19 de Maio de 2019
Cor: Branco
Evangelho
- Jo 13,31-33a.34-35
Eu vos dou um novo
mandamento:
amai-vos uns aos outros.
+
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João 13,31-33a.34-35amai-vos uns aos outros.
31Depois que Judas saiu, do cenáculo
disse Jesus:
'Agora foi glorificado o Filho do Homem,
e Deus foi glorificado nele.
32Se Deus foi glorificado nele,
também Deus o glorificará em si mesmo,
e o glorificará logo.
33aFilhinhos,
por pouco tempo estou ainda convosco.
34Eu vos dou um novo mandamento:
amai-vos uns aos outros.
Como eu vos amei,
assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.
35Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos,
se tiverdes amor uns aos outros.'
Palavra da Salvação.
Deveis
amar-vos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)
Aproxima-se
a festa da Ascensão do Senhor. Jesus diz aos discípulos que estará com eles por
pouco tempo, mas que o verão de novo. Fala também da sua glorificação, que
entendemos ser sua paixão, morte, ressurreição e ascensão ao céu. Deixa-nos o
seu mandamento, o mandamento do amor. Os verdadeiros discípulos de Jesus serão
conhecidos no mundo pela caridade que praticam. “Amem-se uns aos outros como eu
os amei.” Aí está tudo, e isso basta. O pecado consistirá em não praticar o
amor. O que em nossos relacionamentos não for construtivo, o que visar à
diminuição da pessoa humana, é pecado e tem sua origem no demônio. O amor
fraterno será o distintivo dos discípulos de Jesus. No meio da multiplicidade
de denominações cristãs, no meio das inúmeras fundações dentro da própria
Igreja Católica, a pedra de toque da autenticidade de todas elas será sempre a
caridade prática e eficaz. “Nisto todos conhecerão que vocês são meus
discípulos, se vocês se amarem uns aos outros.” “Amai-vos uns aos outros” é uma
ordem a ser cumprida, sem interpretações. É o distintivo dos discípulos. Nada
mais os distingue dos outros, nem roupas, nem diplomas, nem cargos ou funções.
É a prática da caridade que faz o verdadeiro discípulo de Jesus e a verdadeira
Igreja. Tudo o mais, sem a caridade, não é autêntico.
No
Livro do Levítico, Moisés transmite ao povo orientações práticas para a
vivência fraterna. O mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” é
apresentado como consequência da santidade de Deus. “Sede santos, porque eu, o
Senhor vosso Deus, sou santo.” Este mandamento expressa o que é natural em cada
um de nós. Buscamos e fazemos o que parece bom para nós, mesmo quando
objetivamente é prejudicial. Pense nas drogas de qualquer tipo. Ninguém bebe
porque acha a bebida ruim. Bebe porque gosta. As consequências mostrarão o que
há de mal no beber sem medida. No mandamento de Jesus já não se trata de amar o
próximo como a si mesmo, e sim de amá-lo como Jesus amou. O exemplo e a medida
desse amor estão em Jesus. Jesus é o nosso único modelo. É para ele que olhamos
e a ele imitamos. O vidente do Apocalipse vê a renovação do céu e da terra. A
obra de Jesus se completa. Há um novo céu e uma nova terra. O passado se foi.
Tudo é novo, até mesmo a Cidade Santa de Jerusalém. Uma nova Jerusalém desce do
céu, de junto de Deus, vestida como uma noiva. O Filho de Deus, ao se encarnar,
veio morar entre nós. Agora ele introduz a natureza humana na morada definitiva
de Deus com os homens. Confirma-se que somos o povo de Deus, aquele que faz
novas todas as coisas. Acabaram-se as lágrimas do luto e da dor. Se houver
lágrimas, serão de alegria. O amor venceu.
Os
Atos dos Apóstolos nos contam com que entusiasmo Paulo, Barnabé e seus
companheiros anunciaram o Evangelho nas regiões da atual Turquia. Encorajavam
os discípulos para que permanecessem firmes na fé. Mostravam que era necessário
passar por muitos sofrimentos para entrar no Reino dos Céus. Olhando para a
Jerusalém do Alto e vendo o Cristo glorificado, podiam concluir que os
sofrimentos deste mundo não têm comparação com o que o Senhor preparou para nós
no seu Reino. Os apóstolos deixavam em cada lugar presbíteros que ajudavam as
novas comunidades evangelizadas a perseverar na fé e a superar as dificuldades.
O DISTINTIVO DO DISCÍPULO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).
A
profissão de fé no Cristo Ressuscitado incide, diretamente, na vida do
discípulo. Ela não é um discurso vazio, uma abstração intelectual, nem tampouco
uma bela teoria. A fé consiste em acolher Jesus de tal forma, que toda a
existência do cristão passe a ser moldada por esta opção. E o molde da vida
cristã é a vida de Jesus. Seu distintivo é o amor mútuo.
Estando
para concluir o ciclo de orientações aos discípulos, o Mestre resumiu tudo
quanto havia ensinado, num único mandamento, chamado de mandamento novo:
"Amem-se uns aos outros, como eu amei vocês". A prática do amor mútuo
é a expressão consumada da fé em Jesus. Não existe fé cristã autêntica, se não
chegar a desembocar no amor.
Não
se trata de um amor qualquer. O modelo é: amar como Jesus amou as pessoas, a
ponto de entregar a própria vida para salvá-las.
O
verdadeiro discípulo distingue-se pelo amor. Quanto mais autêntico e radical
for este amor, mais revelará o grau de sua adesão a Jesus.
A
capacidade de amar-se mutuamente indica o quanto Jesus está agindo na vida do
cristão. A presença salvadora de Jesus tem o efeito de desatar o nó do egoísmo,
que afasta os indivíduos de seus semelhantes e, por conseqüência, de Deus
também. O cristão, salvo por Jesus, manifesta a eficácia desta salvação na
vivência do amor.
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