sábado, 14 de setembro de 2013

Hoje a Igreja celebra a festa da Exaltação da Santa Cruz. Pela cruz de Jesus Cristo todos somos redimidos para a salvação eterna.


A glória está na Cruz de Jesus” (Gal 6,14).


A Festa da Exaltação da Santa Cruz, que celebraremos no dia 14 de setembro, é a Festa da Exaltação do Cristo vencedor. Para nós, a Cruz é o maior símbolo de nossa fé e quem a rejeita se comporta como aqueles dos quais já nos falava o Apóstolo Paulo: “Existem muitos por aí, de quem repetidas vezes vos tenho falado e agora o digo chorando, que se comportam como inimigos da Cruz de Cristo” (Fil. 3,18).

Nós, católicos, do acordar ao deitar nos persignamos e nos sentimos felizes ao fazer o Sinal do Divino Salvador Jesus, dizendo as palavras sagradas do tríplice Nome de Deus: “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”


Nunca tenhamos vergonha de fazermos sobre nós, em qualquer que seja o lugar ou a situação, esse sinal bendito. A Cruz de Cristo não pode ser esquecida (cf. 1Cor 1,17).


Quase setecentos anos antes de Cristo, o Profeta Ezequiel já havia recebido de Deus o Sinal da Cruz (na forma de uma letra do alfabeto hebraico, a letra “tau”, que tem a forma da cruz – T) para por ordem divina, traçá-lo na testa dos judeus fiéis, como marca que os salvaria do massacre prestes a ocorrer em Jerusalém, durante a invasão da cidade Santa por povos inimigos (cf. Ez. 9,4).


A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação.


Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da Árvore da Vida que se contrapõe à árvore do pecado. Essa é a verdade que cantamos todas as sextas-feiras quando adoramos o Lignum Crucis: Crux fidélis, inter omnes arbor unanóbilis! Ó cruz fiel sois a árvore mais nobre em meio às demais (Hino).


Segundo a tradição, a Vera Cruz (verdadeira Cruz) foi descoberta em 326 por Santa Helena, mãe do Imperador Constantino I, durante peregrinação à cidade de Jerusalém. A Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local da descoberta, por ordem de Helena e Constantino. A igreja foi dedicada nove anos após, em 335, com uma parte da cruz em exposição. Em 13 de Setembro ocorreu a dedicação da igreja e a cruz foi posta em exposição no dia 14, para que os fiéis pudessem orar e venerá-la. Em 614, os persas invadiram a cidade e tomaram a cruz, que foi recuperada pelo Imperador Bizantino Heráclio em 628.


Após um ano em Constantinopla, a cruz retornou ao Santo Sepulcro.


Esta festa é chamada em Grego: Ὕψωσις τοῦ Τιμίου Σταυροῦ e em Latim é chamada de Exaltatio Sanctae Crucis – Exaltação da Santa Cruz. A palavra “exaltatio” também pode ser traduzida por ”triunfo”, por isso, é que no passado essa festa era também chamada de Triunfo da Santa Cruz.


Enquanto a Sexta-Feira Santa é dedicada à Paixão e Crucificação, a Festa da Exaltação da Santa Cruz, celebra a Cruz como instrumento de salvação, fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio.


“Celebramos a Festa da Cruz; por ela as trevas são repelidas e volta à luz. Celebramos a Festa da Cruz e junto com o Crucificado somos levados para o alto para que, abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse da Cruz é tão grande e de tão imenso valor que seu possuidor possui um tesouro” (Dos Sermões de Santo André de Creta, Ofício das Leituras).

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