sábado, 8 de junho de 2019

Evangelho do domingo - "Recebei o Espírito Santo!"

Domingo de Pentecostes
9 de Junho de 2019
Cor: Vermelho
Evangelho - Jo 20,19-23

Assim como o Pai me enviou também eu
vos envio: Recebei o Espírito Santo!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-23
19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas, por medo dos judeus,
as portas do lugar onde os discípulos se encontravam,
Jesus entrou e pondo-se no meio deles,
disse: 'A paz esteja convosco'.
20Depois destas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: 'A paz esteja convosco.
Como o Pai me enviou, também eu vos envio'.
22E depois de ter dito isto,
soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo.
23A quem perdoardes os pecados,
eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes,
eles lhes serão retidos'.
Palavra da Salvação.


Ao anoitecer daquele dia...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
 
Jesus ressuscitado soprou sobre os discípulos e disse: “Recebam o Espírito Santo”. O Espírito, que é vento, saiu da boca de Jesus e entrou na vida da comunidade. No dia de Pentecostes, o Espírito se manifestou de forma mais exuberante, no vento forte, nas línguas de fogo, na linguagem compreendida e no entusiasmo dos discípulos.

Na liturgia pedimos que o Espírito nos dê seus sete dons. Todos eles são a presença do Espírito em nós. Sua manifestação, porém, é multiforme. Ela se dá nos sete dons. O dom da Sabedoria nos permite saborear algo do que Deus é. Não somos capazes de entendê-lo nem de imaginá-lo, mas podemos experimentar o seu gosto. Deus tem o gosto do amor com que amamos os nossos irmãos. Com a Sabedoria tomamos decisões acertadas, porque não erra quem age por amor.

A inteligência nos leva à leitura em profundidade tanto dos mistérios de Deus como dos sinais dos tempos. Com o dom da inteligência deixamos de ser superficiais. Lemos a vida por dentro, buscando seu significado mais profundo. A ciência nos torna realistas, tirando-nos do mundo das ilusões. Esperança, sim; ilusões, não. Com a ciência conhecemos a nós mesmos, na nossa realidade. Ultrapassando nossas limitações, encontramos a Deus no fundo de nós mesmos. O conselho. Quem o tem diz e recebe a palavra certa na hora certa. A língua, que é fonte de tantos desentendimentos, torna-se brisa suave que inspira atitudes próprias do Espírito, que dobra o que é duro e guia no escuro.

A piedade é o dom facilitador de nossos relacionamentos tanto com Deus quanto entre nós. A piedade se vê no relacionamento harmonioso com os pais e os superiores, com os familiares e os coirmãos de uma comunidade. A fortaleza é o dom dos fortes. Nada os perturba, nada os assusta. Eles têm a Deus, e é o que basta para enfrentar as dificuldades da vida. Com o dom da fortaleza descobrimos que as dificuldades existem para serem superadas.
O temor de Deus é o último dom na lista de sete e se une com o primeiro fazendo dos sete um só dom. Não significa medo de Deus. Significa respeito. Quem o tem, leva Deus a sério e leva a sério seus compromissos cristãos. O temor de Deus é o início da Sabedoria.

O SOPRO DO ESPÍRITO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).

Foi necessário uma intervenção firme de Jesus para que os discípulos superassem o bloqueio causado por sua morte na cruz, e assumissem, com destemor, a missão recebida de serem portadores da Boa-Nova da salvação.
A cena evangélica apresenta Jesus ressuscitado indo ao encontro dos discípulos, trancados numa sala, por medo dos judeus. A pressão externa, somada à experiência traumática da cruz, levou-os ao desânimo, pondo em risco o projeto que lhes fora confiado.

A presença do Ressuscitado, augurando-lhes paz, devolveu-lhes a esperança. Os discípulos se alegraram ao constatarem que o Senhor estava vivo, presente no meio deles, e contava com eles para levar adiante a missão que o Pai lhe confiara.

Seria preciso passar por um processo de reconstrução interior, para se capacitarem para esta missão. Por isso, o Ressuscitado “soprou sobre eles” e lhes concedeu o Espírito Santo e o poder de perdoar, reconciliando os pecadores com Deus.

Tal dom do Espírito fazia-se necessário para os discípulos, confrontados com um mundo hostil. Repletos do Espírito divino, podiam, agora, sair pelo mundo para oferecer a todos a vida eterna que Jesus concedia em abundância aos que acreditassem nele.

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