sábado, 11 de janeiro de 2020

Evangelho do domingo

Batismo do Senhor do Natal
12 de Janeiro de 2020

Cor: Branco

Evangelho - Mt 3,13-17

Depois de ser batizado, Jesus viu o
Espírito de Deus pousando sobre Ele.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 3,13-17
Naquele tempo:
13Jesus veio da Galiléia para o rio Jordão,
a fim de se encontrar com João e ser batizado por ele.
14
Mas João protestou, dizendo:
'Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?'
15
Jesus, porém, respondeu-lhe:
'Por enquanto deixa como está,
porque nós devemos cumprir toda a justiça!'
E João concordou.
16
Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água.
Então o céu se abriu e Jesus viu o Espírito de Deus,
descendo como pomba e vindo pousar sobre ele.
17
E do céu veio uma voz que dizia:
'Este é o meu Filho amado,
no qual eu pus o meu agrado'.
Palavra da Salvação.


Depois de ser batizado, Jesus saiu logo da água, e o céu se abriu

Mt 3,13-17
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Terminamos o Tempo do Natal. Jesus é batizado e inicia sua vida pública. Ele ensina, cura, forma discípulos, mostra ao mundo o amor do Pai. O que dizem os evangelistas sobre o Batismo de Jesus? Todos eles descrevem a cena de Jesus sendo batizado por João Batista, mas cada um segundo a própria visão teológica do que está acontecendo. Marcos é sintético e rápido: Jesus vem de Nazaré da Galileia e é batizado por João no rio Jordão; quando sai da água, vê os céus se abrindo e o Espírito, como uma pomba, descer sobre ele; vem então uma voz dos céus, que diz: “Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo”.

No relato de Mateus, antes do Batismo João tem uma conversa com Jesus para convencê-lo de que ele, João, é quem deve ser batizado, e não o contrário. Respondendo-lhe, Jesus diz: “Por ora, deixa, é assim que devemos cumprir toda a justiça!”. E João concorda. Em Marcos, a voz que vem do céu se dirige diretamente a Jesus: “Tu és o meu Filho amado”. Em Mateus, a frase é demonstrativa: “Este é o meu Filho amado”. O céu, então, se abre e o Espírito desce como uma pomba.

Lucas menciona o povo que tinha sido batizado, Jesus em oração e o Espírito que desce em forma corporal, como pomba. Os outros parecem dizer que o Espírito desceu como uma pomba. Lucas afirma que desceu na forma de uma pomba. A voz que vem do céu fala diretamente com Jesus e lhe diz: “Eu, hoje, te gerei”. Curiosamente, João Batista não aparece na cena. Já o evangelista São João destaca em seu Evangelho o testemunho de João Batista e também que veio batizar Jesus para que fosse manifestado a Israel.

Assim como a Epifania, o Batismo é um momento forte de manifestação do Salvador. No testemunho de João, o Batista afirma que viu o Espírito descer; Mateus e Marcos dizem que foi Jesus quem o viu. De qualquer modo, para João Batista, este foi o sinal de que Jesus é o Filho de Deus, que batiza no Espírito Santo, e nesse momento passa a conhecê-lo. Jesus viu o Espírito, e João Batista também, e então João o conhece como aquele que devia vir. Ele é o Filho de Deus, o Messias prometido.

SOLIDÁRIO COM OS PECADORES
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).

Quando Jesus se apresentou para ser batizado, João não só recusou-se a atendê-lo, como tentou dissuadi-lo, por reconhecer nele o Messias esperado. Daí sua exclamação: “Sou eu que devo ser batizado por ti, e tu vens a mim?”.

João era procurado por toda sorte de pecadores, em busca do batismo purificador, de modo a se prepararem para a chegada do Messias. Arrependidos, e esperançosos de serem acolhidos por ele, uma verdadeira multidão ia até o Batista, de todas as partes. Este impunha-lhes duras exigências de conversão. Por isso, ficou confuso ao se deparar com Jesus, para quem seu batismo não teria nenhuma utilidade.

O batismo do Messias teve a finalidade de mostrar publicamente sua solidariedade com a humanidade pecadora que viera salvar. Desde o início do seu ministério, Jesus, na qualidade de Filho dileto de Deus, colocou-se junto do povo, destinatário privilegiado de seu envio por parte do Pai. Sua presença no mundo justificava-se pela preocupação divina de reconduzir toda a humanidade à comunhão com Deus. Logo, quanto mais afastado de Deus estivesse o pecador, tanto mais Jesus estaria interessado por ele.

Daí ter recordado a João ser necessário “cumprir toda a justiça”. Esta expressão referia-se ao desígnio salvador de Deus para toda a humanidade. Desígnio do qual tanto Jesus quanto João Batista eram mediação. Naquele momento, competia a João revelar o rosto solidário do Messias Jesus.

Oração
Pai, pelo batismo, teu Filho Jesus foi investido da missão de salvador solidário com os pecadores. Torna-me digno dele, acolhendo-o como meu Salvador.

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