sábado, 11 de maio de 2019

Evangelho do domingo - O Bom Pastor.

4º Domingo da Páscoa
12 de Maio de 2019
Cor: Branco

Evangelho - Jo 10,27-30


Eu dou a vida eterna para minhas ovelhas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 10,27-30
Naquele tempo, disse Jesus:
27As minhas ovelhas escutam a minha voz,
eu as conheço e elas me seguem.
28
Eu dou-lhes a vida eterna
e elas jamais se perderão.
E ninguém vai arrancá-las de minha mão.
29
Meu Pai, que me deu estas ovelhas,
é maior que todos,
e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai.
30
Eu e o Pai somos um.'
Palavra da Salvação.


 Eu as conheço!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O quarto Domingo da Páscoa é sempre o domingo do Bom Pastor. É o centro do tempo no qual celebramos a ressurreição do Senhor. O ressuscitado é o Bom Pastor. Este é o melhor título que podemos dar a Jesus. Ele mesmo se chamou de Bom Pastor. Ele diz que as suas ovelhas ouvem a sua voz. Ele as conhece e elas o seguem. Isto vale para nós. Se pertencemos ao rebanho de Jesus, ouvimos a sua voz, somos por ele conhecidos e o seguimos.

Novamente Jesus afirma sua identidade com o Pai: “O Pai e eu somos um”. E foi o Pai quem deu as ovelhas a Jesus, num ato de amor gratuito. Não está dito que Deus escolhe a uns e deixa outros de fora. Está dito que todos os que vão até Jesus foram atraídos pelo Pai. Essas ovelhas não se perderão e ninguém vai arrancá-las das mãos de Jesus. Sabemos que somos pecadores, que nossos méritos são pequenos, mas pedimos com humildade a graça de fazer parte do rebanho de Jesus, nós e todos aqueles que amamos. E queremos de nossa parte mostrar sinais de que pertencemos ao rebanho.

São Paulo elogiou os membros da comunidade de Tessalônica dizendo que eles tinham uma fé ativa, uma caridade esforçada e uma esperança firme. A Timóteo diz o apóstolo que “combateu o bom combate, completou a corrida e guardou a fé”. São sinais de quem está no caminho, seguindo o Pastor. Na visão do Apocalipse há uma multidão imensa de pé, diante do Cordeiro. São os que venceram a batalha, por isso trazem palmas nas mãos. Passaram pela grande tribulação, lavando suas vestes no sangue do Cordeiro. O Cordeiro é o pastor de todos eles e os leva às fontes de água que dão vida. O Bom Pastor enxuga as lágrimas de seus olhos.

Os Atos dos Apóstolos nos falam da rejeição da Palavra de Deus. A Palavra é anunciada, mas não é aceita. Assim como Jesus. Ele se fez presente, operou prodígios, fez inúmeros sinais, falou e ensinou, e muitos não se interessaram nem por ele nem por seus ensinamentos. Tanto que o condenaram à morte de cruz. Paulo, Barnabé e seus companheiros estavam evangelizando as regiões de Perge, Antioquia da Pisídia e Icônio. Falavam primeiro aos judeus nas sinagogas. Muitos aceitaram a pregação dos missionários, e outros não.

Os chefes da sinagoga ficaram enciumados quando viram a multidão que seguia Paulo e Barnabé. Paulo lhes disse: “Vocês estão rejeitando a Palavra de Deus e se tornando indignos da vida eterna. Então, vamos nos dirigir aos pagãos”. Dizem os Atos que eles instigaram mulheres ricas e religiosas contra os apóstolos. Houve uma perseguição e eles tiveram que ir para outro lugar. Os Atos dizem também que “todos os que eram destinados à vida eterna abraçaram a fé”. Os que abraçaram a fé foram aqueles que o Pai levou até seu Filho Jesus pela pregação apostólica. Dizia Santo Agostinho: “Por que é que Deus atrai a este e não àquele, não queiras investigar, se não queres errar”. E Paulo, na primeira carta a Timóteo, escreve que “Deus quer que todas as pessoas sejam salvas”, isto é, ele não quer que alguém se perca. Façamos a nossa parte, com a graça de Deus.

O PASTOR DAS OVELHAS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).

Jesus serviu-se da metáfora do pastor para explicitar que tipo de relação desejava estabelecer com seus discípulos. Queria superar os esquemas bem conhecidos na época, pelos quais os mestres tornavam-se verdadeiros tiranos dos discípulos. Sua intenção era ser um mestre diferente. Como?

Sendo um mestre legítimo, seria como o pastor que entra pela porta do curral e não por outras vias, à maneira dos mestres mal-intencionados.

Estabelecendo um relacionamento cordial e amigo com seus discípulos, imitaria o pastor que conversa com suas ovelhas, chama-as pelo nome e as trata com carinho, pois sua função é cuidar delas.

Conduzindo os discípulos de maneira segura, para evitar extravios, assemelhar-se-ia ao pastor que se coloca à frente do rebanho. Suas ovelhas o seguem, sem hesitar, por reconhecerem a voz de seu guia.
Defendendo seu rebanho perigos e das ciladas que a vida lhes prepara. Os mercenários, nos momentos de perigo, deixam as ovelhas entregues à si mesmas. Agem assim, porque são mercenários, incapazes de arriscar suas vidas para defender o rebanho. Jesus, pelo contrário, defenderá os seus discípulos, até o extremo, mesmo tendo de entregar sua própria vida.

Portanto, é mais prudente deixar-se guiar por um tal pastor.

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