sábado, 25 de janeiro de 2020

Evangelho do domingo

3º Domingo Do Tempo Comum
26 de Janeiro de 2020

Cor: Verde

Evangelho - Mt 4,12-23


Foi morar em Cafarnaum, para se cumprir
o que foi dito pelo profeta Isaías.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 4,12-23
12Ao saber que João tinha sido preso,
Jesus voltou para a Galiléia.
13
Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum,
que fica às margens do mar da Galiléia,
14
no território de Zabulon e Neftali,
para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías:
15
'Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar,
região do outro lado do rio Jordão,
Galiléia dos pagãos!
16
O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz
e para os que viviam na região escura da morte
brilhou uma luz.
17
Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo:
'Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo.
18
Quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia,
viu dois irmãos:
Simão, chamado Pedro, e seu irmão André.
Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.
19
Jesus disse a eles: 'Segui-me,
e eu farei de vós pescadores de homens.'
20
Eles, imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
21
Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos:
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João.
Estavam na barca com seu pai Zebedeu
consertando as redes.
Jesus os chamou.
22
Eles, imediatamente deixaram a barca e o pai,
e o seguiram.
23
Jesus andava por toda a Galiléia,
ensinando em suas sinagogas,
pregando o Evangelho do Reino
e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.
Palavra da Salvação.


Jesus percorria a Galileia anunciando a Boa-Nova do Reino - Mt 4,12-23
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O povo que estava nas trevas viu uma grande luz. Surgiu uma luz para os habitantes da região sombria da morte. O profeta Isaías assim se referiu ao povo que habitava a região onde estava situada a aldeia de Cafarnaum. Era o território das tribos de Zabulon e de Neftali, ao norte do lago de Genesaré. Os assírios dominaram com força essa região. O povo sofreu com a presença militar estrangeira. O profeta, porém, viu uma luz surgindo no futuro e iluminando a vida daquele povo.

São Mateus não tem dúvida em aplicar essa profecia a Jesus, quando ele sai de Nazaré e vai morar em Cafarnaum. Nesse momento a luz começa a brilhar e iluminar as trevas que envolviam a vida do povo dominado pela potência estrangeira. Jesus é a luz que afugenta as trevas da morte. As trevas da morte são a situação social em que vive uma população, resultante do pecado do mundo. O pecado entra no mundo e se faz sentir nas ações levadas a cabo por cada um e pelas pessoas em sociedade. A dominação assíria foi resultado de uma atitude pecaminosa de dominação do rei e de seu exército, mas foi também resultado do pecado dos israelitas daquela região. Não restrinjamos a noção de pecado às faltas individuais, sobretudo no campo da afetividade.

As trevas da morte são todo e qualquer pecado que diminui o ser humano, criatura de Deus. Vem então o convite proclamado por Jesus no início de sua missão pública: “Convertam-se, pois o Reino de Deus está próximo!”. Convertam-se! Mudem alguma coisa, revejam seus sistemas sociais, geradores da maldade, que tornam impossível ao ser humano a prática do bem. “Convertam-se, eu estou aqui!”, diz Jesus, para iluminar quem quiser sair das trevas para a luz. No início da Igreja, os batizados eram chamados de “iluminados”. Todos nós que fomos batizados fomos iluminados por Cristo. Já não há trevas em nossa vida. Já não há mais canga pesando no pescoço, nem vara batendo nos ombros ou chicotes de capatazes. Ou há? [...]

DE NAZARÉ A CAFARNAUM
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).

Ao deixar Nazaré onde fora criado e vivera por longos anos, Jesus escolheu como base de sua pregação a cidade de Cafarnaum, às margens do lago da Galiléia. Ele poderia ter-se dirigido a Jerusalém, na Judéia, a Cidade Santa do judaísmo. Todavia, a escolha da Galiléia como ponto de partida de sua pregação foi intencional, devido ao simbolismo ligado àquela região.

No passado, os habitantes do norte de Israel foram vitimados por tropas estrangeiras, que invadiram o território judeu. Além disso, para impor sua dominação, trocaram a população local por outra, trazida do exterior. Daí em diante, apelidou-se de "Galiléia dos Pagãos" o território ocupado por populações não judaicas, tendo abatido sobre elas, desde então, um grande desprezo.

O texto de Isaías, citado no Evangelho, tem como pano de fundo este fato. Falando do futuro, o profeta diz que o país mergulhado nas trevas haveria de contemplar uma grande luz. Um passado de humilhação daria lugar a um futuro glorioso, com a chegada do Messias que poria fim à história tenebrosa do norte de Israel.

Jesus escolheu começar e concluir seu ministério entre os pagãos, os marginalizados e as vítimas de preconceitos. À Judéia, onde se pensava viverem os judeus fiéis, o Mestre foi apenas para morrer. Depois de ressuscitar, ele retornou à Galiléia para enviar os apóstolos por todo o mundo, a fim de pregar o Evangelho do Reino.

Oração
Pai, faze-me compreender que os pobres e os marginalizados são os destinatários privilegiados do Evangelho do Reino; para eles tua luz deve brilhar em primeiro lugar.

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