Nos reunimos com todos os santos, neste dia, para exaltar
a Santa Cruz, que é fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus
sobre o pecado, a morte e o demônio; também na Cruz encontramos o maior sinal
do amor de Deus, por isso : “Nós, porém, pregamos um Messias crucificado,
escândalo para os judeus, loucura para os pagãos ” (I Cor 1,23).
Esta festividade está ligada à dedicação de duas
importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho
de Santa Helena. Uma, construída sobre o Monte do Gólgota e outra, no lugar em
que Cristo Jesus foi sepultado e ressuscitado pelo poder de Deus. A dedicação
destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou
apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e
resgatada pelo imperador Heráclio.
Graças
a Deus a Cruz está guardada na tradição e no coração de cada verdadeiro
cristão, por isso neste dia, a Igreja nos convida a rezarmos: “Do Rei avança o estandarte, fulge o mistério da Cruz, onde por
nós suspenso o autor da vida, Jesus. Do lado morto de Cristo, ao golpe que lhe
vibravam, para lavar meu pecado o sangue e a água jorravam. Árvore esplêndida
bela de rubra púrpura ornada dos santos membros tocar digna só tu foste
achada”. “Viva Jesus! Viva a Santa
Cruz!”
Santa Cruz, sede a nossa salvação!
Papa explica porque os cristãos celebram a Festa da Exaltação da Santa Cruz
O Papa Francisco destacou a Solenidade da Exaltação da Santa
Cruz, celebrada hoje pela Igreja.
“Algumas
pessoas não-cristãs podem se perguntar: por que ‘exaltar’ a cruz? Podemos
responder que nós não exaltamos uma cruz qualquer ou todas as cruzes: exaltamos
a Cruz de Jesus Cristo, porque é nela que foi revelado o máximo amor de Deus
pela humanidade”, explicou o Pontífice.
O Santo Padre fez
referência ao Evangelho
de João: ‘Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único’.
O Pai ‘deu’ o Filho para nos salvar, e isso resultou na morte de Jesus e na
morte na cruz.
Por que a cruz?
O
Papa então questiona: “Por quê? Por que foi necessária a Cruz?” E explica que
foi devido a “gravidade do mal que nos mantinha escravos”.
O
Papa disse que a Cruz de Jesus exprime duas coisas: toda a força negativa do
mal e toda a suave onipotência da misericórdia de Deus.
“A
Cruz parece decretar o fracasso de Jesus, mas, na realidade, marca a sua
vitória. No Calvário, aqueles que o injuriavam, diziam: ‘Se és Filho de Deus,
desce da cruz’. Mas a verdade era o oposto: justamente porque era o Filho de
Deus, Jesus estava ali, na cruz, fiel até o final ao desígnio do amor do Pai. E
exatamente por isso Deus ‘exaltou’ Jesus, dando-lhe uma realeza universal”,
afirmou.
Sinal do amor de Deus
O
Pontífice, então, explicou que, quando olhamos para a Cruz onde Jesus foi
pregado, contemplamos o sinal do amor infinito de Deus por cada um de nós e a
raiz da nossa salvação.
“Daquela
Cruz vem a misericórdia do Pai que abraça o mundo inteiro. Através da Cruz de
Cristo, se venceu o mal, a morte foi derrotada, a vida nos foi doada e a
esperança restituída. A Cruz de Jesus é nossa única e verdadeira esperança!”.
É
por isso que a Igreja ‘exalta’ a Santa Cruz, disse o Papa, e complementou: “é
por isso que, nós, cristãos, nos abençoamos com o sinal da cruz”.
Entretanto,
a cruz não é um sinal ‘mágico’, alertou Francisco. Acreditar na Cruz de Jesus
significa O seguir no Seu caminho. Dessa maneira, inclusive os cristãos colaboram
com a Sua obra de salvação, aceitando com Ele o sacrifício, o sofrimento, como
também a morte pelo amor de Deus e dos irmãos.
Perseguidos pela fidelidade a Cristo
Neste
dia, enquanto a Santa Cruz é contemplada e celebrada, o Papa convida os
cristãos a lembrar de tantos irmãos e irmãs que são perseguidos e mortos por
causa da sua fidelidade a Cristo.
“Isso
acontece, em particular, lá onde a liberdade religiosa ainda não é garantida ou
plenamente realizada. Acontece, porém, mesmo nos países e ambientes em que, em
princípio, protegem a liberdade e os direitos humanos, mas onde concretamente
os fiéis e, especialmente, os cristãos, encontram limitações e discriminações.
Por isso, hoje, recordamos e rezamos de modo todo especial por eles”.
Nossa Senhora das Dores
No
dia 15, a Igreja celebra Nossa Senhora das Dores. O Papa também lembrou que era
Ela quem estava no Calvário, aos pés da Cruz. “A Ela, confio o presente e o
futuro da Igreja, para que todos sempre saibamos descobrir e acolher a mensagem
de amor e de salvação da Cruz de Jesus”, finalizou Francisco.
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