sábado, 31 de outubro de 2015

Evangelho do final de semana - "Alegrai-vos, porque é grande a vossa recompensa nos céus!"

Ano B - DIA 01/11


As bem-aventuranças - Mt 5,1-12a

Vendo as multidões, Jesus subiu à montanha e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, e ele começou a ensinar: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes os que choram, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque receberão a terra em herança. Felizes os que têm fome e sede da justiça, porque serão saciados. Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os puros de coração, porque verão a Deus. Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram antes de vós”.
 

Comentário

Solenidade de todos os Santos
A festa de todos os santos e santas de Deus é uma comemoração antiga na Igreja. No século II, a Igreja já celebrava a memória dos seus mártires para que, inspirados por seu testemunho, os fiéis pudessem se manter firmes no testemunho de Jesus Cristo. É uma festa para todos os fiéis, pois nossa vocação comum é à santidade. A primeira bem-aventurança é o fundamento de todas as demais: “bem-aventurados os pobres em espírito porque deles é o reino dos céus”. No ser humano, há um espírito que ele recebeu de Deus, que o chamou à existência (Gn 2,7). A pobreza de espírito é em relação a Deus, isto é, diante de Deus o ser humano se encontra “desnudo”. Para o discípulo, viver essa realidade de maneira concreta é assumi-la com o coração puro, experimentá-la no mais profundo do ser, lá onde aflora a presença de Deus. Nesse sentido, as bem-aventuranças são um apelo a viver a vida em referência a Deus e na esperança de que a recompensa vem do alto. Não há nenhum espaço para a passividade, pois o Espírito que age em nós nos conduz a um compromisso efetivo com o Reino de Deus. A perspectiva escatológica de cada bem-aventurança é o fundamento da vida moral, do agir concreto do cristão no mundo. As bem-aventuranças, gênero literário bastante atestado no Antigo Testamento, fazem parte do longo discurso denominado sermão da montanha (Mt 5–7). O livro do Apocalipse foi escrito com a finalidade de encorajar os cristãos a que, mesmo na perseguição implacável, guardassem a palavra de Cristo, não renunciassem à fé e aos valores da vida cristã. Ele tira para a vida dos cristãos as consequências do mistério pascal do Senhor. O que encoraja a Igreja peregrina é considerar a Igreja triunfante. A multidão numerosa vestida de branco são os que por Cristo deram a sua vida e no Cristo participam da sua gloriosa ressurreição, e que confiaram plenamente no Senhor: “Todo o que espera nele purifica-se, como também ele é puro” (1Jo 3,3). É preciso, por fim, dizer que o que nos faz santos é a presença de Deus em nós. Acolher essa presença, deixar-se conduzir por ela, é o caminho da santidade.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Pai, move-me pelo Espírito a trilhar o caminho da santidade, colocando minha vida em tuas mãos e buscando viver as bem-aventuranças proclamadas por teu Filho Jesus.

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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Celebrações Tramandaí / Imbé

5º Sábado, 31 de Outubro

17h
N. Srª Aparecida - Mariluz
1ª comunhão
Fr. Irineu
19h
N. Srª dos Navegantes
Fr. Irineu
19h
N. S. Aparecida - Litoral
1ª comunhão
Fr. Breda
19h15
São José
Ministro
20h30
N. Srª dos Navegantes – Matriz
Casamento Renan e Fernanda
Fr. Breda

1º Domingo – 01 de Novembro
8h
N. Srª dos Navegantes – Matriz
Fr. Irineu
9h
Santa Rita
1ª comunhão
Fr. Breda
9h
São José
Fr. Irineu
10h
Sagrado Coração – Indianópolis
1ª comunhão
Fr. Irineu
10h
N. Srª Medianeira
Fr. Breda
19h
Santa Luzia – Parque Histórico
batismo
Fr. Breda
19h
N. Srª dos Navegantes – Matriz
Fr. Irineu

 Segunda – 02 de Novembro - Finados
9h
Tramandaí
Missa no Cemitério
Fr. Irineu
9h
Imbé
Missa no Cemitério
Fr. Breda
19h
N. Srª dos Navegantes
Missa
Fr. Breda
Comunidades
Terço pelas vocações

Evangelho do Dia - Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e o despediu.

Ano B - DIA 30/10

    

Curar em dia de sábado - Lc 14,1-6

Num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. Estes o observavam. Em frente de Jesus estava um homem que sofria de hidropisia. Tomando a palavra, Jesus disse aos doutores da Lei e aos fariseus: “Em dia de sábado, é permitido curar ou não?”. Eles ficaram em silêncio. Então Jesus tomou o homem pela mão, curou-o e o despediu. Depois lhes disse: “Se algum de vós tem um filho ou um boi que caiu num poço, não o tira logo daí, mesmo em dia de sábado?”. E eles não foram capazes de responder a isso.

Leitura Orante

Oração Inicial

Em diversos textos bíblicos, encontramo-nos com Jesus, que realiza curas. Também a multidão procura por Jesus para ser curada de inúmeros males que as afligem e para ouvir a sua Palavra. Jesus é o Senhor da vida e deseja que todos vivam com dignidade. Por isso, realiza curas também aos sábados, contrariando a posição dos doutores da Lei e dos fariseus.
Rezemos: Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Observe bem o contexto da narrativa: pessoas, lugares, diálogos, situação dos personagens, ações de Jesus, reações... Leia em sua Bíblia outros textos em que Jesus realiza curas (por exemplo, Lc 4,31-37; Lc 13,10-13, Mt 8,5-13.28-34; Mc 7,31-37; Jo 9,11 etc.). Identifique elementos comuns entre as curas.
"Esta narrativa de Lucas faz parte do ciclo de narrativas de contestação da doutrina e da prática das sinagogas e dos fariseus. Em sinagogas, infringindo o sábado, em Lc 4,31-37, Jesus expulsa o demônio de um homem; em Lc 6,6-11, cura um homem da mão seca; em Lc 13,10-13, cura uma mulher encurvada, e, agora, na casa de um dos chefes dos fariseus, também no sábado, cura um hidrópico. Estas pessoas que Jesus encontra e cura representam os frequentadores das sinagogas e discípulos dos fariseus. São os possuídos e dominados pela ideologia da doutrina tradicional e institucional, paralisados e encurvados sob a sua opressão. Agora, o homem hidrópico, inchado de água, representa o orgulho destes chefes religiosos e seus discípulos que, julgando-se eleitos e santos, desprezam os demais.
As curas realizadas por Jesus exprimem a novidade de sua prática. Ele vai contra as observâncias legais estritas e estreitas que não favorecem a vida. Para o Pai, o que importa é o desabrochar da vida. A lei, bem como todos os processos econômicos e sociais, deve estar a serviço da dignidade e da qualidade de vida para todos." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

As curas que Jesus realiza acontecem no sábado. O dia do sábado recorda-nos que Deus descansou de sua obra e viu que ela era boa. A obra boa é o ser humano vivendo com dignidade, saúde, harmonia; logo, ao curar no sábado, Jesus devolve a dignidade para que todo ser humano possa voltar a ser a obra boa, plena, com sentido no seu viver. A cura que Jesus realiza não atinge somente o físico, mas restaura o ser humano por completo, em todas as suas dimensões.
Podemos, hoje, pensar nas doenças de que somos acometidos, nas dores que carregamos, físicas ou emocionalmente, nos sentimentos sufocados, nas mágoas não perdoadas, nas exigências demasiadas a si mesmo e aos outros... Coloque-se diante de Jesus como o homem que sofre de hidropisia, ou como a mulher encurvada, como o homem da mão seca... Peça a Jesus que restaure as suas forças e a alegria de viver. Que te liberte de todos os bloqueios que te aprisionam e restabeleça, em ti, a saúde.
 

3- Oração (Vida)

Ao Espírito Santo para obter a saúde
Divino Espírito Santo, criador e renovador de todas as coisas, vida da minha vida.
Com Maria Santíssima, eu vos adoro, agradeço e amo.
Vós, que dais vida a todo o universo, conservai em mim a saúde. Livrai-me de todas as doenças e de todo o mal.
Ajudado por vossa graça, quero usar sempre a minha saúde, empregando as minhas forças para a glória de Deus, para o meu próprio bem e para o bem do próximo.
Peço-vos, ainda, que ilumineis, com vossos dons de sabedoria e ciência, os médicos e todos os que se ocupam dos doentes, para que conheçam a verdadeira causa dos males que destroem ou ameaçam a vida, e possam também descobrir e aplicar os remédios mais eficazes, para defender a vida e curá-la.
Virgem Santíssima, Mãe da vida e saúde dos enfermos, sede mediadora nesta minha humilde oração.
Vós que sois a Mãe de Deus e nossa Mãe, intercedei por mim. Amém.
(Bem-aventurado Tiago Alberione)
 

4- Contemplação (Vida e Missão)

A Palavra de Deus encontrou sintonia em minha vida? Qual é o apelo que desejo colocar em prática neste dia?
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos, Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

 

Comentário

Não há onde Deus não esteja ou possa deixar de estar
Jesus é convidado, em diferentes ocasiões, à casa de um fariseu para uma refeição. Jesus não rejeita um convite feito com sinceridade. Não há onde Deus não esteja ou possa deixar de estar. No evangelho de Lucas, há dois outros relatos de refeição na casa de um fariseu (7,36; 11,37). No episódio de hoje, a refeição foi uma ocasião de controvérsia sobre o descanso sabático. É Jesus quem, durante a refeição, toma a iniciativa, ante a doença de um homem que estava diante dele, de pôr a questão aos doutores da Lei e aos fariseus. A questão posta por Jesus visa ao verdadeiro sentido do descanso sabático. A rigidez inflexível na prática dos mandamentos da Lei de Deus torna os interlocutores de Jesus prisioneiros da letra do texto, em detrimento da finalidade última da Lei de Deus. O sábado é dom de Deus para celebrar a vida e o dom da libertação da “casa da escravidão”. A memória desses dois eventos salvíficos deveria, no dia de sábado (cf. Lc 13,16), mover todo fiel israelita à prática da misericórdia (cf. Os 6,6). À alternativa apresentada na pergunta de Jesus, os fariseus e os doutores da Lei silenciam. O silêncio deles é omissão, pois sabem perfeitamente a resposta. Eles resistem a aderir à verdade.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Pai, predispõe-me a manifestar meu amor a quem precisa de mim, sem inventar justificativas para me dispensar desta obrigação urgente.

...............
Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002, e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?

Acredite no amor!


30/10 Cada vida é um dom


Em algum momento do dia,
reflita sobre o conteúdo desta mensagem:
“Cada vida é, na verdade, um dom,
não importa se for curta,
não importa se é frágil.
Cada vida é, na verdade, um dom
a ser mantido eternamente
em nossos corações.
Quando não há palavras
para amenizar a dor,
que seu espírito seja tocado
pelo amor que o cerca;
lentamente, a cura terá início.
Que você saiba esperar,
amar além da consideração e
ter paz além da compreensão”.
(Kimberly Rinehart).

 Meditação
Acredite no amor
que envolve a todos.


 Confirmação
“O Senhor dará força
a seu povo, o Senhor abençoará
seu povo com a paz”
(Sl 29[28],11).

 Rosemary de Ross
Retirado do livro: 'Uma mensagem por dia, o ano todo', Paulinas Editora.
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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Evangelho do Dia - "Preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã".

Ano B - DIA 29/10


O caminho de Jesus para o Pai - Lc 13,31-35

Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Sai daqui, porque Herodes quer te matar”. Ele disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia chegarei ao termo. Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, pois não convém que um profeta morra fora de Jerusalém. Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes eu quis reunir teus filhos, como a galinha reúne os pintainhos debaixo das asas, mas não quiseste! Vede, vossa casa ficará abandonada. Eu vos digo: não mais me vereis, até que chegue o tempo em que digais: ‘Bendito aquele que vem em nome do Senhor’”.
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Na escuta e meditação da Palavra de Deus, nos encontraremos com Jesus em seu caminho para Jerusalém. Enquanto instrui seus discípulos, o Senhor reafirma a sua missão libertadora e nos chama à conversão. Silenciando o coração, repita algumas vezes a oração: Jesus Mestre, iluminai minha mente, movei meu coração, para que esta meditação produza em mim frutos de vida. Amém.
 

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto? Qual é o contexto do diálogo entre os personagens? Destaque as palavras de Jesus e detenha-se nelas por alguns instantes para compreender a sua mensagem.
"Após apresentar a denúncia de Jesus sobre a infidelidade de Israel e a acolhida aos gentios, 'há últimos que serão primeiros e primeiros que serão últimos', Lucas insere este diálogo envolvendo alguns fariseus e Jesus. Estes fariseus simulam proteger Jesus das ameaças de Herodes, preposto do império romano, com autoridade sobre a Galileia. Herodes já havia mandado matar João Batista, e Jesus, cuja prática assemelhava-se a de João, estava também ameaçado. A resposta de Jesus é um recado a ser dado a Herodes por estes fariseus, que queriam intimidar Jesus e se ver livres dele. Jesus chama Herodes de raposa (ardiloso, vil, sorrateiro) e, com convicção, afirma seu propósito de continuar sua missão libertadora, que será estendida até Jerusalém. Mais do que a Herodes, Jesus sabe que paira sobre si a ameaça de morte por parte das autoridades religiosas com sede em Jerusalém. Com uma sentença em estilo profético, Jesus faz ainda um apelo à conversão de Jerusalém, caracterizando-a como a cidade que mata os profetas." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

Mesmo com ameaças de morte, Jesus prossegue o seu caminho com convicção, afirmando ao mesmo tempo sua missão libertadora: "... eu expulso demônios e faço curas...". Jesus é o Libertador, que compartilha a vida, as angustias, os sofrimentos, a dor de seu povo. É Nele que também hoje encontraremos a libertação de tudo o que no oprime, para que possamos viver com dignidade. Ele também nos chama à conversão: "Quantas vezes eu quis reunir teus filhos...". Pela escuta e meditação da Palavra, possamos crescer em gestos concretos que promovem a libertação, a justiça e a reconciliação, na comunhão com o próximo e com Deus.
 

3- Oração (Vida)

Reze a letra da canção: 'O Meu Libertador', do CD: 'Mistério, Amor e Sentido'. Em seguida, conclua sua oração entregando ao Senhor a sua vida para que possa ser tocada pelo amor e pela misericórdia do nosso Deus.
Venham ver o meu Libertador: é Jesus de Nazaré.
Ele está nos bairros e nas vilas, anunciando ao povo o seu amor.
Sabe ouvir o grito dos pequenos, para ele todos têm valor.
Não tem medo dos grandes opressores, nem carrega arma em sua mão.
Mas defende os pobres e oprimidos, para todos é Libertação.
Tem muita ternura pela vida, fala de seu Pai com emoção e tanto amor.
Sabe perdoar os inimigos, chora sobre aqueles que não crêem no amor.
Anda no meio da gente, seu jeito cativa multidões
Prega, defende a justiça, seu grito converte corações.
Venham ver o meu Libertador: é Jesus de Nazaré.
 

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual é o apelo que a Palavra de Deus despertou para o seu dia? Pense em uma ação concreta e procure torná-la realidade. Conte com a graça de Deus.
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

 ...............
Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet
 

Comentário

A rejeição de Israel à mensagem salvífica de Deus
Por que razão Herodes quereria matar Jesus? O texto não nos diz. Talvez seja uma estratégia dos fariseus para, amedrontando Jesus, dissuadi-lo de continuar o seu caminho para Jerusalém. O que é certo é que para um bom número de fariseus, entre outros, a morte de Jesus seria um benefício para todo o povo e para a religião de Israel. Jesus mesmo exorta os discípulos a não temerem os que matam o corpo (Lc 12,4). Como ele temeria a própria morte? Nenhum tipo de ameaça é capaz de demover Jesus de prosseguir o seu caminho para o Pai. Essa firme decisão está presente já no episódio da sinagoga de Nazaré, quando seus conterrâneos queriam precipitá-lo morro abaixo. Essa rejeição de Israel à mensagem salvífica de Deus vai ser levada a termo na condenação injusta de Jesus e na sua morte na cruz. O que Deus não fez para que Israel acreditasse no seu amor e se sentisse protegida e conduzida por ele? A surpresa de Deus sempre os pegou desprevenidos e desatentos aos sinais de sua presença, por isso, não reconheceram o tempo em que foram visitados.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Pai, predispõe-me, pela força do teu Espírito, a acolher a salvação que teu Filho Jesus me oferece, fazendo-me digno deste dom supremo de tua bondade.

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Santo do Dia

 
São Narciso bispo (†222)

29 de Outubro - São Narciso


 Não faltam informações sobre este longevo bispo de Jerusalém: Eusébio dedica um inteiro capítulo de sua História eclesiástica aos milagres realizados pelo santo — dentre os quais, o mais conhecido foi o de transformar a água em azeite para alimentar as lamparinas da igreja.

Por Eusébio, ficamos sabendo que Narciso foi o 15º bispo de Jerusalém e presidiu o sínodo no qual se decidiu, entre outras resoluções, uniformizar com base na Igreja de Roma a data da celebração da Páscoa. As inovações não agradaram a todos; talvez por causa dessa sua iniciativa, alguém tenha cogitado em dele se desembaraçar, tramando para tal uma acusação infamante.

Narciso não julgou oportuno defender-se e, para não dividir a própria comunidade em inocentistas e culpabilistas, preferiu desaparecer da sociedade. Foi viver como eremita perto do deserto, até que uma das testemunhas que havia jurado em falso decidiu dizer a verdade. Mas tinham-se passado já muitos anos desde o desaparecimento de Narciso, e os cristãos de Jerusalém, considerando-o morto, elegeram um novo bispo.

Com estupor, mas também com grande alegria, viram-no reaparecer e rogaram-lhe que retomasse seu posto. Narciso aceitou, mas quis ter a seu lado um coadjutor escolhido por ele. Assim pôde confiar a cura pastoral ao amigo Alexandre, então bispo na Capadócia, que ficou junto dele nos seus últimos dez anos de vida.

Por meio de uma carta do bispo Alexandre aos fiéis de Antínoe, no Egito, ficamos sabendo da longevidade de Narciso. Nela se lê: “Saúda-vos Narciso, que antes de mim ocupou esta sede episcopal e, agora, está colocado na mesma categoria que eu nas orações. Ele agora completou 116 anos e vos exorta, como eu, à concórdia”.

 (Retirado do livro "Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente", Paulinas Editora)
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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Evangelho do Dia.

ANO B - DIA 28/10




Os doze apóstolos escolhidos por Jesus - Lc 6,12-19

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: Simão, a quem chamou Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado zelote; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, que se tornou o traidor. Jesus desceu com eles da montanha e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, e do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos impuros eram curados. A multidão toda tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos.


LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL

Celebramos hoje a festa dos Santos Simão e Judas, apóstolos. No Evangelho, depois de um tempo em oração, Jesus chama seus discípulos e escolhe doze entre eles. Também nós, ao longo do dia, ao ouvirmos o convite do Senhor, tenhamos a coragem de nos colocarmos no seu seguimento como discípulos missionários.
Peçamos: Vem, Espírito Santo! Faze-nos amar as Escrituras, para reconhecermos a voz viva de Jesus. Torna-nos humildes e simples, a fim de compreendermos os mistérios do Reino de Deus. Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto em si? Traga presente outros textos bíblicos em que Jesus se encontra em oração. Observe os elementos presentes na narrativa: oração, montanha, noite, amanhecer, Doze, descer da montanha, multidão... Quem são os Doze escolhidos por Jesus? O que busca a multidão que vai ao encontro de Jesus?
"A tradição das comunidades cristãs oriundas do judaísmo guardava uma lista de doze nomes aos quais se atribuía a liderança da Igreja. Os evangelistas sinóticos inserem esta lista em seus textos. Lucas apresenta a escolha dos doze após uma noite de oração de Jesus. É característico de Lucas, devoto da oração de Jesus, o empenho em registrar estes momentos de intimidade entre Jesus e o Pai, ao longo de seu ministério. A oração ilumina e fortalece a ação missionária.
Após a noite de oração na montanha é necessário descer para ir ao encontro das multidões que anseiam por Jesus, em busca de libertação e vida. Eles vêm da Judeia e das regiões gentílicas vizinhas da Galileia. Jesus os acolhe, sem discriminações. Com suas palavras e sua prática, Jesus eleva os abatidos." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

Todo cristão é convidado ao seguimento de Jesus nas suas diversas expressões. O seguimento é um processo de chamado, adesão e resposta. É ao mesmo tempo, um caminho de identificação com o Mestre e para isso é preciso assumir algumas exigências próprias do seguimento. Neste momento do encontro da Palavra de Deus com a vida, procure ver o que o texto pode trazer à sua experiência de fé para enriquecê-la. Que luz nos dá Jesus com sua pessoa e sua mensagem? O que diz o texto para mim, hoje? Qual palavra mais chamou minha atenção? Que sentimentos o texto desperta em mim? Silencie. Deixe a Palavra de Deus encontrar espaço em sua vida. Examine sua consciência, reveja suas ações, confronte suas atitudes com a mensagem de Jesus.

3- ORAÇÃO (VIDA)

Jesus, divino Mestre, nós vos adoramos, Filho muito amado do Pai, caminho único para chegarmos a Ele. Nós vos louvamos e agradecemos, porque sois o exemplo que devemos seguir. Com simplicidade queremos aprender de vós o modo de ver, julgar e agir. Queremos ser atraídos por vós, para que, caminhando nas vossas pegadas, possamos viver dia a dia a liberdade dos filhos de Deus e buscar em tudo, a vontade do Pai. Aumentai nossa esperança, impulsionando plenamente o nosso ser e o nosso agir. Ajudai-nos a retratar em nossa vida a vossa imagem, para que assim vos possamos possuir eternamente no céu. Amém.

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual é o novo olhar que nasceu em mim, a partir da Palavra? Quais apelos recebi e compromissos que desejo concretizar em minha vida?

BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

...............
Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

Mensagem do Dia.


28/10 Como o perfume que as flores exalam

Como o perfume que as flores exalam.
Quem de vocês não percebe 
que seu poder de amar não tem limites?

Se nosso Deus conferiu à terra 
a arte de ser ninho para a semente aparentemente morta, 
porque não deveria conferir ao coração do ser humano 
o poder de incutir a vida 
num outro coração aparentemente morto?

Não é também o tempo, assim como o amor, 
indivisível e infinito?
O que quer que a alma deseje ardentemente, 
o espírito conseguirá.
Sua verdade encontrará a minha no mundo que virá: 
eis que se fundirão uma à outra 
como o perfume que as flores exalam, 
tornando-se uma só que em si tudo abarca, 
imortal na imortalidade de amor e de beleza.
O infinito conserva apenas o amor
porque apenas o amor é sua imagem. 


Kallil Gibran

Santo do Dia.


São Simão e São Judas apóstolos

28 de Outubro - São Simão e São Judas

Apóstolos 


Simão, o mais desconhecido dos 12 apóstolos — a respeito do qual o Evangelho se limita a indicar o nome e a alcunha de “Zelota” —, teve o mérito de ter trabalhado pela propagação da mensagem evangélica, não em vista de um lugar de honra, mas para o triunfo do Reino de Deus sobre a terra.

Antigas tradições suprem a falta de notícias. Os bizantinos identificam-no com Natanael, de Caná, e com o “mestre-sala” durante as bem conhecidas bodas, quando Jesus transformou a água em vinho. Simão é ainda identificado com o primo do Senhor, irmão de são Tiago Menor, ao qual sucedeu como bispo de Jerusalém, nos anos da destruição da Cidade Santa pelos romanos.

Os armênios sustentam que ele difundiu o Evangelho em sua região, onde teria sofrido o martírio. Seja como for, seu campo missionário é deduzido dos lendários Atos de Simão e Judas, segundo os quais os dois apóstolos percorreram juntos as 12 províncias do Império Persa.

Também no Ocidente os dois apóstolos aparecem sempre juntos. Em Veneza é dedicada a ambos a igreja de São Simão Pequeno.

O apóstolo Judas (“não o Iscariotes”, apressa-se em precisar o evangelista são João) é considerado pelos galileus “irmão” (isto é, primo) de Jesus. Eles se perguntam, espantados com o grande barulho que se fazia em torno da figura do Nazareno: “Não é este o carpinteiro... irmão de Tiago [...], Judas?”.

É provável, segundo alguns exegetas, que Judas seja o esposo das bodas de Caná. O primeiro a fazer tal suposição foi o historiador Eusébio, para explicar sua presença como missionário na Arábia, na Síria, na Mesopotâmia e na Pérsia. Sempre segundo a tradição, teria sofrido o martírio em Arado ou em Beirute. Ele é ainda identificado com o autor da carta canônica que leva seu nome, um breve escrito de 25 versículos, no qual lança uma severa advertência contra os falsos doutores e convida à perseverança na fé genuína.


(Retirado do livro "Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente", Paulinas Editora)

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Evangelho do Dia.

ANO B - DIA 27/10


O grão de mostarda - Lc 13,18-21

E Jesus dizia: “A que é semelhante o Reino de Deus, e com que poderei compará-lo? É como um grão de mostarda que alguém pegou e semeou no seu jardim: cresceu, tornou-se um arbusto, e os pássaros do céu foram fazer ninhos nos seus ramos”. Jesus disse ainda: “Com que mais poderei comparar o Reino de Deus? É como o fermento que uma mulher pegou e escondeu em três porções de farinha, até tudo ficar fermentado”.





LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL

O Evangelho de hoje nos apresenta duas parábolas do Reino. Elas são um apelo à confiança pois assim como da pequena semente surge uma grande árvore e o pouco fermento leveda uma grande porção de farinha, o Reino de Deus vai acontecendo nos pequenos gestos permeados pela ação de Deus. 
Pedimos: Espírito Divino, luz de Deus, vinde nos iluminar para que possamos compreender o sentido profundo da Palavra de Deus. Fazei-nos discípulos missionários de Jesus, Caminho, Verdade e Vida, transformando nosso coração em terra boa, onde a Palavra produza frutos abundantes. Amém. 

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto? Faça uma leitura atenta e identifique os elementos: Reino de Deus, grão de mostarda, campo, tornou-se um arbusto, fermento, escondido em três porções de farinha... Qual é a interpretação que encontramos para cada um desses elementos presentes na narrativa? 
"Estas duas singelas parábolas se assemelham. Uma fala da minúscula semente que se transforma em grande arbusto e abriga os pássaros, e a outra descreve a transformação que uma pequena quantidade de fermento produz em uma grande massa de farinha.
Um entendimento triunfalista destas parábolas seria no sentido de que a partir de um humilde início o Reino crescerá e sua influência se estenderá amplamente. Assim sendo, o Reino, iniciado por Jesus e alguns discípulos, com o tempo atingiria grande esplendor. Seria de se esperar que, dois mil anos depois, o Reino estaria plenamente manifesto e glorioso, em todo o mundo. Contudo, a realidade com que nos deparamos mostra grandes contradições entre muitos que pretendem falar em nome do Reino de Deus.
Outro entendimento é sobre o modo de presença do Reino. Desde o tempo de Jesus e em todos os tempos, esta presença se faz de maneira oculta, à margem dos processos históricos ostensivos e gloriosos das nações e religiões. A proclamação das bem-aventuranças, particularmente, desvela onde se faz presente este Reino de Deus: entre os humildes, empobrecidos e excluídos. Estes são as aves que fazem ninhos nos ramos do Reino. E são aqueles cujas vidas são levedadas pelo fermento do amor." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

Agora, vamos trazer a reflexão da Palavra para a vida. O que o texto me fala? O que dizem as parábolas para mim? Que aspectos do mistério de Deus esta passagem proporciona conhecer? Qual é o traço de Jesus que a Palavra me revela? O que Jesus me pede hoje?

3- ORAÇÃO (VIDA)

Jesus, princípio e realização do homem novo, convertei a vós os nossos corações, para que, deixando as sendas do erro, sigamos os vossos passos no caminho que conduz à vida. 
Fazei que, fiéis às promessas do batismo, vivamos, com coerência, a nossa fé, testemunhando com solicitude a vossa palavra, para que, na família e na sociedade, resplandeça a luz vivificante do Evangelho.
Jesus, poder e sabedoria de Deus, acendei em nós o amor à Sagrada Escritura, onde ressoa a voz do Pai, que ilumina e abrasa, nutre e consola.
Vós, Palavra de Deus Vivo, renovai na Igreja o ardor missionário, para que todos os povos cheguem a conhecer-vos como verdadeiro Filho de Deus e verdadeiro Filho do homem, único Mediador entre o homem e Deus.
Jesus, fonte de unidade e de paz, fortalecei a comunhão na vossa Igreja, para que, pela força do vosso Espírito, todos os vossos discípulos sejam um só.
Vós que nos destes como regra de vida o mandamento novo do amor, tornai-nos construtores de um mundo solidário, onde a guerra seja suplantada pela paz, a cultura da morte pelo empenho em favor da vida. Amém. (São João Paulo II)

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Como vou viver concretamente durante o dia os apelos que o Senhor me revelou?

BÊNÇÃO

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos: 
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

Santo do Dia.


São Frumêncio
Século IV

27 de Outubro - São Frumêncio

Bispo (+380)


Frumêncio é o primeiro bispo missionário na Etiópia, de onde é considerado o apóstolo, junto com o irmão Edésio. Sua história poderia oferecer a trama a um interessante romance de aventuras. No tempo do imperador Constantino, um filósofo voltava a Tiro de uma viagem à Índia, acompanhado de seus discípulos e de dois meninos, Frumêncio e Edésio. A nau atracou no porto de Aulis, nas proximidades de Massaua, e pouco depois foi atacada por uma horda de etíopes que trucidaram todos os passageiros. Salvaram-se apenas os dois meninos, que se tinham apartado para ler um livro debaixo de uma árvore. Jamais um livro foi tão precioso...

Quando se deram conta dos dois meninos, os etíopes, já pagos pelo butim, conduziram-nos como escravos a Axum, e o rei os reteve a seu serviço. Depois da morte do soberano, a rainha confiou a Frumêncio a educação do filho.

Os dois irmãos fizeram-se amar e obtiveram a permissão para erguer uma igreja junto ao porto; depois puderam voltar à sua pátria para pedir a Atanásio, bispo de Alexandria do Egito, o envio de um bispo e de sacerdotes. 

Atanásio consagrou bispo o próprio Frumêncio e o mandou de volta à Etiópia com alguns sacerdotes. Surgia assim a primeira comunidade cristã na África negra, destinada a expandir-se e a manter-se firme mesmo durante a tempestade islâmica que levou de roldão o cristianismo em quase toda a África. 

Frumêncio foi acolhido com alegria pelos etíopes de Axum e pelo próprio jovem rei Ezana, que esteve entre os primeiros a receber o batismo. Também os súditos seguiram o exemplo do rei. Frumêncio — que os etíopes chamam “abba Salama”, isto é, o portador de luz — é justamente incluído entre os maiores missionários cristãos.


(Retirado do livro "Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente", Paulinas Editora)

domingo, 25 de outubro de 2015

Evangelho do Dia - "Filho de Davi, tem compaixão de mim!"

Ano B - DIA 25/10

    

Filho de Davi, tem compaixão de mim! - Mc 10,46-52

Chegaram a Jericó. Quando Jesus estava saindo da cidade, acompanhavam-no os discípulos e uma grande multidão. O mendigo cego, Bartimeu, filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho. Ouvindo que era Jesus Nazareno, começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim”. Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim”. Jesus parou e disse: “Chamai-o!”. Eles o chamaram, dizendo: “Coragem, levanta-te! Ele te chama!”. O cego jogou o manto fora, deu um pulo e se aproximou de Jesus. Este lhe perguntou: “Que queres que eu te faça?”. O cego respondeu: “Rabûni, meu Mestre, que eu veja”. Jesus disse: “Vai, tua fé te salvou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho.
 
 
Leitura Orante

Oração Inicial

Liturgia do 31º Domingo do Tempo Comum. Jesus hoje também pergunta a cada um de nós: "que queres que eu te faça?" Como o cego do Evangelho, nós pedimos: "Rabûni, meu Mestre, que eu veja". Que o Espírito Santo abra os nossos olhos e o nosso coração para compreendermos a verdadeira missão de Jesus.
Oração: Senhor Jesus Cristo, envia sobre nós, como prometeste, teu Espírito Santo. Que Ele nos conceda a vida e nos ensine a plenitude da verdade. Que Nele encontremos salvação, felicidade e plenitude de amor. Amém.
 

1- Leitura (Verdade)

O que diz o texto bíblico? Procure perceber o contexto do relato: lugares, pessoas, perguntas... Qual é o tema que perpassa a discussão dos personagens? Quais são as palavras, gestos e atitudes do mendigo cego Bartimeu? Quais são as palavras ou gestos de Jesus?
"Marcos narra o caminho de Jesus de Betsaida a Jerusalém, com a inclusão de duas curas de cegos: uma em Betsaida e outra ao se aproximar de Jerusalém, em Jericó. Tal caminhada é um momento de instrução aos discípulos, para libertá-los da cegueira em relação à ideologia messiânica que os leva a enxergar em Jesus um chefe poderoso. Ele se empenha em abrir-lhes os olhos, a fim de que percebam na sua prática o amor transformador e libertador de Deus, que resgata a vida entre os oprimidos e excluídos deste mundo, na fraternidade e na paz.
O cego de Jericó, Bartimeu, 'vê' Jesus como "Filho de Davi", o que exprime o equívoco de um messianismo triunfalista. Porém, consciente de sua cegueira, Bartimeu quer ver! A recuperação da visão, a compreensão da verdadeira missão de Jesus, na fé, é o que permite segui-lo pelo caminho." (Reflexão de José Raimundo Oliva, em ‘A Bíblia dia a dia’, Paulinas Editora).
 

2- Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim hoje? Qual palavra chamou mais a minha atenção? Em que sentido o texto fortalece a minha caminhada de fé? Como acolho as palavras e ensinamentos de Jesus em minha vida? Quais são os gestos que Jesus me convida a viver?

3- Oração (Vida)

"Senhor Jesus, tu és o Caminho. Em meio a sombras e luzes, alegrias e esperanças, tristezas e angustias, Tu nos levas ao Pai. Não nos deixes caminhar sozinhos. Fica conosco, Senhor!
Tu és as Verdade. Desperta nossas mentes e faze arder nossos corações sedentos de justiça e santidade. Ajuda-nos a sentir a beleza de crer em Ti. Fica conosco, Senhor!
Tu és a Vida. Abre nossos olhos para Te reconhecermos no 'partir o Pão', sublime sacramento da Eucaristia. Alimenta-nos com o Pão da Unidade. Sustenta-nos em nossos sofrimentos, faze-nos solidários com os pobres, os oprimidos e excluídos. Fica conosco, Senhor!
Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, no vigor do Espírito Santo, faze-nos teus discípulos missionários. Com a humilde serva do Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser alegres no Caminho para a Terra Prometida. Corajosas testemunhas da Verdade libertadora. Promotores da vida em plenitude. Fica conosco, Senhor! Amém". (Oração composta pela Arquidiocese de Brasília)
 

4- Contemplação (Vida e Missão)

Qual é o novo olhar que nasceu em mim, a partir da Palavra? Quais apelos recebi e compromissos que desejo concretizar em minha vida?
 

Bênção

- Que Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Que Ele nos mostre a Sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Que volte para nós o Seu olhar e nos dê a paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.


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Créditos:
Referências bíblicas: Bíblia Sagrada, tradução da CNBB, 2ª ed., 2002 e também para a numeração dos Salmos
Comentário: Pe. Carlos Alberto Contieri, sj, publicado em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas Editora
Ilustração: Osmar Koxne
Leitura orante: Equipe de Redação Paulinas Internet

 

Comentário

Deus ouve o clamor do seu povo e conhece o seu sofrimento
Jericó, um verdadeiro oásis no deserto da Judeia; Jesus está subindo para Jerusalém acompanhado por seus discípulos e por uma grande multidão que deseja ouvi-lo e tocar nele na esperança de ser curada dos seus males. À beira do caminho, estava um cego de nome Bartimeu. Estava à margem de tudo, da sociedade, inclusive de Deus por causa da mentalidade da época; por isso também se diz que ele estava “à beira do caminho”. Grita a Jesus com insistência porque ele tem um grande desejo: “ver”. O seu clamor, não obstante a multidão que comprimia Jesus e o cala-boca de alguns, foi ouvido. Nenhuma súplica do ser humano cai no vazio, pois Deus ouve o clamor do seu povo e conhece o seu sofrimento (cf. Ex 3,7ss). Jesus manda chamá-lo e ele, deixando o manto, foi de um salto até Jesus. O manto era símbolo do poder do homem, por isso se diz que tirou o manto para ir até Jesus. Sem humildade não há possibilidade de receber o dom da visão. Perguntado pelo seu desejo, Bartimeu responde: “que eu veja”. Não há gesto, somente uma palavra declaratória de Jesus, assim como Deus no primeiro dia da criação, quando a luz foi feita. A fé é iluminação que permite ver. Consequência da luz da fé é o seguimento de Jesus Cristo. Bartimeu é o modelo de oração: mesmo quando certo número de pessoas pedia que se calasse, ele gritava mais forte ainda. Ele permanece confiante na sua oração suplicante. Bartimeu sabe que para receber o dom de Deus é preciso humildade e perseverança. Despojando-se do manto, ele confessa sua miséria, pois ninguém pode dar a si próprio o que é pedido a Deus. Bartimeu é, ainda, modelo do discípulo: ele confessa Jesus como Messias. Ele grita: “Filho de Davi, tem compaixão de mim”. De fato, Jesus é o Filho de Davi, o Messias cheio de compaixão. A sua súplica confiante e perseverante toca o coração de Cristo. Sabemos muito bem que, diante do imenso amor de Jesus, nenhuma súplica cai no vazio; mesmo em meio ao rumor de tantas pessoas, e não obstante tantas vozes, o Senhor nos escuta. Recuperada a visão, iluminado pela fé, ele segue Jesus pelo caminho: torna-se discípulo. Ele não se contenta em professar a fé no Messias e escutá-lo; segue Jesus no caminho que o conduz à paixão.
Pe. Carlos Alberto Contieri, sj
 

Oração

Pai, dá-me forças para lutar contra a cegueira que me impede de reconhecer teu amor misericordioso manifestado em Jesus. Faze com que eu veja!