segunda-feira, 2 de novembro de 2015

02/11 - Dia de Finados


No dia 2 de novembro celebramos a memória dos fieis defuntos, dos nossos falecidos, daqueles que estiveram conosco e hoje estão na eternidade, os “finados”, aqueles que chegaram ao fim da vida terrena e já começaram a vida eterna. Portanto, não estão mortos, estão vivos, na vida que não tem fim. Sua vida não foi tirada, mas transformada. Olhemos, portanto, a morte com os olhos da fé e da esperança cristã, não com desespero pensando que tudo acabou. Uma nova vida começou eternamente. Dia de esperança e de fé na ressurreição dos mortos.
       O dia de Finados foi estabelecido pela Igreja para não deixarmos nossos falecidos no esquecimento. Desde o século I, os cristãos rezam por seus mortos e visitam os túmulos dos mártires da fé nas catacumbas, para homenageá-los. No século IV, já havia a menção aos mortos na celebração da missa.No século XI, os papas Silvestre II, João XVIII e Leão IX convocaram a comunidade cristã para dedicar um dia por ano aos mortos, no dia 2 de novembro.
        Nesse dia, as pessoas lembram de seus entes queridos que se foram.  Muitas pessoas acendem velas, vão à missa, aos cemitérios e agradecem a Deus por essa cadeia da vida e pela possibilidade de reencontrar, na eternidade do Pai, aquelas pessoas amadas já falecidas.
        No Dia de Finados, não se comemora a morte; festeja-se a alegria da vida eterna.
        Na liturgia de hoje, temos as palavras de Jesus: “Eu sou a ressurreição. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim, jamais morrerá” (Jo 11,25-26).
        Os santos encaravam a morte com esse espírito de fé e esperança. Assim São Francisco de Assis, no cântico do Sol: “Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a morte corporal, da qual ninguém pode escapar. Ai daqueles que morrem em pecado mortal. Felizes dos que a morte encontra conformes à vossa santíssima vontade. A estes não fará mal a segunda morte”. “É morrendo que se vive para a vida eterna!”.
       Santo Agostinho nos advertia, perguntando: “Fazes o impossível para morrer um pouco mais tarde, e nada fazes para não morrer para sempre?”
       Quantas boas lições nos dá a morte. Assim nos aconselha o Apóstolo São Paulo: “Enquanto temos tempo, façamos o bem a todos” (Gl 6, 10). “Para mim o viver é Cristo e o morrer é um lucro... Tenho o desejo de ser desatado e estar com Cristo” (Fl 1, 21.23).
        Santa Teresinha já dizia: “não morro, entro na vida”. Jesus Cristo é nossa páscoa, vida e ressurreição. Nossas vidas estão nas mãos de Deus. No céu o veremos face a face e saberemos como Ele é.
        A Igreja quando reza pelos defuntos e convida a todos a rezar, tem em mente três motivos: - primeiro, a comunhão existente entre todos os membros de Cristo, vivos e mortos: na morte, como na vida, somos todos irmãos; - segundo, consolar, confortar e prestar ajuda espiritual a quem está triste e enlutado pela morte de um ente querido; - terceiro, ajudar espiritualmente a quem morreu, de modo que, se for da vontade de Deus a oração ajude a se purificar e chegar a Deus.
        Três coisas pedimos com a Igreja para os nossos falecidos: o descanso, a luz e a paz. Descanso é o prêmio para quem trabalhou. O reino da luz é o Céu, oposto ao reino das trevas que é o inferno. E a paz é a recompensa para quem lutou.
         Que todos os que nos precederam descansem em paz e a luz perpétua brilhe para eles. Amém

 

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