e fecundidade da Palavra semeada.

- O primeiro terreno “a beira do caminho” é daqueles que tem uma visão fundamentalista da Palavra de Deus esperando que ela, magicamente, solucione seus problemas. São pessoas vulneráveis que se deixam influenciar facilmente por promessas milagreiras, sem se comprometer. Mudam facilmente de religião. É o “maligno” roubando do seu coração a Palavra que foi semeada porque ela ficou exposta sem ser cultivada.

- O segundo terreno  “pedregoso” é o coração daqueles que ficam eufóricos com a Palavra ouvida, atingindo apenas a dimensão emotiva. Uma pessoa apenas eufórica e emotiva não tem consistência. A satisfação é momentânea. São os terrenos pedregosos, onde a semente não encontra profundidade para firmar raízes, crescer e frutificar. É uma religião sem compromisso, sem engajamento, sem persistência. Diante dos desafios e das dificuldades, desistem com a maior facilidade. Os desafios não são emocionantes, mas dolorosos. Neles se prova a fé como o ouro e a prata no fogo.

- O terceiro tipo de terreno “de espinhos” é representado pelas pessoas que manifestam o desejo de ouvir a Palavra de Deus, mas dão prioridade a tantas outras coisas na vida, como a busca do dinheiro e da fama, do poder, do prazer. Por isso, a Palavra de Deus nem sempre encontra espaço para crescer. É sufocada pelas preocupações e condicionamentos mundanos. Estas pessoas são como terrenos cheios de espinhos.

- Por fim, o quarto tipo de terreno, “o da terra boa”, são aqueles que ouvem, compreendem e se esforçam para viver e colocar em prática a Palavra de Deus; os que tem compromisso com a luta pela justiça, verdade, solidariedade e vida em abundância para todos; os que se engajam de forma alegre e profética na preservação da Casa Comum, a Mãe Terra, assumindo serviços, ministérios nas comunidades, em vista do bem comum e da transformação da sociedade. Aqui a Palavra dá frutos, pois a chuva e a neve da graça de Deus fecundam a semente e fazem germinar e multiplicar abundantemente as sementes.

            Aqui, é importante nos questionar: Que tipo de terreno é o meu coração? Que espaço tem a Palavra de Deus na minha vida e na vida da minha família? Estou produzindo frutos, obras boas para a edificação da vida e da sociedade?  Lembremos do que diz Jesus: “Não só de pão, de trabalho e lazer vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”. Vamos sempre acolher a Palavra de Deus em nossa vida e produzir bons frutos.

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