25 de Novembro de 2018
Cor: Branco
Evangelho
- Jo 18,33b-37
Tu o dizes: eu sou rei.
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Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 18,33b-37Naquele tempo:
33bPilatos chamou Jesus e perguntou-lhe:
'Tu és o rei dos judeus?'
34Jesus respondeu:
'Estás dizendo isto por ti mesmo,
ou outros te disseram isto de mim?'
35Pilatos falou: 'Por acaso, sou judeu?
O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim.
Que fizeste?'.
36Jesus respondeu:
'O meu reino não é deste mundo.
Se o meu reino fosse deste mundo,
os meus guardas lutariam
para que eu não fosse entregue aos judeus.
Mas o meu reino não é daqui'.
37Pilatos disse a Jesus:
'Então tu és rei?'
Jesus respondeu:
'Tu o dizes: eu sou rei.
Eu nasci e vim ao mundo para isto:
para dar testemunho da verdade.
Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz'.
Palavra da Salvação
Estás dizendo isto por ti mesmo, ou
outros te disseram isso de mim?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Pilatos
pergunta a Jesus se ele é o Rei dos Judeus. Jesus responde que seu Reino não é
daqui, não é deste mundo. No entanto, “eu sou rei”, diz ele. Ele veio ao mundo
para dar testemunho da verdade e quem é da verdade escuta a sua voz. Esta é a
verdade: ele é rei. Seu poder é eterno e não lhe será tirado. Seu Reino não se
dissolverá. Ele é o soberano dos reis da terra. E porque nos ama, por seu
sangue libertou-nos dos nossos pecados e fez de nós um reino de sacerdotes para Deus, seu Pai. Olhamos para o alto
e vemos chegando com as nuvens aquele que foi transpassado. Todos os povos da
terra batem no peito e agora reconhecem que a ele foi dada a soberania, a
glória e a realeza. [...]
Quando
o Apocalipse cita a profecia de Zacarias, que dizia: “Quanto àquele que eles
transpassaram, eles o lamentarão como se fosse a lamentação de um filho único;
eles o chorarão como se chora sobre o primogênito”, o autor do Apocalipse está
dizendo que os reis desta terra reconhecem que não foram da verdade e não
ouviram a voz da verdade. Esta é a hora do julgamento. Os que ouvem a voz da
verdade têm diante de si um modelo a ser implantado nesta nossa terra.
O
modelo é Cristo Rei, Verbo de Deus que se fez homem para humanizar este mundo.
Este rei, pregado na cruz e coroado de espinhos, mata em sua própria carne a
inimizade e mostra em sua Paixão a crueldade do pecado do mundo, não tanto a
crueldade exercida sobre a pessoa de Jesus, mas a crueldade de uns exercida
sobre outros num mundo desumano. Seus seguidores trabalharão para estabelecer
já neste mundo o Reino de Deus que se consumará na eternidade.
Todas
as instituições humanas passam por crise e necessitam ser revistas, reformadas
e até substituídas. Os discípulos de Cristo vivem nas instituições humanas como
consciência crítica, movimentando as águas para que as instituições respondam
às necessidades dos homens e das mulheres de cada época, fazendo os governantes
ouvirem a voz da verdade.
A REALEZA DE JESUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).
A
proclamação da realeza de Jesus deve ser entendida a partir do projeto de Reino
anunciado por ele. Os modelos humanos não ajudam a compreender a condição de
rei aplicada a Jesus. Seu reino não depende dos esquemas deste mundo, e sim, do
querer do Pai.
Por
ocasião da paixão de Jesus, as autoridades judaicas apresentaram-no como um
subversivo, cujo ideal era tornar-se rei dos judeus, libertando o povo da
opressão romana. Jesus, porém, recusou-se a se apresentar como um concorrente
de Pilatos. O termo reino tinha, para ele, um significado muito diferente
daquele que lhe davam os romanos. O reino de Jesus está sob o senhorio do Pai,
que deseja ver todos os seus filhos viverem em comunhão. É um reino de verdade
e de justiça, pois nele não se admite nenhuma espécie de marginalização ou
opressão; tampouco, que se recorra ao dolo e à mentira para se prevalecer sobre
os demais.
No
Reino de Deus, a autoridade é serviço. Quem é grande, se faz pequeno; para ser
o primeiro, é necessário tornar-se o último. A violência e o ódio aí não têm
lugar. Quem quer fazer parte desse Reino deve saber perdoar e estar sempre
disposto a se reconciliar.
Este
é o Reino que Jesus veio implantar na história humana. Os adversários de Jesus
estavam longe de poder compreendê-lo.
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