sábado, 1 de fevereiro de 2020

Evangelho do domingo

Lucas 2,22-40 ou 22-32

Aleluia, aleluia, aleluia.
Sois a luz que brilhará para os gentios e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32).


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
22 Concluídos os dias da sua purificação da mãe e do filho, segundo a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém para o apresentar ao Senhor,
23 conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor;
24 e para oferecerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos.
25 Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele.
26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor.
27 Impelido pelo Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cumprirem a respeito dele os preceitos da lei,
28 tomou-o em seus braços e louvou a Deus nestes termos:
29 “Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra.
30 Porque os meus olhos viram a vossa salvação
31 que preparastes diante de todos os povos,
32 como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel”.
33 Seu pai e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam.
34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará contradições,
35 a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma espada transpassará a tua alma”.
36 Havia também uma profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser; era de idade avançada.
37 Depois de ter vivido sete anos com seu marido desde a sua virgindade, ficara viúva, e agora com oitenta e quatro anos não se apartava do templo, servindo a Deus noite e dia em jejuns e orações.
38 Chegando ela à mesma hora, louvava a Deus e falava de Jesus a todos aqueles que em Jerusalém esperavam a libertação.
39 Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré.
40 O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.
Palavra da Salvação.

Todo primogênito masculino será consagrado ao Senhor - Lc 2,22-40
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus é a luz que veio iluminar todas as nações. Ele é a glória do povo de Israel. Hoje, quarenta dias após o seu nascimento, o menino Jesus é levado ao Templo. Segundo a Lei de Moisés, a mãe devia se purificar e resgatar o primeiro filho homem, oferecendo um cordeiro e um pombinho. Se não tivesse dinheiro, podia oferecer dois pombinhos. Foi o que Maria e José fizeram.

No Templo, a Sagrada Família encontrou o velho Simeão, homem santo, a quem foi revelado que não morreria sem ver antes o Salvador prometido. Encontrou também uma anciã, a profetisa Ana. Ambos abençoaram José, Maria e o menino, e glorificaram a Deus porque seus olhos puderam ver o Salvador. Foi nesse momento que Simeão entoou o cântico que chamamos de “Nunc Dimittis”, que significa “Agora podeis deixar partir”. Com o menino Jesus nos braços, Simeão disse: “Deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo”.

O profeta Malaquias viu o Senhor, o mensageiro ou o anjo da Aliança, entrando no Templo. É o esperado e o desejado, e sua entrada foi solene. Vem precedido de outro anjo, que prepara o caminho para a chegada de Deus. Elias e João Batista são os precursores que preparam o caminho. O anjo ou mensageiro da Aliança é o Messias, é o menino Jesus, Salvador. Já dizia o evangelista São João que João Batista não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. “O Verbo era a luz verdadeira que ilumina todo homem”.

Cante, então, com a Irmã Verônica Firmino, fsp: “O povo que andava nas trevas viu uma grande luz. Os que viviam com medo encontraram a paz. Ao povo oprimido ele trouxe a liberdade, aos pobres e infelizes mostrou a felicidade. É Jesus, Jesus é a luz, a luz que todos esperam. É Jesus, Jesus é a paz, que vence o ódio e a guerra. Luz do mundo, luz da vida, a luz que nos faz irmãos. Com ele não há trevas, nem dor e nem escuridão”.

MEUS OLHOS VIRAM A SALVAÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).

Fiéis às tradições religiosas do povo, Maria e José cumpriram o rito de apresentação do filho primogênito. Este gesto simples revestiu-se de simbolismo. Quem tinha sido levado ao templo, mais que filho de Maria e José, era o Filho de Deus.

A liturgia de apresentação evidenciou os dois grandes eixos da existência de Jesus: sua humanidade e sua divindade. Fora apresentado o homem Jesus, com todas as suas características socioculturais e familiares, em sua fragilidade de recém-nascido, na pobreza de seus pais, inferiorizado, em termos religiosos, por ser galileu.

No menino Jesus, expressou-se a humanidade, de forma irrestrita. Ele não fora poupado em nada, ao aceitar encarnar-se na história humana. Entretanto, ao consagrá-lo a Deus e fazendo-o, daí em diante, pertencer-lhe totalmente, a liturgia evidenciava a divindade de Jesus.

Aquele menino indefeso pertencia inteiramente a Deus, em quem sua existência estava enraizada. Era o Filho de Deus. Por isso, no templo, estava em sua própria casa. Suas palavras e ações seriam a manifestação do amor de Deus.

Por meio dele, seria possível chegar até Deus. Uma vez que podia ser contemplada em sua pessoa, sua divindade fazia-se palpável na história humana. Assim se explica por que Simeão viu a salvação de Deus.

Oração
Senhor Jesus, como Simeão, eu vejo em ti a salvação atuando em minha vida e na vida da humanidade, sedenta de Deus.

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