sábado, 23 de maio de 2020

Ascensão do Senhor

Ascensão do Senhor da Páscoa
24 de Maio de 2020
Cor: Branco

Evangelho - Mt 28,16-20


Toda a autoridade me foi dada
no céu e sobre a terra.
Conclusão do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 28,16-20

Naquele tempo:
16Os onze discípulos foram para a Galiléia,
ao monte que Jesus lhes tinha indicado.
17
Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele.
Ainda assim alguns duvidaram.
18
Então Jesus aproximou-se e falou:
'Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra.
19
Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos,
batizando-os em nome do Pai
e do Filho e do Espírito Santo,
20
e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!
Eis que eu estarei convosco todos os dias,
até ao fim do mundo'.
Palavra da Salvação.


 

Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações - Mt 28,16-20
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

“Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos.” São Mateus nos leva de volta à Galileia, onde tudo começou. A sinceridade do evangelista em sua narração nos diz que alguns ainda duvidavam. Eles não inventaram a ressurreição. Mesmo os que tiveram a graça de ver Jesus Ressuscitado precisaram de tempo para perceber o que estava acontecendo. Prostraram-se diante de Jesus em adoração. Já se davam conta de que ele era mais do que um habitante de Nazaré. São Mateus anota as últimas palavras de Jesus, que, com a autoridade que lhe foi dada, os envia a todas as nações: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos”. Foi uma despedida com a garantia de que ele permaneceria sempre conosco. Sem dizer que Jesus subiu ao céu, São Mateus deixa os discípulos com uma missão universal e a presença de Jesus que ultrapassa a barreira do tempo. Nós não o vemos nem o ouvimos como os primeiros discípulos, mas sabemos e percebemos que ele está no meio de nós.

São Lucas, nos Atos dos Apóstolos, deixou por escrito que Jesus foi subindo até desaparecer de seus olhos, envolvido por uma nuvem. Ele subiu e, conforme prometeu, enviará outro Defensor, o Espírito da Verdade. Os apóstolos, com outros discípulos e Maria, a mãe de Jesus, voltaram a Jerusalém e permaneceram reunidos no Cenáculo, onde costumavam ficar. Com eles esperamos a manifestação do Espírito, suplicando ao Pai que venha a nós o Espírito de sabedoria e de revelação para podermos realmente conhecê-lo. Assim rezamos instruídos pela Carta aos Efésios. Seu chamado contém uma esperança e uma herança rica de glória. Há um poder de Deus que ele exerce em nosso favor. Foi este poder que ressuscitou Jesus dos mortos, pôs tudo debaixo de seus pés e o constituiu cabeça da Igreja. Caminhamos nas estradas desta vida envoltos num mistério inefável que um dia se dará a conhecer. Caminhemos de esperança em esperança como quem vê o invisível. Nada nos poderá deter.

O Senhor subiu, mas está conosco aqui na terra. Olhemos para o céu e olhemos para nosso mundo. Ele nos deixou uma missão bem definida e não pequena, pois abrange todo o universo. Esperamos vê-lo em sua vinda definitiva. Enquanto ele não vem, trabalhamos.

A MISSÃO UNIVERSAL
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).

A Ascensão descortinou para os apóstolos um vasto campo de missão que abrangia o mundo inteiro e toda a humanidade. Uma vez concluída a caminhada terrena do Messias, urgia levar adiante esta missão, para que todos pudessem beneficiar-se da salvação realizada por ele.

Enviados pelo poder que Jesus recebeu do Pai, os apóstolos deveriam partir, dispostos a caminhar por todas as estradas do mundo, e a anunciar a Boa-Nova da salvação a quantos encontrassem. Ninguém podia ser deixado de lado, pois a salvação é um direito de todos.

O sinal de adesão a Jesus dar-se-ia no batismo feito “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Seria a forma de vincular toda a humanidade com o Pai, por meio de Jesus, na força do Espírito Santo. Desta comunhão de amor deveria surgir uma humanidade nova, fundada na filiação divina e na fraternidade.

Os apóstolos tinham como tarefa levar os novos discípulos a pautar suas vidas pelos ensinamentos do Mestre. Nada de novas doutrinas! Bastaria ensinar os batizados a observar tudo quanto Jesus lhes havia ensinado: nada mais do que amar a Deus e ao próximo, como fora explicitado no Sermão da Montanha.

Uma certeza deveria animar os apóstolos: o Ressuscitado estaria para sempre junto deles, incentivando-os a serem fiéis à missão. Portanto, nada de se deixarem abater pela grandiosidade e pelas exigências da tarefa recebida.

Oração
Pai, que a certeza da presença de teu Filho Jesus seja estímulo para o cumprimento da missão que recebi: a de proclamar o Reino a todos os povos.

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