sábado, 13 de junho de 2020

Evangelho do domingo

11º Domingo Do Tempo Comum
14 de Junho de 2020
Cor: Verde
Evangelho - Mt 9,36-10,8

Jesus chamou seus doze discípulos e os enviou.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 9,36-10,8

Naquele tempo:
36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas,
porque estavam cansadas e abatidas,
como ovelhas que não têm pastor.
Então disse a seus discípulos:
37'A Messe é grande, mas os trabalhadores são poucos.
38Pedi pois ao dono da messe
que envie trabalhadores para a sua colheita!'
10,1Jesus chamou os doze discípulos
e deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus
e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.
2Estes são os nomes dos doze apóstolos:
primeiro, Simão chamado Pedro, e André, seu irmão;
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João;
3Filipe e Bartolomeu;
Tomé e Mateus, o cobrador de impostos;
Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
4Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes,
que foi o traidor de Jesus.
5Jesus enviou estes Doze,
com as seguintes recomendações:
'Não deveis ir aonde moram os pagãos,
nem entrar nas cidades dos samaritanos!
6Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel!
7Em vosso caminho, anunciai:
O Reino dos Céus está próximo'.
8Curai os doentes, ressuscitai os mortos,
purificai os leprosos, expulsai os demônios.
De graça recebestes, de graça deveis dar!
Palavra da Salvação.

Escolha e envio em missão dos doze apóstolos - Mt 9,36–10,8
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. A semente lançada na terra não morreu. Desenvolveu-se, cresceu, produziu frutos. Chegou a hora da colheita. Quem vai fazer a colheita? Deus fez a sua parte, é hora de fazermos a nossa, e aparece pouca gente. São poucos os trabalhadores dispostos a entrar na plantação e ajudar na safra. Jesus nos orienta a recorrer ao Senhor da plantação. Que ele mande muitos ceifeiros bem-dispostos. Deus não deve fazer tudo sozinho: a semeadura, o cuidado com a planta e ainda providenciar operários para a colheita.

Jesus chamou os Doze. Chamou-os de apóstolos e os enviou em missão. Na lista dos Doze se diz que Judas Iscariotes foi traidor. Eram só doze, e um não deu certo. Foram enviados primeiramente às ovelhas perdidas da casa de Israel. Depois da Ascensão de Jesus, partiriam pelo mundo afora Deviam provar a sua fé e enfrentar as dificuldades da missão. Partiram com a missão de tornar discípulos de Jesus todas as nações, o que significa tornar as pessoas seguidoras de Jesus dentro de um sistema de vida segundo o projeto de Deus para este mundo.

O alcance da missão é limitado, porque limitados somos todos nós. Eram apenas doze enviados a toda a humanidade. Eram sempre um pequeno rebanho. Um pequeno rebanho, mas significativo. Conversando com Moisés no alto da montanha, Deus lhe disse que Israel seria para Deus a porção escolhida entre todos os povos. Tudo é de Deus, a terra toda é de Deus. No entanto, no meio das nações, como fermento na massa, ele colocou um reino de sacerdotes, uma nação santa. Essa foi a vocação de Israel, que devia se realizar plenamente no Messias Salvador e se realizou na pessoa de Jesus de Nazaré. A partir de então começaram a fazer parte desse povo sacerdotal e dessa nação santa todos os que aceitaram Jesus e seu Evangelho. Tornaram-se filhos de Abraão, já não mais pelo sangue, mas pela fé. Em todos os povos brotam plantas e surgem frutos prontos para a colheita. São o povo sacerdotal, chamado a ser mediador entre Deus, a criação e todos os seres humanos.

Quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós para que todos fôssemos capazes de dar a vida pela causa do Evangelho, que é alegre salvação de toda a humanidade. Todos somos ceifadores, todos somos trabalhadores da colheita, sem exceção, cada um a seu modo. Eu, você, todos. Não somente o padre ou os ministros ordenados. Mantendo-se firme na fé que recebemos, tome iniciativa, multiplique o número dos trabalhadores para que não sejam poucos! Não deixe o povo sem pastor, não deixe o povo sem um bom governo!

A preocupação de Jesus com a necessidade de trabalhadores começou quando viu o povo abandonado, desgovernado com as marcas do abandono, como ovelha sem pastor. Jesus teve pena daquelas pessoas.

A GRANDEZA DA MESSE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://domtotal.com/religiao-liturgia-diaria.php).

A contemplação das multidões cansadas e abatidas, semelhantes a ovelhas sem pastor, permitiu a Jesus constatar a vastidão do trabalho evangelizador a ser levado a cabo. Recorrendo a uma metáfora tirada do ambiente agrícola, ele constatou que "o campo semeado é imenso e está a ponto de ser ceifado. Mas faltam operários para fazer a colheita". Qual seria o sentido desta declaração?

No processo de evangelização, existe um trabalho prévio, independente da ação do evangelizador. É a ação divina no coração humano, predispondo-o para acolher a mensagem da salvação. Sem este trabalho prévio, fica inviabilizada qualquer tentativa de fazer o Reino frutificar na vida de quem escuta a Palavra.

A percepção de Jesus ia muito além da multidão que tinha diante de si. A imensidão da seara abarcava todos quantos ansiavam pela chegada do Reino de Deus e eram vítimas de falsos messias. A experiência de terem sido enganadas levava as pessoas ao desânimo, fazendo-as perder as esperanças, ou as fazia passar de messias em messias, sem encontrarem uma palavra que as satisfizesse.

Urgia que operários zelosos e fiéis se pusessem à disposição do Pai, como seus colaboradores, para levar a cabo a obra divina no coração da humanidade sedenta de salvação. Os apóstolos de Jesus somar-se-iam ao número dos servidores do Reino.

Oração
Pai, toma-me como teu servidor e transforma-me em colaborador de tua obra em favor de humanidade sedenta de salvação.

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