sábado, 21 de novembro de 2015

Evangelho do Dia - Eis minha mãe e meus irmãos...

Ano B - DIA 21/11

Eis minha mãe e meus irmãos... - Mt 12,46-50

Enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. Alguém lhe disse: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem falar contigo”. Ele respondeu àquele que lhe falou: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?”. E, estendendo a mão para os discípulos, acrescentou: “Eis minha mãe e meus irmãos. Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

Leitura Orante

Oração Inicial

Na liturgia de hoje lembramos a Apresentação de Nossa Senhora no Templo. O Evangelho nos fala da relação familiar que é estabelecida entre Jesus e aqueles que acolhem a sua Palavra. Ele nos diz: "todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe". Para bem acolhermos os seus ensinamentos, pedimos: Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.
 

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Quais personagens estão presentes na narrativa? Qual é o ensinamento de Jesus? Quem são considerados os irmãos e a mãe de Jesus?
"Nesta narrativa de Mateus, percebemos três grupos relacionados com Jesus. Por um lado, as multidões a que Jesus falava. Por outro lado, sua família. E, finalmente, os discípulos a quem Jesus destaca, estendendo a mão.
Em um primeiro nível, as multidões, como aglomerado circunstancial de dispersos, são compostas de curiosos e esperançosos, que desejam libertar-se de suas exclusão e de suas carências. Buscam algo de novo, atentos a Jesus, porém ainda não deram sua adesão ao seu projeto.
Num segundo nível, a família, caracterizada por sua unidade carnal e tradicional, fica de fora das multidões. Porém, os laços consanguíneos não são, por si só, a garantia absoluta do amor e da unidade.
No terceiro nível, com proximidade maior, temos os discípulos. Eles formam o grupo que deu sua adesão ao projeto de Jesus, irmanados no cumprimento da vontade do Pai, que é a prática do amor que comunica a vida. Todos são chamados ao discipulado. A família, particularmente, é o espaço privilegiado para se viver a experiência do amor. O crescimento no amor leva a família a abrir-se na solidariedade e em comunhão com os mais carentes e necessitados." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

O que diz o texto para mim hoje? Qual é a missão da minha família no mundo? De que forma minha família vive a sua fé? Somos uma família edificada sobre a Palavra de Deus?
"Na medida em que a família cristã acolhe o Evangelho e amadurece na fé torna-se comunidade evangelizadora. Escutemos de novo Paulo VI: 'A família, como a Igreja, deve ser um lugar onde se transmite o Evangelho e donde o Evangelho irradia. Portanto no interior de uma família consciente desta missão, todos os componentes evangelizam e são evangelizados. Os pais não só comunicam aos filhos o Evangelho, mas podem também receber deles o mesmo Evangelho profundamente vivido. Uma tal família torna-se, então, evangelizadora de muitas outras famílias e do ambiente no qual está inserida.'" (Exortação Apostólica Familiaris Consortio, 52).
 

3- Oração (Vida)

Ó Mãe de Deus, protegei-nos como cuidastes de vosso Filho Jesus. Nós nos colocamos sob vosso cuidado porque também vós sois nossa Mãe. Como o discípulo aos pés da cruz, nós queremos vos levar conosco para nossa casa e para nossa vida. Ó Virgem Imaculada, olhai com amor materno os pobres e humilhados, os presos e enfermos, e todos que confiamos em vós para que não percamos a esperança e o sentido da vida. Rogai pelos pecadores para que se convertam à mensagem de vosso Filho e creiam em seu amor e aceitem seu perdão. Assisti os agonizantes na hora extrema da morte e conduzi-nos a Jesus, agora e para a eternidade. Amém. (Do Livro: ‘Maria da nossa fé’, Paulinas Editora).
 

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual é o apelo que a Palavra de Deus despertou para o seu dia? Pense em uma ação concreta e procure torná-la realidade. Conte com a graça de Deus.
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 

Comentário

A comunidade cristã é aquela que faz a vontade de Deus
Levando em consideração a ordem do evangelho, o texto de hoje é ressonância de Mt 7,21. A comunidade cristã é caracterizada como aquela que faz a vontade de Deus. A visita da família de Jesus é ocasião para ele ensinar: a sua família, isto é, os membros do povo que ele reúne, é mais ampla do que os membros de sua parentela, pois constituída por aqueles que fazem a vontade do Pai que está nos céus (v. 50; cf. 7,21). Por duas vezes o texto repete que a mãe de Jesus e alguns irmãos dele estão do lado de fora da casa. Essa observação, que poderia passar despercebida, é, a nosso ver, importante: sem participar do círculo dos discípulos, o ensinamento de Jesus, seu trabalho incansável e seus gestos parecem loucura e sem sentido, como se ele estivesse fora de si. Corrobora com essa ideia a notícia de Marcos, para quem a razão pela qual a família de Jesus vai procurá-lo é para levá-lo de volta para casa, pois pensavam que ele estivesse fora de si (Mc 3,20-21). Para compreender a missão de Jesus é preciso fazer parte do seu círculo e situá-la no horizonte do desígnio salvífico de Deus. São Paulo, num texto em que procura resolver um problema de divisão interna da comunidade de Corinto, afirma que o modo de agir de Deus confunde o mundo e os que se julgam sábios (1Cor 1,27).  Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Pai, reforça os laços que me ligam aos meus irmãos e irmãs de fé, de forma a testemunhar que formamos uma grande família, cujo pai és tu.

http://www.paulinas.org.br/diafeliz

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