18 de Novembro de 2018
Cor: Verde
Evangelho - Mc 13,24-32
Ele reunirá os eleitos de
Deus, de
uma extremidade à outra da terra.
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Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 13,24-32uma extremidade à outra da terra.
Naquele tempo:
Jesus disse a seus discípulos:
24'Naqueles dias, depois da grande tribulação,
o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais,
25as estrelas começarão a cair do céu
e as forças do céu serão abaladas.
26Então vereis o Filho do Homem vindo nas nuvens
com grande poder e glória.
27Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra
e reunirá os eleitos de Deus,
de uma extremidade à outra da terra.
28Aprendei, pois, da figueira esta parábola:
quando seus ramos ficam verdes
e as folhas começam a brotar,
sabeis que o verão está perto.
29Assim também, quando virdes acontecer essas coisas,
ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo,
às portas.
30Em verdade vos digo,
esta geração não passará até que tudo isto aconteça.
31O céu e a terra passarão,
mas as minhas palavras não passarão.
32Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe,
nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai.
Palavra da Salvação.
MINHAS
PALAVRAS NÃO PASSARÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).
O modo como Jesus descreveu o fim
dos tempos se encaixava no horizonte teológico da
época. De fato, esperavam-se abalos sísmicos e outros fenômenos terríveis,
quando Deus interviesse, definitivamente, na História.
A intenção de Jesus, porém, não era a de incutir terror no coração dos discípulos e, assim, convertê-los em fanáticos anunciadores do fim do mundo. Seu único desejo era o de levá-los a permanecer vigilantes, de maneira a estarem sempre preparados para o encontro com o Senhor.
A parábola da figueira aponta nesta direção. O agricultor atento sabe quando a árvore está para frutificar. Igualmente, o discípulo, quando discerne, sabe reconhecer quando se aproxima a vinda do Senhor, e tem consciência de estar preparado para recebê-lo.
A exortação de Jesus não tem um tempo limitado de validade. Seu valor é eterno, como eternas são todas as palavras de Jesus. Elas não passarão, embora tudo o mais perca seu valor. Assim, é absolutamente certa a vinda do Filho do Homem e a necessidade de manter-se vigilante e preparado para acolhê-lo. É, também, firme a palavra do Senhor que apresenta o amor como critério do juízo final, a recompensa para quem se mantiver fiel e a comunhão definitiva com o Pai, como destino último do cristão. Por conseguinte, o discípulo sensato deixa-se guiar pelas palavras de Jesus, de forma a evitar contratempos.
A intenção de Jesus, porém, não era a de incutir terror no coração dos discípulos e, assim, convertê-los em fanáticos anunciadores do fim do mundo. Seu único desejo era o de levá-los a permanecer vigilantes, de maneira a estarem sempre preparados para o encontro com o Senhor.
A parábola da figueira aponta nesta direção. O agricultor atento sabe quando a árvore está para frutificar. Igualmente, o discípulo, quando discerne, sabe reconhecer quando se aproxima a vinda do Senhor, e tem consciência de estar preparado para recebê-lo.
A exortação de Jesus não tem um tempo limitado de validade. Seu valor é eterno, como eternas são todas as palavras de Jesus. Elas não passarão, embora tudo o mais perca seu valor. Assim, é absolutamente certa a vinda do Filho do Homem e a necessidade de manter-se vigilante e preparado para acolhê-lo. É, também, firme a palavra do Senhor que apresenta o amor como critério do juízo final, a recompensa para quem se mantiver fiel e a comunhão definitiva com o Pai, como destino último do cristão. Por conseguinte, o discípulo sensato deixa-se guiar pelas palavras de Jesus, de forma a evitar contratempos.
O
céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Fim
do ano litúrgico, fim do ano civil, fim do mundo. Cremos que um dia o Senhor
virá para julgar os vivos e os mortos, todos os povos se colocarão diante dele
para o julgamento e ele separará os bons dos maus. Esperamos e desejamos que
nesse dia todos sejam considerados membros do povo de Deus e tenham seus nomes
inscritos no Livro da Vida. Que, dentre os mortos, ninguém desperte para a
condenação, e sim para a vida eterna. O profeta Daniel indica um caminho,
válido para todos os que quiserem trilhá-lo: ser sábio e ensinar aos outros o
caminho da virtude. O dom da sabedoria torna as pessoas conscientes de suas
ações e das decisões que tomam, e quem ensina o caminho da virtude educa para a
justiça. Quando será o último dia, quando será o fim do mundo, ninguém sabe,
somente o Pai, assim disse o próprio Jesus. Não sabemos nem quando nem como. Os
escritores sagrados usam uma linguagem de imagens que descrevem um tempo de
angústia, de aflição e de fenômenos cósmicos. Na realidade, são figuras de
linguagem. Ninguém nunca viu o fim, nem mesmo os que já estão na eternidade.
Esperamos tranquilamente como quem está preparado para o que der e vier.
Segundo
o profeta Daniel, a vinda do Filho do Homem é o último ato da história do
mundo. Os livros serão abertos e se salvará quem tiver seu nome inscrito no
Livro da Vida. Os sábios educadores brilharão com o brilho do firmamento. Em
hebraico, brilho é zohar, palavra que deu origem ao Livro do Zohar, “Livro do
Esplendor”, obra capital da mística judaica. Quando falamos em sábios,
educadores, mestres, diretores espirituais, estamos afirmando a importância da
educação em todos os sentidos. Jesus estava sempre ensinando e, no dia final,
“os que educaram a muitos para a justiça brilharão para sempre como estrelas”.
No
Evangelho de hoje ouvimos Jesus dizer: “Aprendei da figueira a lição”. Até a figueira
pode nos ensinar alguma coisa importante e decisiva na nossa vida. Bons mestres
podem nos ajudar a estar sempre preparados para acolher o Filho do Homem,
quando vier nas nuvens. É saudável ter alguém com quem falar e dialogar, e ao
mesmo tempo ser alguém que fala e dialoga formando numerosos discípulos. São os
companheiros que nos levam por mares nunca dantes navegados, mares tempestuosos
que nos fazem naufragar, ou os mares de bonança que nos levam ao porto seguro.
É
saudável ter um bom mestre e ser um bom mestre. Pode ser alguém e pode ser uma
seleção de boas obras, que proporcionam bons tempos de meditação. Não deixar o
barco caminhar à deriva enquanto esperamos pelo Senhor que tarda a vir! Os
filhos de Israel tinham alguém que os acompanhava, o grande príncipe, Miguel,
que se punha de pé e permanecia junto deles. O perdão, alcançado uma vez para
sempre por aquele que fez de si mesmo uma oferenda sacrifical, chega a todos,
cada dia, na atualização desta única oblação, pela mediação humana. Alguém como
nós e dentre nós surge disposto a participar da mediação divina em favor de
todas as pessoas.
Não
acolhemos sozinhos o Salvador que chega, não nos apresentamos sós diante do
juiz. Fazemos parte de uma comunidade chamada Igreja, na qual brilham como o firmamento
os que se dispõem a ajudar a quem precisa. Na próxima semana nos colocaremos
diante de Cristo, Rei do Universo.
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