sábado, 1 de junho de 2019

Evangelho do domingo - "Vós sereis testemunhas de tudo isso."


Ascensão do Senhor da Páscoa

2 de Junho de 2019
Cor: Branco

Evangelho - Lc 24,46-53


Enquanto os abençoava, afastou-se 
deles e foi levado para o céu.
+ Conclusão do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,46-53
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
46'Assim está escrito:
O Cristo sofrerá
e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia
47
e no seu nome, serão anunciados
a conversão e o perdão dos pecados
a todas as nações, começando por Jerusalém.
48
Vós sereis testemunhas de tudo isso.
49
Eu enviarei sobre vós aquele que meu Pai prometeu.
Por isso, permanecei na cidade,
até que sejais revestidos da força do alto'.
50
Então Jesus levou-os para fora, até perto de Betânia.
Ali ergueu as mãos e abençoou-os.
51
Enquanto os abençoava,
afastou-se deles e foi levado para o céu.
52
Eles o adoraram.
Em seguida voltaram para Jerusalém, com grande alegria.
53
E estavam sempre no Templo, bendizendo a Deus.
Palavra da Salvação.


Ergueu as mãos e abençoou-os
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus levou os discípulos para fora da cidade, até perto de Betânia. Ergueu as mãos e os abençoou. Enquanto os abençoava, foi sendo elevado ao céu. Subindo para o céu, Jesus estendeu as mãos e abençoou os seus discípulos. Que bênção maravilhosa eles receberam, tanto que com grande alegria voltaram para Jerusalém!

Este é o relato do Evangelho. Os Atos continuam com o mesmo relato, mais ampliado. São Lucas é o evangelista da Ascensão. O relato da ascensão une o seu Evangelho com os Atos dos Apóstolos. O autor da Carta aos Hebreus nos ajuda a compreender o que aconteceu quando Jesus foi para o céu. O sumo sacerdote entrava no Templo cada ano e se colocava na presença de Deus, intercedendo por si e pelo povo. Jesus não entrou num santuário feito por mãos humanas. Entrou uma só vez, definitivamente, no céu. Ele abriu para nós o caminho do santuário celeste, entregando sua vida para destruir o pecado, e fez isso uma vez para sempre.

Nossa humanidade, unida à dele, entrou com ele na casa de Deus. Por isso, nossos corações se voltam para o alto, onde a nossa humanidade está junto de Cristo. Temos um intercessor e um sumo sacerdote na casa do Pai. Os sacerdotes da Primeira Aliança ofereciam muitas vezes sacrifícios pelos pecados. O sacrifício de Cristo, oferecido uma só vez, libertou o mundo da dominação do pecado.

A Santa Missa é o sacrifício de Cristo, que os padres oferecem ao Pai pela redenção do mundo, não como no Templo, mas como na cruz. O que aconteceu na cruz, séculos atrás, não é repetido; é atualizado na Missa que celebramos. É o mesmo e único sacrifício, oferecido uma só vez para a salvação do mundo. Assim fazemos cada dia, anunciando a morte de Cristo e proclamando a sua ressurreição até que ele venha em sua glória no fim dos tempos.

ELEVADO AOS CÉUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).

A conclusão da caminhada terrena de Jesus corresponde ao início da missão dos apóstolos. A subida aos céus, de forma alguma colocou um ponto final na missão do Mestre. Pelo contrário, esta missão seria levada adiante por aqueles que o acolheriam na fé, e se colocariam a serviço do Reino.

O convite para a conversão e o anúncio do perdão dos pecados tiveram início em Jerusalém. Este mistério divino de salvação está indissociavelmente ligado à pessoa e à ação de Jesus. Ele conquistou-nos a salvação por sua morte e ressurreição, vividas na mais absoluta fidelidade ao Pai. Por este caminho, a dinâmica do pecado, tendo a morte como conseqüência, foi desarticulada. E, ao ser humano foi franqueado um caminho de libertação.

Toda a vida e o ministério de Jesus estiveram a serviço da libertação, nas suas diferentes versões: libertação do pecado e do egoísmo, dos preconceitos sociais, da morte, da doença, da fome, da opressão do espírito maligno. Assim, instaurou-se, no coração da humanidade, o grande dom oferecido por Deus à humanidade, vitimada pelo pecado.

Agora, compete aos discípulos levar adiante esta missão, até os confins da Terra. Nem um só ser humano deveria ser privado da graça salvadora, comunicada por meio de Jesus. Portanto, a ascensão não deve dar margem para saudosismos, mas levar à ação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário