sábado, 13 de julho de 2019

Evangelho do domingo - Amor a Deus e ao próximo.

15º Domingo Do Tempo Comum
14 de Julho de 2019
Cor: Verde

Evangelho - Lc 10,25-37

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E quem é o meu próximo?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 10,25-37
Naquele tempo:
25Um mestre da Lei se levantou
e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou:
'Mestre, que devo fazer
para receber em herança a vida eterna?'
26
Jesus lhe disse: 'O que está escrito na Lei?
Como lês?'
27
Ele então respondeu:
'Amarás o Senhor, teu Deus,
de todo o teu coração e com toda a tua alma,
com toda a tua força e com toda a tua inteligência;
e ao teu próximo como a ti mesmo!'
28
Jesus lhe disse: 'Tu respondeste corretamente.
Faze isso e viverás.'
29
Ele, porém, querendo justificar-se,
disse a Jesus: 'E quem é o meu próximo?'
30
Jesus respondeu:
'Certo homem descia de Jerusalém para Jericó
e caiu nas mãos de assaltantes.
Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no,
e foram-se embora deixando-o quase morto.
31
Por acaso, um sacerdote
estava descendo por aquele caminho.
Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado.
32
O mesmo aconteceu com um levita:
chegou ao lugar, viu o homem
e seguiu adiante, pelo outro lado.
33
Mas um samaritano que estava viajando,
chegou perto dele, viu e sentiu compaixão.
34
Aproximou-se dele e fez curativos,
derramando óleo e vinho nas feridas.
Depois colocou o homem em seu próprio animal
e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele.
35
No dia seguinte, pegou duas moedas de prata
e entregou-as ao dono da pensão, recomendando:
'Toma conta dele!
Quando eu voltar,
vou pagar o que tiveres gasto a mais.'
E Jesus perguntou:
36
'Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem
que caiu nas mãos dos assaltantes?'
37
Ele respondeu:
'Aquele que usou de misericórdia para com ele.'
Então Jesus lhe disse: 'Vai e faze a mesma coisa.'
Palavra da Salvação.

Quem é o meu próximo?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Lucas descreve a subida de Jesus a Jerusalém em sete etapas bem marcadas. A primeira etapa começa e termina com a presença dos samaritanos. Os samaritanos não aceitaram receber Jesus em sua aldeia porque ele estava indo para Jerusalém. Tiago e João, num ímpeto de zelo pelo Mestre, querem destruir com fogo do céu aqueles samaritanos. Jesus repreende os dois apóstolos. Hoje ouvimos a história do bom samaritano contada por Jesus. Ela encerra a primeira etapa da viagem. Os samaritanos que não acolheram Jesus por ser judeu e estar indo para Jerusalém acolhem o homem ferido e jogado na beira da estrada. Seria ele judeu? Seria ele samaritano? Um sacerdote e um levita passam adiante e não dão atenção ao homem ferido. Um samaritano em viagem para e socorre o pobre homem da melhor maneira possível. Os primeiros samaritanos estavam bloqueados por preconceitos de raça e religião. O último samaritano posicionou-se diante de um ser humano maltratado e abandonado. Se todos os samaritanos tivessem sido destruídos com fogo do céu, não haveria um para socorrer o pobre homem.

No Deuteronômio, pela boca de Moisés, Deus nos diz que o que ele nos prescreve não é difícil nem está fora do nosso alcance. A Palavra está ao nosso alcance, em nossa boca, em nosso coração. Podemos cumpri-la. Parece difícil debruçar-nos sobre o infeliz abandonado na beira da estrada, mas não é impossível. A força do Espírito nos impulsiona para a prática da caridade fraterna.

Na Carta aos Colossenses lemos que, por Jesus, Deus quis reconciliar consigo todos os seres, estabelecendo a paz por seu sangue derramado na cruz. Jesus veio fazer de todos os povos uma só família. Veio trazer a paz para que todos possam viver em harmonia. Isso custou o seu sangue derramado na cruz. Seu corpo na cruz, maltratado e ensanguentado, é retrato do que fazemos uns com os outros na maldade do nosso relacionamento distorcido.

A história humana é marcada por matanças violentas, genocídios, retaliações em nível internacional. Em nível local, em nossas vizinhanças, latrocínios, vinganças, ajuste de contas, queima de arquivos. Quando Jesus nos convida a sermos novas criaturas ainda aqui nesta terra, ele está dizendo que isso é possível e que alguém deve trabalhar para o bem de todos.

FAZE TU O MESMO!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).

Existe uma ligação evidente entre a questão dirigida pelo mestre a Lei a Jesus e a ordem conclusiva do relato. O mestre da Lei queria conhecer os caminhos para se obter a vida eterna, e Jesus ordena-lhe que imite o gesto misericordioso do samaritano.

A preocupação com a vida eterna corresponde a reconhecer os caminhos que conduzem ao Pai, fonte da verdadeira vida. O mestre da Lei estava no bom caminho ao confessar que a via que conduz ao Pai é o caminho do amor. Consciência fenomenal, se levamos em conta a mentalidade legalista, muito difundida na época.

Faltava-lhe apenas refazer sua concepção de próximo. A parábola contada por Jesus não deixa margem para dúvidas: próximo é qualquer pessoa que, encontrada pelos caminhos da vida, carece do nosso amor misericordioso. Diante deste apelo, caem todas as barreiras sociais, culturais, religiosas, étnicas. O próximo carente é a mediação da comunhão com o Pai. Quem tem sensibilidade e é capaz de desfazer-se de seus planos para se mostrar solidário, estará no caminho da vida eterna. Quem, pelo contrário, desvia-se do próximo carente de solidariedade, desvia-se do caminho que conduz ao Pai.

Assim, a vida eterna define-se pela disposição de se tornar servidor do próximo, em quem o Pai é servido. Quem é misericordioso, está no bom caminho.

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