Mc 10,32-45 – Os apóstolos buscavam honrarias, destaques!
- Mestre, queremos lhe pedir um favor.
- O que vocês querem que eu faça para vocês? - perguntou Jesus.
Eles responderam:
- Quando o senhor sentar-se no trono do seu Reino glorioso, deixe que um de nós se sente à sua direita, e o outro, à sua esquerda.
Jesus respondeu:
- Vocês não sabem o que estão pedindo. Por acaso vocês podem beber o cálice que eu vou beber e podem ser batizados como eu vou ser batizado?
Eles disseram:
- Podemos.
Então Jesus disse:
- De fato, vocês beberão o cálice que eu vou beber e receberão o batismo com que vou ser batizado. Mas eu não tenho o direito de escolher quem vai sentar à minha direita e à minha esquerda. Pois foi Deus quem preparou esses lugares e ele os dará a quem quiser.
Quando os outros dez discípulos ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Então Jesus chamou todos para perto de si e disse:
- Como vocês sabem, os governadores dos povos pagãos têm autoridade sobre eles e mandam neles. Mas entre vocês não pode ser assim. Pelo contrário, quem quiser ser importante, que sirva os outros, e quem quiser ser o primeiro, que seja o escravo de todos. Porque até o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida para salvar muita gente.
Tiago e João pedem a Jesus um favor. Um favor pretensioso: queriam sentar-se à direita e à esquerda do Mestre no Reino glorioso. Os filhos de Zebedeu sonham com honrarias, poder, destaque. Querem estar acima dos demais apóstolos. E Jesus lhes diz mais uma vez que seu Reino não é este que eles sonham. É um Reino onde quem quer ser mais importante serve os demais e quem quer ser o primeiro deve se tornar escravo dos outros. A comunidade do Mestre rege-se por critérios e atitudes opostas aos critérios do mundo. A ambição e o desejo de ser o melhor e o maior são substituídos pelo espírito de serviço. Não no sentido de que o serviço é exercido para obter o primeiro lugar, mas no sentido de que no serviço reside a dignidade. A referência ao cálice e ao batismo pode ser interpretada como a Eucaristia e o batismo como participação no mistério pascal de Cristo. O Mestre convida Tiago e João a reverem seu pedido a partir de uma revisão da mentalidade. E a assumirem os critérios do Reino.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para nós, hoje?
Nossa vida reflete as atitudes de Tiago e João ?
O nosso Projeto de vida traz os critérios do Mestre Jesus Cristo? Ou nossos interesses?
Os bispos da América Latina nos animam:
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a
Oração para pedir a graça da Fé
Senhor, eu creio. Eu quero crer em ti. Eu te louvo pelo dom da fé e reconheço que estou ainda longe de ter a mesma fé de Abraão e Sara, de Tobit, de tantos profetas e reis; e o quanto sonho em experimentar também a mesma fé da Virgem Maria.
Renova em mim o dom da fé recebida no Batismo, confirmado na Crisma e reanimado em cada Eucaristia.
Que eu viva alicerçado na tua Palavra e que por ela me sinta exortado à fidelidade.
Diante de tua presença, professo que creio, mas aumenta a minha fé. Senhor, faze que minha fé seja total, sem reservas;
que ela penetre no meu pensamento e na minha maneira de julgar as coisas divinas e as coisas humanas.
Senhor, faze que minha fé seja livre, quero aceitar livremente a tua vontade com todas as renúncias e deveres que ela comporta.
Senhor, tu disseste que felizes são os que creem sem ter visto.
Dá-me a graça de crer, mesmo nos momentos em que não vejo caminho ou solução, reconhecendo que tu és o caminho e solução, sempre!
Senhor, faze que minha fé seja forte.
Que eu possa caminhar sobre as águas revoltas
e em teu nome eu possa remover montanhas;
dá-me a fé que não vacila, que é garantia de vida eterna e que proclama teu poder, agindo, curando e libertando.
Que eu permaneça com os olhos fixos no teu coração transpassado, para que, te vendo, eu receba a salvação e a anuncie a todos. Amém.
(São Paulo VI)
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