sábado, 8 de abril de 2017

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor

Domingo de Ramos da Paixão do Senhor da Quaresma
9 de Abril de 2017

Cor: Vermelho

Evangelho - Procissão - Mt 21,1-11


Bendito o que vem em nome do Senhor.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 21,1-11
Naquele tempo:
1Jesus e seus discípulos aproximaram-se de Jerusalém
e chegaram a Betfagé, no monte das Oliveiras.
Então Jesus enviou dois discípulos,
2
dizendo-lhes: 'Ide até o povoado que está ali na
frente, e logo encontrareis uma jumenta amarrada,
e com ela um jumentinho.
Desamarrai-a e trazei-os a mim!
3
Se alguém vos disser alguma coisa, direis:
'O Senhor precisa deles, mas logo os devolverá'.'
4
Isso aconteceu para se cumprir
o que foi dito pelo profeta:
5
'Dizei à filha de Sião: Eis que o teu rei vem a ti,
manso e montado num jumento,
num jumentinho, num potro de jumenta.'
6
Então os discípulos foram
e fizeram como Jesus lhes havia mandado.
7
Trouxeram a jumenta e o jumentinho
e puseram sobre eles suas vestes, e Jesus montou.
8
A numerosa multidão estendeu suas vestes pelo caminho,
enquanto outros cortavam ramos das árvores,
e os espalhavam pelo caminho.
9
As multidões que iam na frente de Jesus
e os que o seguiam, gritavam:
'Hosana ao Filho de Davi!
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Hosana no mais alto dos céus!'
10
Quando Jesus entrou em Jerusalém
a cidade inteira se agitou, e diziam:
'Quem é este homem?'
11
E as multidões respondiam:
'Este é o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia.'
Palavra da Salvação.

Estamos próximos da Semana Santa e da Páscoa. O Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor abre as celebrações da Semana Santa. É nessa semana que a igreja católica celebra os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Cristo.

No Domingo de Ramos, os cristãos são chamados a celebrar a entrada triunfante de Jesus em Jerusalém montado num jumentinho.  Jesus foi recebido com festa pelos hebreus, que acenavam com ramos de oliveiras e palmeiras. A data celebra, portanto, o acolhimento de Jesus pelo povo e pelos pobres, além de ser reconhecido por eles como o Messias.

Qual é a importância do Domingo de Ramos?

A Semana Santa começa no Domingo de Ramos, porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples, que O aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”. Esse povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia a poucos dias e estava maravilhado. Ele tinha a certeza de que este era o Messias anunciado pelos profetas; mas esse mesmo povo tinha se enganado no tipo de Messias que Cristo era. Pensava que fosse um Messias político, libertador social que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão.

Para deixar claro a este povo que Ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande Libertador do pecado, a raiz de todos os males, então, o Senhor entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena, de humildade. Ele não é um Rei deste mundo! Dessa forma, o Domingo de Ramos dá início à Semana Santa, que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras.

Os ramos lembram nosso batismo
Esses ramos significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Os ramos abençoados nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé. Os ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Missa, lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.

Qual é o sentido da Procissão de Ramos?
É mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rapidamente. E nos mostra que a nossa pátria não é neste mundo, mas sim na eternidade, que aqui nós vivemos apenas um tempo rumando para a casa do Pai.

A Missa do Domingo de Ramos também traz a narrativa de São Lucas sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus: Sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o Sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os maus-tratos causados pelas mãos dos soldados na casa de Anás, Caifás; Seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, Sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, Seu diálogo com o bom ladrão, Sua morte e sepultura.

Entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que O homenageou, motivada por Seus milagres, agora vira as costas a Ele e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Quanta falsidade há nas atitudes de certas pessoas! Quantas lições nos deixam esse Domingo de Ramos! O Mestre nos ensina, com fatos e exemplos, que o Reino d’Ele, de fato, não é deste mundo. Que Ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um inimigo muito pior e invisível: o pecado. E para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela morte para destruir a morte; perder a vida para ganhá-la. A muitos o Senhor Jesus decepcionou; pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre.

Muitos pensam: “Que Messias é esse? Que libertador é esse? É um farsante! É um enganador que merece a cruz por nos ter iludido”. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado. O Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja e, consequentemente, a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei Sagrada de Deus, que hoje está presente até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um Cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e interesses, e segundo as suas conveniências.

O Domingo de Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciar a nós mesmos, morrer na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades e das facilidades, para nos colocar diante d’Aquele que veio ao mundo para salvá-lo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário