A glória está na
Cruz de Jesus” (Gal 6,14).
A Festa da
Exaltação da Santa Cruz, que celebraremos no dia 14 de setembro, é a Festa da
Exaltação do Cristo vencedor. Para nós, a Cruz é o maior símbolo de nossa fé e
quem a rejeita se comporta como aqueles dos quais já nos falava o Apóstolo
Paulo: “Existem muitos por aí, de quem repetidas vezes vos tenho falado e agora
o digo chorando, que se comportam como inimigos da Cruz de Cristo” (Fil. 3,18).
Nós, católicos,
do acordar ao deitar nos persignamos e nos sentimos felizes ao fazer o Sinal do
Divino Salvador Jesus, dizendo as palavras sagradas do tríplice Nome de Deus:
“Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”
Nunca tenhamos
vergonha de fazermos sobre nós, em qualquer que seja o lugar ou a situação,
esse sinal bendito. A Cruz de Cristo não pode ser esquecida (cf. 1Cor 1,17).
Quase setecentos
anos antes de Cristo, o Profeta Ezequiel já havia recebido de Deus o Sinal da
Cruz (na forma de uma letra do alfabeto hebraico, a letra “tau”, que tem a
forma da cruz – T) para por ordem divina, traçá-lo na testa dos judeus fiéis,
como marca que os salvaria do massacre prestes a ocorrer em Jerusalém, durante
a invasão da cidade Santa por povos inimigos (cf. Ez. 9,4).
A Cruz recorda o
Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação.
Assim sendo, a
Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive
como símbolo da Árvore da Vida que se contrapõe à árvore do pecado. Essa é a
verdade que cantamos todas as sextas-feiras quando adoramos o Lignum Crucis:
Crux fidélis, inter omnes arbor unanóbilis! Ó cruz fiel sois a árvore mais
nobre em meio às demais (Hino).
Segundo a
tradição, a Vera Cruz (verdadeira Cruz) foi descoberta em 326 por Santa Helena,
mãe do Imperador Constantino I, durante peregrinação à cidade de Jerusalém. A
Igreja do Santo Sepulcro foi construída no local da descoberta, por ordem de
Helena e Constantino. A igreja foi dedicada nove anos após, em 335, com uma
parte da cruz em exposição. Em 13 de Setembro ocorreu a dedicação da igreja e a
cruz foi posta em exposição no dia 14, para que os fiéis pudessem orar e
venerá-la. Em 614, os persas invadiram a cidade e tomaram a cruz, que foi
recuperada pelo Imperador Bizantino Heráclio em 628.
Após um ano em
Constantinopla, a cruz retornou ao Santo Sepulcro.
Esta festa é
chamada em Grego: Ὕψωσις τοῦ Τιμίου Σταυροῦ e em Latim é chamada de Exaltatio
Sanctae Crucis – Exaltação da Santa Cruz. A palavra “exaltatio” também pode ser
traduzida por ”triunfo”, por isso, é que no passado essa festa era também
chamada de Triunfo da Santa Cruz.
Enquanto a
Sexta-Feira Santa é dedicada à Paixão e Crucificação, a Festa da Exaltação da
Santa Cruz, celebra a Cruz como instrumento de salvação, fonte de santidade e
símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio.
“Celebramos a
Festa da Cruz; por ela as trevas são repelidas e volta à luz. Celebramos a
Festa da Cruz e junto com o Crucificado somos levados para o alto para que,
abandonando a terra com o pecado, obtenhamos os céus. A posse da Cruz é tão
grande e de tão imenso valor que seu possuidor possui um tesouro” (Dos Sermões
de Santo André de Creta, Ofício das Leituras).
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